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Falácia da Conjunção

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:13/12/2019 às 17:01 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é a Falácia da Conjunção? 

Falácia da Conjunção (ou ainda Subadditivity Effect, de acordo com o termo original em Inglês) é o nome dado a um tipo específico de viés cognitivo

Por definição, a Falácia da Conjunção se caracteriza por narrar a tendência mental que todos nós possuímos, como seres humanos, de considerar que a probabilidade de um evento acontecer é menor quando este é comparado com outro, enquanto a probabilidade dos dois eventos juntos (isto é, em conjunção) é maior. 

Embora não tenha uma descrição lá muito clara, a Falácia da Conjunção é melhor entendida quando colocada em um contexto prático.

Imagine que você é perguntado acerca da probabilidade de alguém ganhar na loteria. Você sabe que as chances são pequenas e chuta algo em torno de chances de 1 em 1 milhão. 

Contudo, e se te perguntassem qual é a probabilidade de alguém ganhar na loteria apostando na quinta-feira à tarde? É provável que você chute um número menor do 1 milhão. 

Por que? Por conta da Falácia da Conjunção. 

Exercícios desse tipo já foram desenvolvidos em inúmeras áreas de pesquisa científica, tendo como objeto desde a saúde ("qual é a probabilidade de se contrair X doença?") até a segurança pública ("qual é a probabilidade de uma pessoa ser assaltada?").

Como a Falácia da Conjunção funciona? Ele está ligado a outros vieses cognitivos?

Você deve estar se perguntando o porquê disso acontecer. 

Por que acreditamos que um evento, com mais detalhes, é mais provável do que o evento geral?

Voltando ao exemplo anterior: Por que acreditamos que as chances de uma pessoa ser assaltada na rua são menores do que as chances de uma mulher ser assaltada na rua? 

Afinal de contas, o primeiro é uma soma do grupo composto por mulheres e outros: a probabilidade de mulheres serem assaltadas + a probabilidade de outros serem assaltados = a probabilidade de uma pessoa ser assaltada.

A resposta está em lembrar que a Falácia da Conjunção é constituída como um viés cognitivo. Isso significa que, na nossa cabeça, a história contada por ela faz todo sentido do mundo... Em algum nível.

Pense bem: sabemos que mulheres são mais vulneráveis a assaltos do que homens, assim como os idosos quando comparados aos mais jovens. Assim, na nossa cabeça, faz sentido que a probabilidade destes seja maior que a geral - embora como explicamos antes, eles sejam apenas uma fatia do bolo.

Hoje entende-se que, assim como outros vieses cognitivos ligados às estimativas matemáticas, não lidamos bem com ter que precisar algo. A contabilidade mental, a falácia do apelo à probabilidade e o efeito da denominação que o digam.

Como a Falácia da Conjunção interfere na sua vida financeira?

Você se lembra do exemplo que te demos das apostas na loteria? A não ser que você seja para lá de metódico e supersticioso, duvidamos muito que vá começar a apostar toda quinta-feira à tarde.

Logo, esse não é o principal perigo quando se trata da influência da Falácia da Conjunção sobre o seu dinheiro. 

Esse viés é conhecido, carinhosamente, como o viés da história bem contada. Afinal, é justamente a sua riqueza de detalhes que manipula o nosso julgamento.

É bem possível que, sob a sua influência, você julgue um investimento X ou Y como mais ou menos provável. É caso de definir a probabilidade de ser bem-sucedido investindo em um negócio próprio ou investindo em um negócio próprio de pizzas. 

Como vimos, o seu cérebro está inclinado a acreditar que a segunda tem maiores chances de sucesso - embora, como as mulheres no exemplo anterior, seja apenas um componente do primeiro grupo. 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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