Clientes da Nubank podem ser sócios da fintech em programa de BDRs
O programa NuSócios convidará milhões de clientes, por meio do app do banco, a se tornarem sócios da empresa por meio de BDRs
A Nubank, maior banco digital do Brasil, anunciou na última segunda-feira, 01, a criação do programa "NuSócios", em que milhões de clientes serão convidados a se tornarem sócios da empresa, por meio de "pedaços" (BDRs) da companhia, sem nenhum custo.
A fintech tem sua estreia prevista para dezembro na Bolsa de Nova York (Nyse) e, no âmbito do IPO (oferta pública inicial), o banco também vai emitir BDRs (sigla para Brazilian Depositary Receipt), que são recibos das ações, para negociação na Bolsa de Valores brasileira, a B3.
"O pedacinho é uma BDR, uma fração de uma ação da Nu Holdings, a empresa líder do grupo Nubank. Mas mais do que isso, é também um convite para se tornar nosso sócio, entender mais sobre investimentos e entrar no universo da Bolsa de Valores com a pontinha do pé, sem desembolsar nada por isso", afirma a companhia.
As inscrições para fazer parte do programa começam em 9 de novembro e, para ser elegível, o cliente precisa ter uma conta do Nubank, não estar inadimplente e ter feito ou recebido uma operação nos últimos 30 dias antes de aderir ao programa, de acordo com informações disponível no site da empresa. As vagas são limitadas e o processo é todo feito pelo aplicativo do banco.
O Nubank explica, ainda, que o cliente que aderir ao programa só poderá vender ou negociar sua BDR após 12 meses. Durante o período, a fintech vai "cuidar" do investimentos. Depois desse tempo, a companhia afirma que o cliente poderá decidir se mantém o ativo ou se o venderá no mercado.
O IPO do banco digital pode movimentar até US$ 4 bilhões e, com base em cálculos de analistas do mercado, a empresa pode chegar à Nyse com um valor de mercado de até US$ 70 bilhões - ou cerca de R$ 400 bilhões, na cotação atual do dólar. Se concretizada a projeção, o Nubank será mais valioso do que o maior banco da América Latina, o Itaú Unibanco, atualmente avaliado em R$ 221 bilhões na B3, e o Bradesco (R$ 182 bilhões) combinados.
De acordo com o prospecto preliminar de sua oferta pública, a fintech afirmou que deve destinar um valor entre R$ 180 milhões e R$ 225 milhões para o programa de compra de BDRs para os clientes.