Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
termos

ZEBRA (Zero Basis Risk Swap)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:01/11/2021 às 18:06 -
Atualizado 2 anos atrás
Compartilhe:

O que é ZEBRA?

ZEBRA (ou Zero Basis Risk Swap) é um tipo de operação financeira realizada entre uma cidade e uma instituição financeira, com o intuito de proteger o ente público das oscilações de fluxo de caixa, ao emitir dívida.

Para financiar projetos de interesse público, uma das maneiras que um município tem de levantar dinheiro é emitir títulos de dívida pública, fixando os retornos em função de taxas de juros variáveis.

Porém, se essas taxas de juros subirem demais, isso pode causar prejuízos ao pagador. Como lidar com essa situação?

Como funciona o ZEBRA?

Primeiro, vamos entender a que tipo de operação financeira estamos nos referindo, conhecida por swap.
 
Basicamente, um swap é uma operação de proteção de capital através da troca de dívidas de taxas variáveis por taxas fixas, ou vice-versa.

Então, imagine que uma empresa varejista comprará, dentro de um mês, um lote de aparelhos eletrônicos no valor de US$200 mil.

Suponhamos que o dólar esteja valendo R$ 5, inicialmente. Fazendo a conversão, o valor a ser pago pela empresa seria de um milhão de reais.

Porém, preocupado com as variações bruscas que o dólar vem sofrendo, o dono da empresa entra em acordo com o banco: ele deposita agora o valor de um milhão de reais, com a promessa de receber US$200 mil em um mês, independentemente de quanto o dólar estiver custando.

Esta é uma operação de swap cambial. 

Inclusive, caso o dólar suba para R$ 5,10, a empresa não precisará desembolsar mais para fazer sua aquisição. Caso caia para R$4,90, a empresa perde um pouco, em troca de garantir a transação.

Por que um município faria uma operação de ZEBRA?

A emissão de dívidas capta dinheiro dos investidores que procuram retornos mais seguros. De fato, o procedimento se assemelha mais a um empréstimo que à compra de ações.

Quando um município capta recursos dessa maneira, ele pode indexar o pagamento aos credores com base no CDI, uma taxa variável, somado a uma parcela fixa (exemplo: CDI+2%).

Porém, caso o valor do CDI suba, o município ficará exposto a prejuízos e à falta de caixa. Nesse cenário, surge a possibilidade de fazer uma operação de swap com uma instituição financeira (para o município, o swap ZEBRA).

O intuito é pagar ao banco uma taxa fixa por mês, aumentando a previsibilidade do fluxo de caixa e repassar o risco da volatilidade do CDI ao banco, que pagará ao município um valor variável.

Qual a importância do ZEBRA?

No swap de ZEBRA, o município estabelece com o banco o pagamento de uma taxa fixa, porém a parte variável a receber será exatamente a mesma do título emitido.

Dessa forma, o risco base do município é zero — zero basis. Ou seja, os juros a pagar aos credores e os juros que receberá do banco têm exatamente o mesmo valor.

Confuso? Vamos a um exemplo prático!

A cidade de Jacutinga precisa financiar o novo hospital público e decide emitir dívidas para captar recursos, no valor de R$ 500 mil. O retorno aos credores é definido em CDI+2%. Com a taxa do CDI em 5%, nesse exemplo, temos um retorno inicial de 7%.

Preocupada com a variação do CDI e a fim de aumentar a previsibilidade dos gastos, a cidade decide entrar em acordo com uma instituição financeira: ela pagará uma porcentagem de 7,1% fixa e receberá, do banco, uma taxa de CDI+2% (variável). Ou seja, fará um swap.

Assim, se o CDI subir, o município garante o pagamento dos credores. Se cair, o município sairá em pequena desvantagem.

Porém, como a taxa recebida é igual à taxa paga aos compradores de títulos, o risco base da operação é zero, daí o nome ZEBRA, ou Zero Basis Risk Swap.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!
Mais sobre

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados