Indicadores Antecedentes
O que são Indicadores Antecedentes?
Indicadores Antecedentes é um termo que se refere a indicadores elaborados com o objetivo de fazer previsões. Eles são usados por gestores de empresas, gestores públicos, investidores e outros, como uma ferramenta para antecipar tendências futuras.
Os indicadores antecedentes são usados em conjunto com indicadores coincidentes; isto é, indicadores que, ao invés de antecipar tendências futuras, buscam medir o estado atual. Apesar de parecerem "opostos", na verdade, indicadores antecedentes e coincidentes são correlacionados, já que são elaborados a partir dos mesmos dados.
Entendendo os Indicadores Antecedentes
Para quem precisa tomar decisões, a possibilidade de antecipar o que pode acontecer no futuro é uma grande vantagem. Naturalmente, não é possível prever com certeza o que está por vir, mas é possível identificar tendências. Para isso, são usados os chamados indicadores antecedentes, que recebem esse nome justamente porque antecipam essas tendências.
Os primeiros indicadores antecedentes foram desenvolvidos nos EUA, na década de 1930, pelo National Bureau of Economic Research (Departamento Nacional de Pesquisa Econômica). Desde 1961, o Departamento de Comércio estadunidense divulga mensalmente esses indicadores, antecipando à população em geral as fases de crescimento e recessão da economia do país.
Existem indicadores antecedentes para a economia em geral, mas também para aspectos mais específicos, como o PIB, a inflação, o emprego ou o comportamento de um segmento específico do mercado, entre outros.
Eles podem ser usados por gestores de empresas, para tomar decisões de negócios; por gestores públicos, para embasar a criação de políticas públicas; e até pelos investidores, para orientar sua estratégia de investimento.
Quais são os Indicadores Antecedentes para a economia em geral?
Os especialistas em economia que atuam profissionalmente na elaboração de análises e projeções futuras costumam lidar com uma grande variedade de dados para tentar entender o que está acontecendo no cenário geral e o que pode acontecer na sequência. Eles acompanham variações no PIB , na indústria, no comércio, nas taxas de desemprego, nas atividades de comércio exterior e muitos outros aspectos específicos.
Lidar com todos esses dados é um trabalho de extrema complexidade. Felizmente, existem indicadores antecedentes para a economia em geral, que são elaborados reunindo diversos tipos dados para gerar uma única informação mais facilmente interpretável. Assim, permitem identificar qual é a tendência atual da economia e antecipar como ela pode se comportar no futuro.
Esses indicadores antecedentes ricos são o Indicador Antecedente Composto da Economia - IACE, elaborado pelo IBRE/FGV e divulgado mensalmente, e o Indicador Antecedente Composto da OECD - CLI, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OECD para 40 países diferentes.
Quais são os Indicadores Antecedentes para o emprego?
No âmbito do emprego, o indicador antecedente mais utilizado é o Indicador Antecedente de Emprego - Iaemp, elaborado pelo IBRE/FGV e divulgado mensalmente. Esse indicador é medido em pontos, em uma escala de 0 a 200, na qual, quanto maior a pontuação, melhor a situação do emprego no país.
Quais são os Indicadores Antecedentes para a inflação?
Como vimos, já existiam indicadores antecedentes para a economia em geral desde o começo do século XIX, nos EUA. No entanto, a elaboração desse tipo de indicador para prever as tendências de inflação só começou cerca de 50 anos depois, na década de 1980.
Devido a ser um trabalho muito mais recente, ainda não existem indicadores antecedentes consolidados para a inflação. Pesquisadores da área da economia ainda se dedicam a criar e testar modelos, em busca dos mais eficientes.
Entre os desafios, um dos principais é selecionar variáveis com efetivo poder preditivo para entrar na composição dos indicadores. Em outras palavras, entre todos os dados disponíveis, é preciso aqueles que realmente sejam capazes de dizer alguma coisa sobre a direção futura que a inflação deve seguir.