XP Investimentos aumenta sua projeção para o PIB a 4,1% para 2021
A XP Investimentos elevou a expectativa de crescimento do PIB em 2021, de 3,2% para 4,1%, e a de 2022, de 1,8% para 2,0%, destacando as…
A XP Investimentos elevou a expectativa de crescimento do PIB em 2021, de 3,2% para 4,1%, e a de 2022, de 1,8% para 2,0%, destacando as "surpresas positivas" do primeiro trimestre.
As novas estimativas da empresa para 2021 estão acima das expectativas do mercado divulgadas no último Boletim Focus, do Banco Central, na última segunda-feira, que prevê um PIB de 3,5% para este ano. Porém, para 2022, o mercado aposta em um montante mais otimista do que a da XP, de 2,38%.
"Acreditávamos que a piora da pandemia e a interrupção do auxílio emergencial na virada do ano derrubariam a atividade. Mas a maioria dos indicadores mostrou um desempenho mais sólido do que esperávamos", observa o economista Rodolfo Margato, da XP, em análise divulgada na véspera.
A casa prevê expansão de quase 1% no PIB do primeiro trimestre em relação ao anterior, "um desempenho oposto ao previsto por alguns analistas poucos meses atrás (de contração ao redor de 1% na mesma base de comparação)". Os dados oficiais serão publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de junho.
Segundo Margato, muitas atividades produtivas parecem ter se adaptado relativamente bem ao cenário pandêmico.
“Embora isso não seja de simples mensuração, existem evidências qualitativas importantes de que as empresas encontraram boas alternativas para suprir determinadas necessidades de produção e vendas. E algo similar pode ter acontecido com as famílias", aponta Margato.
A dinâmica favorável dos preços internacionais de commodities também joga a favor da recuperação da atividade econômica doméstica, acrescenta o economista.
Cenário mais favorável
"Os indicadores de atividade referentes ao 2º trimestre também vêm sugerindo um quadro menos negativo do que as expectativas iniciais", ressalta Margato
Para ele, ainda há muita incerteza sobre os resultados da economia brasileira no 2º trimestre, mas, com base nos sinais recentes, não se pode descartar um crescimento adicional.
“Por enquanto, projetamos ligeiro recuo na comparação com o 1º trimestre, mas o viés pende para o lado positivo”, observa.
“Ou seja, a primeira metade de 2021, que antes representava um risco de recessão técnica (isto é, dois trimestres consecutivos de contração do PIB), está se revelando um período de resiliência e recuperação", reforça o economista da XP Investimentos. / com Agência Estado