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Dívida de Longo Prazo

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:22/04/2021 às 04:32 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é dívida de longo prazo?

A dívida de longo prazo é qualquer débito dentro de uma empresa que tenha o prazo de vencimento superior a 12 meses. Ela pode ser vista, inclusive, a partir de duas perspectivas: por investimentos financeiros e por relatórios de demonstrações financeiras.

No segundo caso, as empresas precisam registrar a emissão de dívidas de longo prazo, além de todas as suas obrigações de pagamento associadas nas demonstrações financeiras. Por outro lado, fazer um investimento em uma dívida desse tipo inclui colocar o dinheiro em investimentos que apresentem vencimentos com mais de um ano.

Esse tipo de dívida também é classificado como um passivo não circulante no balanço de uma empresa. O seu tempo de vencimento varia de 1 a 30 anos — ou até mais — e existem vários tipos de dívidas que se encaixam nessa descrição, como comentaremos adiante.

Como a dívida de longo prazo funciona?

As empresas escolhem por emitir uma dívida de longo prazo com foco no prazo do reembolso e nos juros que serão pagos. Já os investidores a escolhem para receberem os benefícios do pagamento de juros por mais tempo e consideram o prazo do vencimento como um risco de liquidez.

De forma geral, tanto as avaliações da dívida quanto as suas obrigações vitalícias dependerão — e muito — das mudanças nas taxas de mercado. Os termos de juros — fixos ou flutuantes — também têm bastante influência no desenrolar dessas condições.

Quais são os tipos de dívida de longo prazo?

O conceito de dívida de longo prazo pode ser bem abrangente e, por isso, inclui vários tipos distintos de empréstimos. O primeiro deles são os títulos, que são negociados publicamente e emitidos por uma empresa com um prazo de vencimento superior a 12 meses. Existem muitos tipos de títulos, como os de alto rendimento, com opção de venda, cupom zero, resgatáveis, grau de investimento e muitos outros.

Já os debêntures são empréstimos que não têm nenhum lastro em determinado ativo. Isso significa que contam com uma classificação inferior a outras modalidades de dívidas de longo prazo em relação à prioridade da sua amortização.

A dívida bancária também pode ser considerada como uma dívida de longo prazo. Elas são, na verdade, qualquer empréstimo feito por um banco ou outra instituição financeira. Uma das suas características mais comum é que ela não é transferível — ou sequer negociável — como os títulos.

Por fim, existem as hipotecas. Elas nada mais são que empréstimos garantidos por um determinado imóvel — como terrenos ou edifícios. No Brasil, ela é pouco comum e somente algumas instituições trabalham com essa ferramenta. Uma alternativa mais utilizada é o empréstimo com garantia de imóvel. A princípio pode parecer a mesma coisa, mas existem diversas diferenças nos dois processos.

Por que as empresas utilizam instrumentos de dívidas de longo prazo?

É bastante normal que as empresas contraiam dívidas como forma de ter capital imediato. Os empreendimentos iniciantes, por exemplo, precisam de fundos substanciais para decolar no mercado. Essa dívida, então, pode assumir a forma de notas promissórias e servir como pagamento de custos iniciais com equipamentos, marketing, taxas, folhas de pagamento etc.

Os negócios mais maduros também utilizam esse tipo de dívida para financiar suas despesas regulares de capital, assim como projetos de expansão e capital novo. No geral, a maioria das empresas sempre acaba precisando de fontes externas de capital e esse tipo de dívida é uma delas.

Para as empresas, a emissão de uma dívida de longo prazo oferece algumas vantagens sobre as de prazo mais curto. Os juros, por exemplo, em todos os tipos de obrigação de dívidas são considerados como uma despesa de negócios que pode ser deduzida antes mesmo do pagamento dos impostos. A dívida de longo prazo, geralmente requer uma taxa um pouco mais alta, mas oferece mais tempo para que a empresa faça o pagamento principal com juros.

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