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Fundo de Crédito Privado

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:07/11/2019 às 06:44 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é um fundo de crédito privado?

Um fundo de crédito privado é um dos modelos possíveis de fundos de investimentos cujo foco na composição da carteira é o uso de ativos de crédito privado.

E, afinal, o que é esse crédito privado? Esse é um tipo de dívida emitido por empresas do segmento privado — uma das maneiras que as organizações têm de captar recursos sem precisar apelar para os empréstimos bancários.

Assim, investidores de diferentes perfis podem "emprestar" dinheiro para essa determinada empresa em troca de uma remuneração do seu capital em prazo futuro. Ou seja, o crédito privado nada mais é do que a versão privada dos famosos títulos públicos (estes, afinal, são emitidos pelo governo).

Portanto, quando falamos de um fundo de crédito privado, trata-se de um fundo de investimento que trabalha basicamente com a compra desses formatos de dívida do setor privado.

Como funciona um fundo de crédito privado?

Um fundo de investimentos tem basicamente a mesma estrutura em seus mais variados formatos. Ou seja, estamos falando da possibilidade que os investidores têm de colocar o seu capital para um gestor especializado usar o dinheiro, tomando todas as decisões sobre os ativos financeiros que farão a composição do fundo.

Assim, cada investidor terá direito a uma participação proporcional ao seu capital. Essa distribuição é feita por meio de cotas. Assim, quanto maior a representatividade do investimento, maior a participação no lucro que será distribuído aos cotistas.

No caso específico do fundo de crédito privado, a principal regra é que ao menos 50% do seu patrimônio líquido deve estar em títulos desse formato de dívida privada. Sem cumprir esse requisito, o fundo deixa de pertencer à categoria.

Quais são os ativos financeiros que interessam aos fundos de crédito privado?

Como você já viu, a composição de carteira de um fundo de crédito privado precisa apresentar ao menos metade do seu patrimônio líquido em ativos que correspondam aos títulos de dívida do setor privado.

No entanto, quais são esses ativos? Estamos falando aqui de debêntures, notas promissórias e alguns certificados de recebíveis (CRI ou CRA, por exemplo). São esses os principais formatos utilizados pelas empresas para atrair investidores.

Além disso, esses títulos podem ser tanto prefixados (rentabilidade definida de maneira antecipada) como pós-fixados (rentabilidade atrelada a algum índice financeiro como Selic, IPCA ou CDI).

Quais as vantagens de investir em um fundo de crédito privado?

A primeira vantagem do fundo de crédito privado é a categorização como renda fixa. Para quem busca algo mais conservador ou com menor risco, vai encontrar nesse tipo de fundo uma boa opção, inclusive considerando rentabilidades mais atrativas do que em outros fundos que atuem com títulos públicos.

A razão para isso é simples: é muito improvável que o governo dê um calote no pagamento dos rendimentos, mas nem tanto que uma empresa do setor privado o faça. Para compensar esse risco, a rentabilidade é mais atrativa.

Além disso, as exigências para um fundo de crédito privado são baixas: apenas 50% do patrimônio líquido precisa necessariamente estar nesse formato de ativo financeiro. Ou seja, isso significa que ainda restará metade do capital para outros tipos de investimentos, diversificando a carteira e reduzindo o risco.

Por fim, vale observar que não há obrigatoriedade em esperar o vencimento dos títulos de dívida adquiridos. O gestor do fundo pode negociar diariamente os ativos, buscando negociações atrativas aos seus cotistas.

Quais os riscos do fundo de crédito privado?

Se as vantagens são bem atrativas, um fundo de crédito privado também apresenta pontos de atenção, a começar pelo que já mencionamos no tópico anterior: empresas do setor privado oferecem um maior risco de calote do que o governo.

Ademais, esse tipo de ativo financeiro não apresenta a melhor liquidez do mercado. Isso significa que nem sempre os preços estarão devidamente ajustados, algo que pode dificultar a negociação dos títulos de dívida.

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