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Títulos de Dívida

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/06/2020 às 03:34 - Atualizado 4 anos atrás
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O que são Títulos de Dívida?

Títulos de Dívida são um tipo específico de ativo financeiro e consistem em valores mobiliários emitidos por uma empresa ou por um governo, assumindo uma dívida com o investidor que comprar o papel. Seu objetivo é captar recursos para financiar operações regulares e investimentos em novos projetos ou na expansão dos negócios. 

Entendendo os Títulos de Dívida

No mercado financeiro, existem vários tipos de ativos financeiros. Ações , por exemplo, são um deles, assim como cotas de fundos e contratos de commodities. Outro tipo de ativo que encontramos são os títulos de dívida.

Existem duas categorias de títulos de dívida: corporativa e pública. A primeira engloba os títulos emitidos por empresas e a segunda, os títulos emitidos por governos. 

Ao emitir um desses títulos, a empresa ou governo assume uma dívida com o investidor que comprar o papel. O título funciona, basicamente, como um contrato de empréstimo. Isso significa que, na data do vencimento, o emissor deverá devolver com juros o que o investidor pagou pelo título. 

Vale a pena lembrar que as debêntures são um tipo de título de dívida corporativa; quem investe em debêntures é chamado de debenturista.

Qual é a diferença de investir em ações ou em Títulos de Dívida?

Existe um fato importante que diferencia o investidor que tem ações de uma empresa e aquele que tem títulos de dívida corporativa emitidos por ela.

Ambos estão esperando ter um ganho de capital com seu respectivo ativo financeiro. Porém, eles têm status diferentes diante da empresa e, junto com isso, também direitos, obrigações e ônus diferentes.

O acionista é alguém que detém uma parte, mesmo que pequena, da companhia.

Isso significa que ele tem o direito de participar e votar em assembleias, estando envolvido diretamente nas decisões sobre o rumo do negócio. Se a empresa valorizar, o acionista ganha mais, justamente porque ele tem um pedaço da empresa. Por outro lado, se a empresa quebrar, os acionistas estão entre os últimos a receber alguma coisa.

Enquanto isso, o investidor com títulos de dívida é alguém que emprestou dinheiro para a empresa. Ele não é um acionista, mas um credor, o mesmo tipo de status que os bancos e os fornecedores têm.

Ele não participa em decisões sobre o rumo do negócio; pode até haver assembleias para debenturistas, mas os assuntos que eles deliberam são mais limitados. Se a empresa valorizar ou desvalorizar, ele não ganha nem perde nada com isso. Por outro lado, se a empresa quebrar, os detentores de títulos de dívida têm maior preferência para receber.

Quais são os riscos de investir em Títulos de Dívida?

Existem dois riscos centrais no investimento em títulos de dívida, que toda pessoa deve conhecer antes de escolher quais títulos vai comprar. 

O primeiro é o risco sistêmico que, na realidade, está presente em qualquer tipo de investimento.

Se houver uma grande crise – por exemplo, como aconteceu quando a bolha imobiliária estourou, em 2008, ou em 2020, com o surgimento da pandemia de Coronavírus – todos os governos e empresas entram em uma situação de fragilidade. 

Nesse caso, não importa o quanto o emissor do título tivesse uma situação financeira sólida, ele não consegue escapar da crise, e pode acabar não conseguindo pagar seus credores.

O segundo é o risco não sistêmico, que é inerente à empresa ou ao governo. É o risco de que ele, por causa das suas condições específicas, não consiga cumprir suas obrigações.

Por exemplo, se uma empresa teve uma gestão muito ruim, perdeu clientes, está com as vendas baixas, tem contas atrasadas com fornecedores, então ela apresenta um risco não sistêmico elevado. Quem comprar títulos de dívida emitidos por ela aceita uma probabilidade considerável de não receber nada no vencimento. 

Em geral, empresas e governos com elevado risco sistêmico oferecem juros mais elevados ao emitir títulos de dívida. É dessa forma que elas conseguem atrair investidores dispostos a comprar esses papeis: aumentando a promessa de retorno do investimento.

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