Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
carteiras recomendadas de ações
Economia

Antes de críticas de Lula, Campos Neto e Haddad discutiram metas de inflação

Ministro da Fazenda e presidente do BC conversaram sobre necessidade de mudar as metas para 2024 e 2025

Data de publicação:10/02/2023 às 15:52 -
Atualizado um ano atrás
Compartilhe:

A equipe econômica já tinha uma sinalização positiva do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para um ajuste nas metas de inflação dos próximos anos quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a criticar com mais intensidade a condução da política monetária. A investida interrompeu as conversas com a autarquia.

O presidente do BC e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teriam tratado reservadamente sobre a necessidade de mudança nas metas de 2024 e 2025 - consideradas muito justas pelo governo petista.

Inflação
Para Campos Neto passar meta de 3% para 3,5% em 2024 não impacta tanto a economia - Foto: Reprodução 

Na conversa, relatada à reportagem por dois técnicos da equipe econômica, Campos Neto sinalizou que uma eventual mudança da meta de inflação de 2024, de 3% para 3,5%, poderia ter um efeito menos danoso na economia e contribuiria para uma eventual ancoragem das expectativas.

O começo de uma discussão sobre uma alteração na meta poderia ocorrer na próxima quinta-feira, 16, na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) - a primeira com Haddad, Campos Neto e a ministra do Planejamento, Simone Tebet. No entanto, o tema não estará na pauta.

Conforme o decreto presidencial que definiu o regime de metas, cabe ao ministro da Fazenda propor o voto ao CMN com os objetivos que devem ser perseguidos pelo Banco Central. Segundo um técnico da equipe econômica, o assunto geralmente é tratado mais próximo de junho. Para ele, o assunto pode até ser discutido na reunião da próxima semana, mas não há voto para deliberação até o momento.

Sem impacto

Um consenso entre os técnicos ouvidos é de que mudar a meta de 2023 com o ano já em curso teria praticamente nenhum impacto sobre a política monetária, uma vez que a calibragem de juros já mira mais os efeitos sobre a inflação de 2024.

Para possibilitar uma redução da Selic no curto prazo, a mudança da meta de 2023 teria de ser de grande magnitude, e não apenas um ajuste. De acordo com os economistas do mercado consultados semanalmente pelo BC na pesquisa Focus, a mediana para o IPCA deste ano está em 5,78%. Já os cálculos do próprio Comitê de Política Monetária (Copom) apontam para uma inflação de 5,6% em 2023.

Mesmo que o centro da meta deste ano passe de 3,25% para 3,5%, a meta estaria estourada. Desde 2017, a margem de tolerância adotada para os objetivos anuais é de 1,5 ponto porcentual. Ainda que essa banda retorne para 2 pontos porcentuais - como vigorou entre 2006 e 2016 -, as projeções atuais indicariam para o descumprimento da meta deste ano, o que na prática continuaria a impedir uma queda mais imediata da Selic. Por isso, para os técnicos, do ponto de vista da defasagem dos efeitos da política monetária faria mais sentido afrouxar as metas de 2024 e 2025.

Credibilidade

Publicamente, Campos Neto já disse que alterar as metas vigentes pode minar a credibilidade do atual regime de combate à inflação. Na quarta-feira, 8, o diretor de Política Monetária, Bruno Serra, argumentou que até alguns meses atrás os agentes entendiam que a meta era crível e que o BC seria capaz de entregá-la. Serra ainda afirmou que o CMN é quem estabelece a meta, e que a autoridade monetária atua para atingir o alvo definido. / Agência Estado

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados