Déficit Público
O que é Déficit Público
Déficit Público é a nomenclatura utilizada para distinguir quando um país possui mais despesas do que receitas.
O termo déficit público também já compreende o déficit nominal, ou seja, na conta já entram as despesas com juros da dívida mais as correções que esse valor pode sofrer.
O tamanho do déficit público também pode ser expresso em porcentagem do PIB. Uma forma bem interessante de conseguir compreender o tamanho do “rombo” nas contas públicas.
Compreendendo o Déficit Público
O Déficit Público em si, é um termo de fácil compreensão. O fato de um país gastar mais do que arrecada não inspira muita complexidade.
Porém a composição das despesas é algo que pode ser analisado com mais atenção. Muitos países desenvolvidos conseguem viver gerando déficits anos após ano.
Uma das explicações para isso é porque os mesmos possuem de certa forma a confiança do mercado.
Mas, para aqueles países que estão em desenvolvimento e não contam com tanta confiança do mercado, gerar um déficit público pode ser um verdadeiro pesadelo.
Por isso o estudo da composição das despesas é uma tarefa extremamente importante. Veja a seguir alguns pontos referentes ao Déficit Público que merecem uma atenção maior:
- Gastos com previdência, seguridade social.
- Relação dos juros com o tamanho da dívida
- Formas de captação de recursos
- O histórico de déficits e o quanto eles influenciam no orçamento
- Influência da inflação sobre as receitas e despesas
Esses seriam alguns pontos que são relevantes na hora de avaliar orçamento da nação. O gasto com a previdência e seguridade social em um país, geralmente é um gasto alto e ocupa um bom espaço do orçamento.
Existe uma tendência natural que haja uma quantidade maior de idosos no planeta em comparação com pessoas nascendo, ou seja, a base que sustenta o atual pagamento da previdência vem encolhendo contra uma porção de pessoas que vem se beneficiando.
Essa “anomalia” na previdência pode acabar exigindo que o governo desloque mais recursos de áreas como a saúde e a educação para área da previdência.
Situações assim exigem que o governo federal e demais órgãos iniciem uma análise mais criteriosa observando quais são as medidas internas que podem ser tomadas.
Quando não se vêm solução, então uma alteração nas regras previdenciárias precisa ser realizada.
Com relação aos juros da dívida, alguns países em desenvolvimento trabalham com valores mais altos a fim de conter a inflação e chamar o capital estrangeiro.
Porém esse juro mais alto pode encarecer ainda mais o pagamento da dívida, especialmente se o a dívida emitida estiver indexada a taxa de juro do país (como acontece com as LFTs no Brasil).
Sendo assim, a redução da taxa de juros pode baratear esses pagamentos, reduzindo inclusive o peso da dívida no orçamento.
Um país pode captar recursos através da dívida interna e externa. Qualquer um dos dois segmentos podem envolver formas diferentes de remunerar os investidores.
A dívida externa pode ser influenciada pela cotação do dólar e mais alguma porcentagem de juros (também conhecida como prêmio de risco). A dívida interna, por outro lado, pode estar indexada a outros instrumentos, como o IPCA, IGP-M, Selic e até taxas de juros prefixadas.
Dependendo do momento econômico do país e da composição de sua dívida, a mesma pode acabar ganhando proporções no orçamento que podem prejudicar a margem de “manobra” orçamentária, exigindo que recursos de outras áreas tenham que ser deslocados para o seu pagamento.
Consequências do Déficit Público
Países em desenvolvimento que precisam de capital externo para investimentos como obras de infraestrutura e até para financiamento da própria dívida, precisam fazer o “dever de casa”.
O déficit público em tais países não inspira confiança nos investidores, de forma que deve haver um controle orçamentário com uma visão mais crítica sobre a composição das despesas.
Para os países desenvolvidos, o controle do déficit é importante, mas o déficit em si não traz prejuízos econômicos similares aos prejuízos que países em desenvolvimento podem ter.