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Marcação na Curva

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/08/2019 às 06:03 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é a Marcação na Curva?

A Marcação na Curva é o método de acompanhamento diário dos ganhos obtidos em investimentos de renda fixa. É através dela que um investidor conhece a rentabilidade, a longo e curto prazo, de sua aplicação.

O cálculo ligado à marcação na curva é feito de acordo com a taxa de juros ao ano, acordada no início da negociação. Tais taxas serão atualizadas diariamente, de maneira previsível.

Ou seja, se um investimento possui um juro de 15% ao ano, esse percentual será transformado na taxa diária correspondente e, assim, adicionado diariamente ao valor real até a data de vencimento.

Mas tenha calma: não faça esse cálculo em uma calculadora comum, simplesmente dividindo a taxa anual por 365, pois os valores serão diferentes! É preciso utilizar um conversor de juros compostos para obter resultados exatos, visto que essa modalidade possui base de cálculo própria.

Quando comparada a Marcação a Mercado, que no decorrer de um período pode apresentar valorização ou desvalorização, a marcação na curva segue sempre com os mesmos resultados.

Quais são as vantagens da aplicação da Marcação na Curva?

Nesse tipo de marcação, pelo menos o emocional e o tempo (para acompanhar as oscilações do mercado) do investidor é poupado.

Com a Marcação na Curva o investimento não apresenta cotas negativas, já que, possui uma taxa fixada que é pouco impactada pelas alterações do mercado.

Ademais, é uma maneira segura de calcular o rendimento diário da aplicação, caso esteja disposto a esperar pelo data de vencimento.

No entanto, existem algumas consequências alarmantes para quem se interessar por esse tipo de marcação, como:

  • Menos transparência sobre o investimento, ou seja, o investidor não tem acesso à informação sobre a desvalorização ou valorização do seu ativo. Consequentemente, existem momentos que o valor do ativo não condiz com o seu real valor de mercado;
  • Ao contrário da Marcação a Mercado, esse tipo de marcação permite a transferência de riquezas dentro de um fundo de investimento. Ou seja, um investidor pode se tornar responsável por uma quantia que não lhe é de direito (tanto ganhando mais, quanto tendo maior prejuízo). Isso se dá pois, com essa marcação o sistema do fundo funciona quase que “em ordem de chegada/saída”. O último a sair dele ficará responsável por arcar com as oscilações dos ativos que compuserem a carteira do fundo.

Como funciona, na prática, a Marcação na Curva?

Agora, para compreendermos como essa marcação se aplica na prática, iremos apresentar um exemplo.

Suponhamos que você queira investir em um ativo que renda mais do que a própria poupança. Por isso, se interessa pelos CDB’s (Certificado de Depósito Bancário) pré-fixados, que têm ganho previsto, a fim de ter uma maior rentabilidade e não se prender à flutuação de preços do mercado.

Receoso, você decide começar com pouco e escolhe um CDB com período de maturação de 1 ano, com 10% de juros sobre uma quantia de R$1.000. Ao final do período, você sabe que terá R$100 de lucro e rentabilidade diária fixada em 0,026%.

Vale lembrar que esse é apenas um exemplo que como a marcação na curva funciona. Se o seu interesse é conhecer os CDBs mais a fundo, leia o artigo completo que preparamos sobre o assunto.

Ah, outra observação: ao contrário da Marcação a Mercado, a Marcação na Curva não é válida para todos os tipos de investimento.

Isso porque ela trabalha exclusivamente com a questão da previsibilidade e não possibilita resultados negativos, não existindo prejuízo. Ativos ligados à renda variável, por exemplo, têm natureza oposta a essas características.

Caso queira entender melhor a diferença entre Marcação a Mercado e Marcação na Curva, vale a pena ler nosso texto completo explicando suas características aqui.

Sobre o autor
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