George Soros
Quem é George Soros?
George Soros é um bilionário húngaro-americano cuja fortuna foi construída a partir da especulação financeira, em especial aquela ligada ao mercado de câmbio.
Nascido em 1930, Soros passou a sua adolescência em meio à ocupação nazista da Hungria. De origem judia, teve que adotar uma identidade falsa (junto com a sua família) para se proteger, abandonando assim o seu nome de nascença: Gyorgy Schwartz.
No período de 9 anos em que viveu em Londres, se formou em Economia pela London School of Economics: passo importante para que, ao se mudar para Nova York em 1956, pudesse desenvolver-se como profissional nos bancos comerciais estadunidenses.
Isso até fundar, em 1969, o seu próprio fundo de hedge: o Double Eagle (que passaria a se chamar ainda Soros Fund Management e, depois, Grupo Quantum Fund).
Em 42 anos de atividade, o fundo chegou a administrar cerca de 25 bilhões de dólares e se dedica hoje a operar como Family Office, administrando apenas o patrimônio do próprio Soros.
Mais do que um investidor estratégico e agressivo, Soros é conhecido também como grande patrocinador das causas progressistas ao redor do mundo. O financiamento parte da Open Society Foundation, fundação que desde 1993 (ano de sua criação) já distribuiu mais de 14 bilhões de dólares.
Como George Soros adquiriu notoriedade no mercado financeiro?
Convenhamos: George Soros não tinha, inicialmente, nada de especial. Além da perseguição nazista, não havia nada que o diferenciasse das outras milhares de pessoas ao redor do mundo que se formaram em áreas ligadas à Economia.
Por que, então, ele se tornou tão importante dentro do mercado financeiro (a ponto de precisarmos escrever sobre ele e você buscar pelo seu nome)?
A verdade é que George Soros construiu a sua reputação bilionária em cima de dois valores muito admirados no universo dos investimentos, mas difíceis de serem administrados: a ousadia e a estratégia.
Agir de forma ousada envolve assumir riscos e ser agressivo na gestão dos investimentos. Focando principalmente nas variações do câmbio e nas oportunidades de curto prazo (em oposição ao modelo de longo prazo de Warren Buffet, por exemplo), as taxas de retorno da Quantum Fund cresceram rapidamente.
Ser estratégico, por outro lado, é qualidade daquele que consegue tomar atitudes de forma proposital e bem planejada, mesmo que remando contra a maré e enxergando além do que a maioria dos investidores.
Soros ficou conhecido como o homem que “quebrou” o Banco da Inglaterra - e não é à toa.
Em 1992, após investimentos de cerca de 10 bilhões de dólares ligados à economia inglesa, Soros ganhou em uma única tacada mais de 1 bilhão. Isso graças à especulação relativa à desvalorização da libra esterlina.
Mas como nem só de ganhos se faz um investidor, as perdas também já vieram. Em 1994, Soros perdeu mais de 400 milhões de dólares ao apostar na queda do iene japonês e... Errar.
A grande questão relacionada a esse episódio é te ajudar a entender que, por mais estratégico e ousado que investidores sejam, eles não têm bola de cristal.
George Soros não construiu a sua reputação atrelada a um histórico perfeito. Na verdade, o que lhe garantiu a atenção do mundo foi a sua capacidade continuar reajustando as estratégias, sem perder a agressividade e a confiança em seu conhecimento (em especial das moedas) que o enriqueceram.
Qual é a estratégia de administração de patrimônio adotada por George Soros atualmente?
Em 2011, a Quantum Fund distribuiu parte dos seus ganhos aos investidores e migrou para o modelo de Family Office. Ou seja, a partir desse ano a sua única responsabilidade passou a ser a gestão patrimonial pessoal de Soros.
Desde então, a fortuna do bilionário se desloca especialmente em direção à sua fundação, a Open Society. Dedicada a financiar as causas progressistas, a organização recebeu (apenas em 2018) mais de 18 bilhões de dólares da fortuna pessoal de Soros.