Ofertas subsequentes
O que são Ofertas Subsequentes?
Também conhecidas no mercado financeiro como Follow On, as chamadas Ofertas Subsequentesocorrem quando uma empresa que já tem capital aberto resolve voltar ao mercado e emitir outras de suas ações para que sejam negociadas. Normalmente esse processo se dá nos casos em que uma companhia deseja aumentar seus ganhos, podendo, assim, expandir suas operações.
Essa reabertura também pode beneficiar os acionistas da empresa, uma vez que eles terão a oportunidade de oferecer os papéis de que dispõem e, portanto, obter lucros. Essa operação se mostra benéfica a todas as partes envolvidas, favorecendo a companhia e os sócios, pessoas físicas e jurídicas
IPO e tipos de ofertas
É importante ressaltar também que a expressão utilizada para se referir a esse tipo de ação tem origem em sua própria característica, a qual os traders devem conhecer bem. Observando o termo “subsequente”, nesse contexto, entende-se que houve ofertas anteriores; essa é a lógica da palavra em si. E qual seria, então, essa primeira oferta?
As ações de qualquer empresa que são lançadas pela primeira vez no mercado recebem o nome de Initial Public Offer (IPO), que significa Oferta Pública Inicial. A partir daí, sempre que essa mesma instituição disponibilizar novas ofertas, elas serão chamadas de subsequentes. Por fim, dentre esses dois tipos de ofertas — as iniciais e as subsequentes —, existe uma subdivisão:
- Ofertas abertas ou públicas: sob a instrução CVM 400, estão disponíveis para todo o tipo de investidor, desde os iniciantes até os mais experientes, dos pequenos aos grandes, pessoas físicas ou jurídicas;
- Ofertas restritas: sob a instrução CVM 476, destinam-se a traders considerados qualificados, ou seja, àqueles que possuem carteira igual ou superior a R$ 1 milhão. De acordo com a CVM 476, esses tipos de oferta só podem ser disponibilizados para 75 acionistas, sendo que apenas 50 deles têm o direito de adquirir papéis.
Quais as diferenças entre ofertas iniciais e subsequentes?
É por meio do IPO (oferta inicial) que uma empresa começa a disponibilizar suas ações no mercado financeiro, tornando-se, a partir de então, uma empresa de capital aberto. Com essa ação, a empresa pode fazer o levantamento de recursos importantes para a realização de investimentos.
Uma instituição que pretende abrir seu capital pela primeira vez não terá a possibilidade de restringir as ofertas, ou seja, no caso de uma IPO, não se pode trabalhar com o conceito de ofertas restritas.
Por outro lado, se a empresa já está no mercado há algum tempo, sempre que ela colocar à disposição novos papéis, estará realizando Ofertas Subsequentes. Desse modo, em contraste com as ofertas iniciais, a companhia poderá optar por ofertar suas ações de forma pública ou restrita, limitando ou não o número e o tipo de investidores.
Quais as vantagens das Ofertas Subsequentes?
De fato, existem algumas vantagens para as instituições que lançam novos papéis no mercado de ações. Através desse movimento, é possível, por exemplo, reduzir seu endividamento. Há, inclusive, exemplos de grandes empresas que conseguiram pagar dívidas milionárias graças a essas ofertas.
No caso de empresas que não estão com seu caixa comprometido, é comum que os recursos adquiridos sejam destinados ao próprio desenvolvimento. As corporações têm dado prioridade a investimentos relacionados à tecnologia, a depender – claro – do ramo de atuação da instituição.
As Ofertas Subsequentes também contribuem para o aumento da liquidez das ações, já que há um aumento significativo nas chamadas livres negociações (free-float), fenômeno que é tido como fundamental para a engrenagem das negociações e, consequentemente, para a citada liquidez.