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Investidor-Anjo

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:16/12/2019 às 14:42 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é um Investidor-Anjo?

Um empresário, executivo ou profissional liberal pode aplicar parte de seu capital em pequenos negócios e com alto potencial de crescimento, como é o caso das startups. Além de investir dinheiro, este empreendedor também oferece conhecimento e experiência como um mentor ou conselheiro. Por esse conjunto de contribuições, ele é chamado de investidor-anjo.

Não basta apenas ter dinheiro ou somente a expertise sobre o segmento da empresa em que pretende apostar as fichas. O investidor-anjo precisa ter acumulado recursos suficientes para aplicá-los de maneira inteligente e que minimize os riscos. Da mesma forma, deve compartilhar sua visão sobre o mercado e o negócio para ajudar na consolidação e expansão do empreendimento em que investe.

Qual o objetivo do investidor-anjo?

 

O investidor-anjo chega a uma empresa para dar suporte para o seu crescimento. A participação dele é diferente do papel de incubadoras e aceleradoras, que costumam ser pessoas jurídicas.

O investidor-anjo costuma ser pessoa física e aplica recursos no estágio inicial do novo negócio. Ele oferece suporte para que a empresa mantenha as atividades enquanto busca o crescimento. Além do conhecimento, ele também ativa sua rede de contatos para que a startup receba apoio de outros investidores.

O investidor-anjo pode apoiar startups e pequenos negócios por diversos motivos. Por ter uma trajetória no empreendedorismo, pode fazê-lo como apoio a novos empresários, para contribuir para o segmento que ele conhece a fundo ou simplesmente dar suporte a ideias inovadoras que apresentem soluções para problemas reais.

O que faz um Investidor-Anjo?

O principal destaque de um investidor-anjo é que ele agrega valor ao negócio, através do chamado smart money. É a combinação do aporte de recursos e a expertise na área, atuando como um mentor.

No entanto, existe um limite nessa participação. Ele dá dicas e diretrizes mas não as executam nem interfere na parte administrativa. Pode haver conflito nessa relação quando o investidor-anjo quer ir além da sua atuação como conselheiro ou os empreendedores têm resistência em ouvir e implementar as orientações.

Na prática, o investidor-anjo entra na fase da validação, em que o modelo de negócio já foi provado ou está em andamento. Conforme o desenvolvimento da empresa, serão necessários mais recursos e, com isso, mais investidores.

Neste estágio, o investidor-anjo também tem uma atuação relevante. Ele utiliza a rede de contatos para trazer mais recursos e pode participar das rodadas de investimento, dando orientações aos fundadores da empresa.

Como é feito o investimento

Por participar dos estágios iniciais de uma nova empresa, o investidor-anjo tem a consciência de que essa é uma aplicação de médio e longo prazo. Estudos pelo mundo informam que o retorno positivo pode acontecer entre cinco e dez anos.

Para minimizar os riscos, o recomendável é que o investidor-anjo aplique entre 5% a até 10% do próprio capital. Dando o dinheiro, o investidor pode ter ações preferenciais da startup como troca ou uma dívida conversível em papéis e por tempo determinado.

Quando ele se junta a outros investidores, o volume de recursos para uma única empresa pode ser menor para cada um, bem como o tempo dedicado à mentoria. Os aportes em grupo costumam ter um ou dois investidores-líderes para cada empresa. A quantidade de capital por investidor-anjo pode variar conforme a dimensão do potencial do negócio.

Se o empreendimento apresenta bom desempenho, ele dá sequência a mais rodadas de investimento. Os investidores-anjos que apoiaram a startup na fase inicial costumam ter direito de participar dessas rodadas, o que pode ser vantajoso. Afinal, ele sabe que o risco será menor e possibilidade de retorno, maior.

Como se tornar um investidor-anjo?

O investidor-anjo experiente no empreendedorismo e em investimentos pode injetar capital por conta e risco próprios. No entanto, se ele nunca foi mentor em uma startup, pode se tornar um co-investidor, com pessoas que ele conheça e que tenha expertise para guiá-lo no processo.

Outro modo de investir de forma mais segura é através de grupos de anjos. Esta é uma opção que tem potencial de crescimento no mercado, já que a queda da taxa de juros pode estimular mais pessoas a buscarem outras fontes de investimentos mais rentáveis e promissores.

O capital que o investidor-anjo provê pode ser feito de duas formas:

  • Investimento único, que ajuda a alavancar o negócio;
  • Aplicação contínua, apoiando a companhia durante os primeiros, e desafiadores, estágios iniciais.

O ideal e mais seguro é que se invista em mais de uma startup. Essa seria uma forma de reduzir a taxa de risco e ter um portfólio diversificado.

Investimento em micro e pequenas empresas

A Lei Complementar no 155/2016, que configura a atividade do investidor-anjo, permite que ele invista em micro e pequenas empresas, sem que estas tenham que deixar o regime de tributação do Simples Nacional.

Além disso, a LC possibilita que o investidor injete dinheiro, mas este não é contabilizado como parte do capital social do negócio. Com isso, o investidor-anjo não se configura como sócio e, assim, não responde por dívidas que a empresa venha a ter, mesmo em caso de recuperação judicial.

Já a tributação dos investidores-anjo a micro e pequenas empresas é regulamentada pela Instrução Normativa nº 1719/2017, da Receita Federal.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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