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fundos de renda fixa
Renda Fixa

Mesmo com aumento do risco fiscal, títulos do Tesouro estão muito atrativos para investir, diz analista

Taxas atuais não eram vistas pelo mercado desde 2016

Data de publicação:17/11/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Analistas afirmam que os títulos do Tesouro estão com taxas atrativas, mesmo com o aumento da percepção de risco fiscal no Brasil. Com o novo presidente eleito, o mercado teve uma piora na expectativa sobre as contas públicas do Brasil, o que afetou diretamente o comportamento da curva de juros futuros negociados em contratos a termo na B3. Os títulos prefixados e indexados à inflação tiveram uma queda, devido à relação inversa ao aumento dos juros – quando a taxa de juros sobe, o valor ou preço dos títulos cai.

As incertezas em torno de como será feito o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 no próximo ano e a PEC da Transição foram os motores de alta para os juros em todos os contratos futuros nos últimos dias. Essa volatilidade nos juros deve permanecer até que o mercado conheça as diretrizes econômicas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

juros
Alongamento da curva de juros trouxe oportunidades atrativas de entrada na renda fixa, segundo analistas | Foto: Jenifer Corrêa

Para os que gostam de investir em renda fixa, Gabriel Romanini, assessor de investimentos da SVN, afirma que esses níveis atrativos das taxas foram vistos pela última vez em 2016, e portanto é um ótimo momento para comprar títulos do Tesouro. Ele destacou que esses ativos têm risco soberano, ou seja, o menor risco existente.

As melhores opções de investimento, de acordo com Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, são os títulos pós-fixados (Tesouro Selic, CDB, LCIs e LCAs), dado o nível da taxa básica de juros, a Selic. Ele pontua que esses ativos trarão menos volatilidade para a carteira e que a escolha do prazo de cada título depende do perfil de risco do investidor.

"Para quem já tem algum tipo de investimento prefixado ou indexado à inflação, eu recomendo que não faça nada. Esse tipo de ativo é para o investidor levar até a data de vencimento. Para quem não tem, existem duas opções: aproveitar a melhora da taxa dos títulos prefixados e ir comprando aos poucos, ou seguir com investimentos pós-fixados, com a Selic alta por tempo prolongado".

Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed

Juros em 2023

Antonio van Moorsel, diretor do Advisory e sócio da Acqua Vero Investimentos, destacou que a Selic deve permanecer nos dois dígitos ao longo de 2023. Moorsel afirmou que as discussões acerca da PEC de Transição e futuro do arcabouço fiscal podem adiar o início do ciclo de cortes na Selic, alongando a manutenção da taxa em 13,75%, e até mesmo provocar novos ajustes altistas por parte do Banco Central, conforme o mercado precifica atualmente. Este ainda não é o seu cenário base, mas pode se tornar a depender das próximas definições nesta frente.

De acordo com o sócio da Acqua Vero, o estímulo à economia com a política mais expansionista que deve vir com o novo governo, torna mais oportuno para investir em títulos atrelados à Selic, ou CDI, mas é normal que os investidores ainda tenham alocação em papéis ligados ao IPCA. Para ele, títulos indexados à inflação com vencimento entre 2028 e 2035 se mostram atrativos para investimento, devido ao atual nível das taxas.

A inflação voltou a registrar alta em outubro, com o IPCA avançando 0,59% no mês. O mercado tem expectativa de que a taxa deve continuar subindo no médio e longo prazo. Romanini, assessor de investimentos da SVN, afirmou que os títulos atrelados à inflação garantem que o investidor sempre mantenha o poder de compra, trazendo a possibilidade de corrigir seu patrimônio com o IPCA e alguma taxa adicional ainda.

Confira a rentabilidade dos títulos do Tesouro:

TítuloRend. anualInvestimento mínimoPreço UnitárioVencimento
Tesouro Prefixado 202513,34%R$ 30,66R$ 766,5501/01/2025
Tesouro Prefixado 202913,20%R$ 32,84R$ 469,2001/01/2029
Tesouro Prefixado - com juros semestrais 203313,08%R$ 34,97R$ 874,3801/01/2033
Tesouro Selic 2025Selic + 0,0382%R$ 124,14R$ 12.414,6601/03/2025
Tesouro Selic 2027Selic + 0,1451%R$ 123,48R$ 12.348,8501/03/2027
Tesouro IPCA+ 2026IPCA + 5,95%R$ 31,97R$ 3.197,7715/08/2026
Tesouro IPCA+ 2035IPCA + 6,03%R$ 38,30R$ 1.915,2615/05/2035
Tesouro IPCA+ 2045IPCA + 6,06%R$ 31,84R$ 1.061,4315/05/2045
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2032IPCA + 6,02%R$ 40,27R$ 4.027,8115/08/2032
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2040IPCA + 5,97%R$ 40,49R$ 4.049,1515/08/2040
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055IPCA + 6,03%R$ 39,65R$ 3.965,4815/05/2055
Dados do Tesouro Direto em 16/11/2022 às 15h26 no horário de Brasília

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Sobre o autor
Mari Galvão
Repórter de economia na Mais Retorno

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