Swap
O que é Swap?
O Swap é uma troca de risco entre duas empresas distintas, consistindo em um acordo entre ambas para uma troca de uma posição ativa ou passiva, em uma data futura, de acordo com critérios pré-estabelecidos.
Apesar de o nome assustar um pouco, o Swap não é nenhum bicho de sete cabeças do mercado financeiro.
Para entender melhor esse termo, é importante salientar que essa operação normalmente ocorre entre pessoas de natureza jurídica, sendo bastante incomum entre pessoas de natureza física.
Normalmente os Swaps são mais comuns quando há posições envolvendo taxa de juros, moedas e commodities.
Para que serve o SWAP?
Agora que você já sabe o que é um Swap, é fundamental entender para que ele serve.
Como já adiantado no começo desse artigo, essa operação é importante para diminuir os riscos de duas empresas envolvidas em uma determinada transação financeira.
Normalmente, ela é bastante utilizada por grandes corporações, bancos e demais instituições financeiras.
Para simplificar a compreensão do Swap, imagine um cenário no qual uma determinada empresa ‘A’ faz uma grande exportação recebendo toda a receita dessa operação em dólares.
Suponha, entretanto, que por ser situada no Brasil, essa empresa realizou todos os seus custos em moeda local, o real.
Considere agora que outra empresa ‘B’ recebe toda a sua receita em reais, mas realiza suas compras e custos em dólares (logo, é uma importadora clássica).
Repare que nesse cenário, no caso de uma alta no dólar, a empresa ‘B’ será desfavorecida e a ‘A’ favorecida. Ao mesmo tempo, em um cenário inverso (de queda do dólar), o exato oposto ocorreria, com a empresa ‘A’ sofrendo prejuízo e a ‘B’ levando vantagem.
Nesse sentido, podemos afirmar que ambas estão correndo o risco dessa operação e, para minimizar esse risco, elas poderiam realizar uma operação Swap cambial (uma pelo modelo tradicional e outra pelo reverso, que explicaremos melhor no final do texto).
A lógica é que, através desse acordo, quando houver uma variação cambial nenhuma dessas duas empresas será afetada, tanto para o bem quanto para o mal, minimizando desse modo o risco delas.
Em contrapartida, elas pagarão uma taxa de juros predeterminada para poder comprar esse “seguro”.
Resumidamente, no mercado de Swaps, é negociada a troca de rentabilidade entre dois indicadores financeiros, ou nesse caso do exemplo, da variação cambial por uma taxa de juros.
Quais são os tipos de SWAP?
Agora que você já conseguiu entender o que é o SWAP é fundamental entender quais são os tipos existentes de Swap no mercado. Então vamos lá:
Swap Cambial
Esse é um dos tipos mais comuns encontrado no mercado financeiro.
Resumidamente, ele consiste na troca de taxa da variação cambial, ou seja, a volatilidade do preço de uma determinada moeda estrangeira pela de uma taxa de juros pré-definida.
Dentro desse mesmo tipo, podemos dizer que outra modalidade se configura quando ocorre troca de variação cambial de duas moedas diferentes.
Nesse sentido, quando ocorre o contrato, realiza-se a troca entre a variação da cotação de cada uma das moedas, acrescentado de uma taxa de juros pré-estabelecida no início do contrato.
Dessa maneira, ambos os lados da troca que não desejam vulnerabilidade à oscilação de uma moeda específica estará protegido.
Swap de Commodities
Bastante semelhante aos dois primeiros, com a diferença de que ambos os lados farão um contrato cujo fluxo está associado à variação contida nas cotações de Commodities.
Qual a diferença entre Swap tradicional e reverso?
Existe dentro do conceito de Swap uma divisão entre dois tipos distintos: o Swap tradicional e o reverso.
No tradicional, é oferecido ao investidor, através do Banco Central, o pagamento da oscilação sofrida pelo dólar, além de um prêmio para conter fortes altas da moeda. Entretanto, nesse caso o investidor se compromete a pagar ao BC a variação da taxa de juros durante o período de vigência do contrato.
Em linhas gerais, o investidor nesse caso acredita que os juros não irão subir mais que o dólar enquanto que o BC acredita no contrário.
Por outro lado, o SWAP reverso é usado quando há a necessidade de controlar quedas bruscas na moeda norte americana, podendo prejudicar, inclusive, áreas como a exportação.
Nesse método o BC oferece para o comprador os juros do período e o investidor paga para a autoridade monetária a oscilação cambial, sendo que nesse caso os investidores se protegem de uma desvalorização brusca do dólar.
Vale ressaltar que esses contratos funcionam como uma espécie de garantia, pois mais à frente eles acabaram tornando a compra de dólar à vista desnecessária, aliviando desse modo a pressão que o dólar estaria causando no mercado.