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Co-investimento

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:23/10/2020 às 04:47 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é co-investimento?

Um co-investimento é uma aplicação de capital minoritária em um negócio, feita por investidores junto a uma empresa de capital de risco ou um gestor de fundo de patrimônios privados. Esse método permite que os interessados participem de investimentos potencialmente lucrativos sem que precisem pagar as taxas cobradas em um fundo de capital privado comum.

Uma das suas principais características é o fato de serem, normalmente, restritos a grandes investidores que já têm um relacionamento mais próximo com o administrador do fundo de patrimônio privado em questão. Muitas vezes, esse tipo de investimento não está disponível para investidores menores ou de varejo.

Em um fundo de co-investimento, o investidor paga um patrocinador do fundo com o qual já tem uma parceria bem definida. O acordo dessa parceria descreve como o sócio geral (general partner) alocará o capital e diversificará os ativos. Esse tipo de negócio evita os fundos típicos de uma sociedade limitada ao investir diretamente em uma empresa.

Quais são os benefícios do co-investimento?

Um co-investimento pode oferecer diversos benefícios para fundos de sociedades limitadas e de patrimônio privado. Um dos principais é a diminuição dos riscos do investimento. Com mais investidores em um único negócio ou projeto, os aportes podem ser menores — o que faz com que cada um deles possa investir em mais empresas e criar um portfólio diversificado.

Outro ponto interessante é a troca de experiência compartilhada entre os investidores mais experientes e os que estão apenas começando no mundo do co-investimento. Aqueles que têm mais experiência podem dar dicas de cases de sucesso e orientações aos novos investidores, como mentores.

Um co-investimento também pode economizar tempo nos quesitos negociação e diligência. Como uma das grandes preocupações de mercados congestionados é o aumento do fluxo de negócios, esse tipo de investimento se torna muito menos complicado do que trabalhar com um modelo de sociedade limitada já existente ou estabelecer um fundo inteiramente novo.

Quais são os maiores desafios do co-investimento?

Para que a transparência e a justiça sejam garantidas em um co-investimento, é preciso que todos os envolvidos considerem e implementem as melhores práticas dentro da sociedade. Isso inclui justiça de alocação, divulgação dos resultados e alertas para potencias conflitos de interesse.

A estrutura de um co-investimento precisa ser cuidadosamente considerada e mapeada já em um estágio inicial com o objetivo de facilitar a comunicação entre todos os participantes da sociedade limitada. Uma boa estrutura que conte com acordos de fundos preparados pode prever e aliviar muitas das potenciais armadilhas do negócio.

Como funciona o co-investimento no Brasil?

Por ser uma boa saída para investimento em startups, o governo criou o Fundo Anjo, uma iniciativa de co-investimento para investidores-anjo que apoiam empresas inovadoras com alto potencial de crescimento. O projeto iniciou-se em julho de 2019 com um patrimônio de R$ 76 milhões.

Desse investimento, R$ 40 milhões partiram do BNDES e o restante do valor foi arrecadado por meio de investidores e da Domo Invest, empresa escolhida para fazer a gestão do capital aportado. A meta, que é de investir em 20 startups, tem previsão de ser atingida até o fim de 2020.

A ideia por trás dessa iniciativa é que, em uma primeira fase, interessados qualificados possam investir em sociedades limitadas que em que o faturamento anual seja inferior à quantia de R$ 1 milhão. O foco é que o investimento seja feito em empresas como fintechs e biotechs, mas também nas que desenvolvam soluções para:

  • agronegócio;
  • saúde;
  • cidades inteligentes;
  • tecnologias de comunicação e informação;
  • economia criativa.

Em uma segunda fase, os aportes realizados serão de até R$ 5 milhões em empresas que tenham receita bruta entre R$ 1 milhão e R$ 16 milhões. Esses recursos podem ser aplicados em novas empresas, mas os empreendedores contemplados na primeira fase que apresentarem crescimento acelerado serão priorizados.

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