Freddie Mac
O que é Freddie Mac?
Freddie Mac é um nome popular dado para a Federal Home Loan Mortgage Corporation (FHLMC), uma das maiores e mais conhecidas empresas do mercado imobiliário e de crédito dos Estados Unidos.
A entidade foi criada em 1970. Na oportunidade, o objetivo era ampliar o mercado de hipotecas no país norte americano. Como não poderia deixar de ser, foi um dos focos da Crise de 2008, diretamente relacionada com o mercado imobiliário.
O apelido de Freddie Mac é originado em uma brincadeira fonética com as suas iniciais. É algo comum nas instituições americanas, como é também o caso da Fannie Mae — outro jogo fonético com as iniciais FNMA, referente ao Federal National Mortgage Association.
Como funciona a Freddie Mac?
A Freddie Mac é uma gigantesca empresa de seguros imobiliários e de crédito relacionado aos imóveis no cenário estadunidense. A sua atuação é parecida com a de uma companhia intermediária na medida em que atua comprando hipotecas no mercado secundário.
Vale lembrar que, no mercado secundário, investidores negociam os ativos entre si. Assim, a Freddie Mac se especializou no mercado de hipotecas, comprando os títulos e revendendo-os posteriormente.
Esse processo é especialmente importante do ponto de vista do mercado local. Nem todas as pessoas, afinal, possuem uma conta para negociar ativos nas Bolsas de Valores. O que a Federal Home Loan Mortgage Corporation faz é democratizar o acesso aos ativos.
Para a economia estadunidense, esse é um processo fundamental. Se há maior facilidade de acesso para o mercado aberto, sem depender de requisitos específicos dos investidores, multiplicam-se as oportunidades de negócios.
Qual é a função da Freddie Mac?
Como vimos, a atuação da Federal Home Loan Mortgage Corporation é basicamente de uma intermediária dentro do contexto de instituições financeiras. Ela, em resumo, faz o "meio de campo" entre os bancos e os clientes finais.
Para facilitar o acesso ao mercado de crédito, a Freddie Mac converte esses empréstimos relacionados ao mercado imobiliário em títulos. Quando eles são comercializados, o dinheiro é repassado aos respectivos emissores (normalmente, os próprios bancos).
De certa forma, podemos dizer que instituições como a Freddie Mac ou a Fannie Mae atuam como combustíveis para que as demais engrenagens da economia estadunidense sigam funcionando conforme o proposto.
Freddie Mac e a Crise do Subprime
É praticamente impossível pensar no mercado imobiliário dos Estados Unidos sem associá-lo à Crise do Subprime, um dos períodos mais desafiadores que a economia global já enfrentou.
Na oportunidade, o problema nasceu justamente dos empréstimos relacionados aos imóveis. Em um momento amplamente positivo do ponto de vista financeiro, instituições passaram a flexibilizar a concessão de crédito. Abriram mão, por exemplo, de processos rigorosos de análise de crédito ou mesmo da exigência por garantias. Tudo para tentar manter os altos ganhos do começo do século.
Naturalmente, quando o cenário modificou-se um pouco, veio a explodir uma bolha gigantesca. Muitos empréstimos não poderiam ser pagos e os bancos tinham rombos gigantescos para lidar.
Neste contexto, embora não seja a única responsável, a Freddie Mac tem uma boa dose de participação na Crise do Subprime. Sem a obrigatoriedade de centralizarem as hipotecas, empresas adotaram o mercado privado, algo que reduziu o controle das emissões de crédito. Consequentemente, vieram essas condições sem qualquer rigor que, naturalmente, criaram uma grande bolha imobiliária.
Os resultados dessas ações foram catastróficos, como a própria história mostrou. As ações da Freddie Mac despencaram e a entidade precisou da intervenção do governo estadunidense para não falir. Desde então, assim como muitas instituições financeiras, restou a necessidade de recuperar a confiança dos investidores, um processo que dura até os dias atuais.