Opções Exóticas
O que são as opções exóticas?
Opções exóticas são uma categoria de contratos de derivativos que diferem das opções tradicionais (listadas) em suas estruturas de pagamento, datas de vencimento e preços de exercício.
Primeiramente, esclarecemos que os derivativos são ativos negociados, cujo preço é derivado de outro ativo, chamado o ativo de referência.
Um contrato de opções tradicional oferece ao detentor a opção o direito de comprar ou vender o ativo subjacente a um preço estabelecido antes ou na data de vencimento. Esses contratos não obrigam o detentor a realizar a negociação.
O investidor tem o direito de comprar o valor mobiliário subjacente com uma opção de compra, enquanto uma opção de venda oferece a capacidade de vender o valor mobiliário subjacente. O processo em que uma opção é convertida em ações é chamado de exercício, e o preço pelo qual é convertido é o preço de exercício.
Já as opções exóticas (ou opções plain vanilla) são opções estruturadas que não seguem os padrões tradicionais de mercado. Por exemplo, as opções knock out, opções com pagamento de cupom e opções negociadas simultaneamente a mais de um ativo.
Atualmente, a principal forma de acesso a esses ativos no mercado brasileiro é por meio dos COE (Certificados de Operações Estruturadas).
Quais são as vantagens das opções exóticas?
As opções exóticas têm condições subjacentes únicas que as tornam uma boa opção para gerenciamento de portfólio ativo de alto nível e soluções específicas para as mais diversas situações.
Elas ampliam o universo de opções dos investidores, uma vez que possibilita a criação de instrumentos capazes de se adaptar melhor às suas necessidades de especulação ou proteção.
Com essa ferramenta é possível, por exemplo, criar opções muito mais baratas que as opções tradicionais. Ou seja, em muitos casos, os fundos de investimento e investidores que utilizam essa opção estão interessados na possibilidade de baratear os custos das suas operações.
Quais são as desvantagens das opções exóticas?
A primeira desvantagem das opções exóticas reside no fato de que a criação de uma delas exige um valor relativamente alto.
Não existe um valor fixo ou pré-determinado para se fechar uma operação como opção exótica. No entanto, para se criar um COE é necessário um montante que atualmente gira em torno dos R$ 2 milhões.
Portanto, para que o investidor possa criar uma opção exótica, é necessário contar com um capital significativo. Caso o investidor não possa trabalhar com essa possibilidade, ele deverá acessar uma opção exótica já criada e previamente disponível no mercado.
Outra desvantagem se deve à dificuldade de precificar operações de opções exóticas. Cada opção é única e têm estrutura e modelo próprio, o que dificulta a precificação, principalmente para se saber qual o prêmio que ela deve pagar e quanto tempo deverá ter de validade.
Por fim, uma vez que as opções exóticas não são ativos listados em bolsa, outro problema reside na possibilidade de saídas antecipadas.
Como as opções exóticas são normalmente criadas sob medida para atender às necessidades particulares, seja dos fundos de investimento ou de um investidor em particular, e é difícil determinar o seu preço com precisão, as saídas antecipadas podem facilmente se traduzir em prejuízos financeiros.