COE
O que é COE?
Fora do Brasil, os COE são conhecidos como Notas Estruturadas. Fora a nomenclatura, ambos funcionam da mesma forma.
A sigla COE significa Certificado de Operações Estruturadas. Eles são emitidos pelos bancos e se caracterizam por rendimentos de Renda Fixa indexados à Renda Variável, que pode ser o Ibovespa ou a variação do dólar.
Pode parecer um pouco confuso misturar a Renda Fixa com a Renda Variável. Mas a grande vantagem é que seu dinheiro estará mais seguro, pois grande parte do capital do COE que é investido fica em títulos públicos, CDB e afins.
Você não investe, na parte que tange à Renda Variável, diretamente nas Ações e sim na variação que elas sofrem. Esse tipo de produto é muito comum nos Estados Unidos e Europa (como falamos, são as chamadas Notas Estruturadas), tendo chegado no Brasil em 2010 e sua regulamentação em 2014.
Como funciona o COE?
O emissor (Banco) desse ativo monta um título de crédito que pode ter sua rentabilidade atrelada a diferentes indicadores. Ao comprar um COE o investidor está “apostando” no bom desempenho desses indicadores até a data de vencimento desse COE.
Na prática funciona da seguinte forma: se a bolsa sobe 15%, e, sua negociação junto com o banco emissor do COE, diz que você ganha 70% dessa variação, você ganha esse percentual, descontado o imposto de renda.
Tipos de COE
Existem duas modalidades de COE:
COE de Capital Garantido: o investidor não corre o risco de perder o valor inicial. Muito vendido pelas corretoras, pois não se corre o risco de perder dinheiro.
COE de Capital de Risco: o investidor corre o risco de perder o valor inicial, ou seja, não fica devendo.
Como analisar um COE?
O primeiro passo para analisar o COE é verificar se esse ativo faz sentido na sua estratégia de investimentos. Se ainda tem dúvidas em como montar a sua carteira de acordo com os seus objetivos financeiros, comece escolhendo uma boa Corretora de Investimentos para te guiar nessa jornada.
Fazendo sentido nos seus planos de investimento, ao comprar COE, verifique a solidez do Banco Emissor, e estude o potencial de rentabilidade do tipo de COE que for escolher. Lembrando que essa é uma expectativa de retorno, tenha em mente: eu ganho X se acontecer B, ganho Y se acontecer C, e eu perco 0 na maioria das vezes.
O que você realmente precisa saber sobre o COE
Baseado nas principais perguntas que os investidores têm sobre o COE, elencamos aqui os principais pontos de dúvidas (que tem vantagens e desvantagens) sobre este investimento.
- O COE é uma boa forma de diversificação dos seus investimentos e o primeiro passo para investir em Renda Variável.
- Permite que você invista de maneira simplificada no mercado estrangeiro e no câmbio. Através de indexadores estrangeiros, pode ser o início de investimentos atrelados ao mercado externo.
- Ele não possui a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Por isso, junto da sua corretora de investimentos, analise bem o COE de qual Banco você irá investir.
- O COE possui data de vencimento e geralmente não pode ser resgatado antes do prazo. Você pode vender no mercado secundário, mas no geral não possui liquidez.
- Possui valor mínimo de investimento (em geral não menos que R$1.000,00).
- Voltado para investidores com perfil de moderado a arrojado (mas sempre lembrando que o COE é um ativo de Renda Fixa).
- Sua tributação segue a tabela regressiva do Imposto de Renda:
Prazo de Vencimento | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
A partir de 721 dias | 15% |