Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
termos

FCFE – Free Cash Flow to Equity

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/09/2020 às 19:24 -
Atualizado 4 anos atrás
Compartilhe:

O que é FCFE?

FCFE é uma abreviação para o termo Free Cash Flow to Equity ou, se preferir, "Fluxo de Caixa Livre para o Patrimônio Líquido", em tradução livre. Em Português, costumamos usar mais a expressão "Fluxo de Caixa do Acionista".

O motivo é justamente o seu significado prático e objetivo como ferramenta de avaliação de um investimento. O intuito aqui é entender qual é a sobra de caixa de uma companhia, após o pagamento de todos os custos, despesas e impostos.

A nomenclatura de "Fluxo de Caixa do Acionista" para o FCFE também tem uma razão técnica: o resultado final da sua composição acaba por ser, geralmente, o valor a ser distribuído como dividendos para os acionistas.

Neste sentido, vale observar que cada empresa tem a sua política de dividendos e não necessariamente o valor que sobra no caixa é totalmente distribuído. É importante entendê-lo antes de realizar um investimento.

Como funciona o FCFE?

Para o cálculo do FCFE, um investidor deve primeiro analisar outro tipo de fluxo de caixa: o Fluxo de Caixa do Credor (FCFF — Free Cash Flow to the Firm), uma métrica utilizada para entender a sobra de caixa de uma companhia para pagar, além dos seus acionistas, também bancos e outras instituições financeiras.

Para encontrar o FCFF, você tem duas ferramentas. Uma delas utiliza o NOPAT (Lucro Líquido Operacional) e outra baseada no resultado EBITDA  (que é o lucro da empresa antes dos descontos de taxas financeiras e impostos). Veja abaixo uma das suas fórmulas:

FCFF = [EBITDA * (1-T)] + (D*T) - LT - WC

Onde:

  • FCFF = Fluxo de Caixa do Credor;
  • T = Taxa dos impostos;
  • D = Depreciação;
  • LT = Investimentos realizados em ativos de longo prazo;
  • WC = Capital de giro da empresa.

Uma vez que você tenha o resultado do FCFF de uma empresa, torna-se possível passar a olhar para o FCFE que, afinal, é o grande foco do nosso texto. Novamente, temos uma fórmula matemática para chegar ao resultado desejado:

FCFE = FCFF - P + N

Onde:

  • FCFE = Fluxo de Caixa do Acionista;
  • FCFF = Fluxo de Caixa do Credor;
  • P = Pagamentos a terceiros e dívidas bancárias;
  • N = Novas captações de recursos.

Sendo assim, podemos constatar que a diferença entre o FCFE e o FCFF está justamente em considerar os valores que a companhia deve para os bancos ou outras instituições financeiras. Descontando esses custos, aí sim teremos o que sobra no caixa da empresa que será equivalente também ao capital destinado aos acionistas.

Qual é a importância do FCFE?

O Fluxo de Caixa do Acionista é uma importante ferramenta de análise para os investidores, sendo uma métrica numérica que pode ser utilizada para precificar uma companhia — processo conhecido como Valuation.

Essa é uma etapa importante para encontrar um "preço justo" para as ações de uma companhia, permitindo a avaliação se essa empresa está cara ou barata. Em outras palavras, se realmente vale a pena realizar um investimento.

Além disso, o FCFE indica a capacidade da empresa de gerar valor aos seus investidores, isto é, de apresentar resultado lucrativo. Se o resultado é negativo, por exemplo, representa que não há sobra de caixa e, portanto, distribuição aos acionistas.

Outro ponto a observar é que essa abordagem é mais completa sobre o caixa de uma companhia. Isso porque, por vezes, a sobra de caixa em um atual momento não considera eventuais valores que ainda precisam ser utilizados para custos e despesas. É o caso do capital de giro ou do pagamento de dívidas bancárias — algo que, como vimos, é considerado no cálculo do Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE).

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!
Mais sobre