Tabela Price
O que é a Tabela Price?
Quando alguém toma um empréstimo ou faz um financiamento, acaba assumindo o compromisso de devolver o dinheiro com a remuneração de juros. Até aí, imagino que não seja novidade para você. A questão é que existem diferentes formas de realizar o acerto. Uma delas é usando da Tabela Price, um sistema de amortização criado por Richard Price.
Vale lembrar que um empréstimo envolve três fatores importantes: o valor total (capital cedido pela empresa financiadora), os juros (valor de prêmio pago pelo tomador do valor) e a amortização (redução da dívida total conforme os pagamentos vão ocorrendo).
Atualmente, embora não seja o único método utilizado para amortização, essa tabela vem sendo muito empregada no Brasil, ainda que gere certa discussão sobre legalidade. Vamos entender como ela funciona a partir de agora.
Como funciona a Tabela Price?
Na metodologia de cobrança da Tabela Price, o pagamento de um parcelamento é dividido de maneira uniforme. Ou seja, o pagador da dívida terá parcelas no mesmo valor a quitar. Há, porém, uma ressalva importante: a composição de cada parcela.
É importante lembrar que, quando você começa a pagar um financiamento, os valores são compostos por duas linhas. A primeira, claro, é o valor total que foi emprestado. Além disso, é preciso lidar com os juros (o prêmio para que o capital fosse emprestado).
Dentro da Tabela Price, embora as parcelas sejam fixas, há variação na composição do valor. As primeiras prestações possuem maior carga de juros, enquanto que na parte final do parcelamento há maior peso da amortização e, consequentemente, menor presença de juros.
Em função dessa característica, você poderá encontrar menções para essa metodologia como "amortização crescente". Isso acontece porque, conforme o tempo passa, há maior amortização.
Entendendo na prática a Tabela Price
Apenas para que o conceito fique mais claro, vamos considerar um exemplo fictício de parcelamento cujo valor total (com juros inclusos) é de R$ 10.000,00, divididos em dez mensalidades.
Usando da Tabela Price, o valor será constante. Ou seja, você arcaria com R$ 1.000,00 mensais por esse período de dez meses. Contudo, o conteúdo dessas parcelas teria variação ao longo do tempo.
A primeira delas, por exemplo, poderia ser composta por R$ 900,00 de amortização e outros R$ 100,00 de juros. Já lá no final, essa relação poderia mudar para R$ 960,00 de amortização e R$ 40,00 de juros.
Repare que, ao longo dos dez meses, o valor pago por você seria o mesmo: R$ 1.000,00. Contudo, a amortização da dívida seguiria um caminho diferente. Quanto mais para o começo do parcelamento, menor a dedução da dívida e maior o foco nos juros, invertendo a relação com o passar dos meses.
Tabela Price x Tabela SAC: qual a diferença?
Outro formato de empréstimo muito empregado no Brasil é da Tabela SAC (Sistema de Amortização Constante). Neste modelo, o valor das parcelas não é fixo. As primeiras mensalidades são maiores e acabam reduzindo com o passar do tempo. É diferente da Tabela Price que, conforme vimos, apresenta valores uniformes em todas as parcelas.
Em comum entre elas está o fato da maior incidência de juros no começo do financiamento. Ou seja, o consumidor acabará pagando maiores juros no começo do que amortizará a sua dívida, independente do método escolhido.
Para quem optar por arcar com parcelas maiores no começo, a Tabela SAC pode ser interessante, gerando fôlego maior no longo prazo na medida em que as parcelas diminuem no final. Por outro lado, a Tabela Price permite maior previsibilidade e equilíbrio financeiro.
O fato é que, independente do modelo escolhido, o tomador do empréstimo deve se preparar para arcar tanto com a amortização, como também com os juros cobrados. E o melhor modelo depende diretamente da estrutura financeira de cada um.
Para saber mais sobre a Tabela Price e uma comparação sobre suas diferenças com a Tabela SAC, leia um artigo completo que preparamos sobre esse assunto aqui.