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Nubank reporta balanço financeiro positivo, mas analistas apontam os pontos fracos desses números
Empresa

Vale a pena investir nos BDRs da Nubank ou é melhor comprar sua ação direto no exterior?

Especialistas consideram que a melhor opção é investir no banco digital pela Nyse

Data de publicação:22/11/2021 às 07:00 -
Atualizado um ano atrás
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Com estreia prevista para dezembro na Bolsa de Nova York (Nyse), o maior banco digital do Brasil, Nubank, já anunciou também uma dupla listagem: além das ações que estreiam nos Estados Unidos no próximo mês, a companhia ainda vai listar na B3, a Bolsa de Valores brasileira, BDRs (recibos emitidos por instituições financeiras que representam as ações internacionais) dos seus papéis negociados no exterior.

A decisão de emitir BDRs foi uma estratégia adotada pelo banco digital para manter a proximidade com sua base de clientes no País - atualmente, são mais de 41 milhões. No entanto, especialistas consideram que, para quem está no Brasil, o caminho mais prático e eficiente de investir no Nubank é diretamente pela Nyse.

Foto: Reprodução Nubank
Fachada do escritório da Nubank | Foto: Nubank/Divulgação

De acordo com a Stake, uma plataforma de investimentos que permite a estrangeiros investir na Bolsa americana, ao investir diretamente da bolsa nos EUA "é possível contar com toda a liquidez que apenas o maior mercado de ações do planeta pode oferecer, sem a preocupação com taxas de instituições depositárias ou com um número limitado de ativos financeiros à disposição".

Simultaneamente, pelo mercado financeiro americano, o investidor tem a possibilidade de investir em diversos setores, empresas e países, já que muitas empresas de fora dos EUA, assim como a Nubank, também são listadas naquele país. "Além disso, há o incentivo tributário: caso faça movimentações abaixo de R$ 35 mil no mês, não há a incidência de imposto de renda sobre os lucros", ressalta a Stake.

A instituição destaca, ainda, que apesar dos esforços do banco digital em disponibilizar seus papéis para o mercado brasileiro, os BDRs oferecem mais dificuldades e riscos para o investidor do que negociar a ação diretamente no exterior. "Boa parte dos BDRs negociados na nossa bolsa de valores sofre com baixa liquidez, fazendo com que o investidor tenha dificuldade para entrar ou sair de uma posição, podendo sofrer grandes prejuízos no processo", explica.

O IPO da Nubank

Com base em cálculos de especialistas do mercado financeiro, a fintech brasileira deve chegar à Nyse com um valor de mercado de cerca de US$ 70 bilhões. Na cotação da moeda americana no fechamento da última sexta-feira, 19, de R$ 5,61, esse valor equivale a R$ 392,7 bilhões.

Para efeitos de comparação, o valor de mercado do Itaú Unibanco, que é o maior banco da América Latina, atualmente é de R$ 221 bilhões, enquanto o Bradesco gira em torno de R$ 182 bilhões. Assim, caso concretizada as projeções dos analistas, o Nubank passaria a ser o banco mais valioso da região.

As expectativas para o IPO (oferta pública inicial, na tradução) do banco digital também são altas e os cálculos apontam que a empresa pode movimentar até US$ 4 bilhões na Nyse. Especialistas já consideram, inclusive, que a fintech tem potencial para ter uma das maiores estreias de empresas sul-americana em bolsas de valores dos últimos anos.

Sobre o porquê de o Nubank escolher o mercado internacional para realizar seu IPO, o analista de investimentos da Stake, Rodrigo Lima, explica que muitas companhias de tecnologia e do setor financeiro preferem realizar a abertura de capital no exterior "por não encontrarem pares no mercado local aos quais poderiam ser comparado".

"Então, (essas companhias) preferem abrir seu capital no exterior para buscar um valuation mais próximo do que considerariam justo, realizando comparações diretas com competidores ou com pares internacionais”, completa Lima.

NuSócios

No começo do mês, o Nubank anunciou a criação de um programa, nomeado "NuSócios", em que que os clientes da instituição foram convidados a adquirir as BDRs da empresa, sem nenhum custo, tornando-se sócios.

"O pedacinho é uma BDR, uma fração de uma ação da Nu Holdings, a empresa líder do grupo Nubank. Mas mais do que isso, é também um convite para se tornar nosso sócio, entender mais sobre investimentos e entrar no universo da Bolsa de Valores com a pontinha do pé, sem desembolsar nada por isso", explica o site do banco.

No prospecto preliminar da oferta pública, o Nubank informou que pode destinar de R$ 180 milhões a R$ 225 milhões do valor angariado com o IPO para o programa de compra de BDRs.

Sobre o autor
Bruna Miato
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