Clube de Investimentos
O que é Clube de Investimentos?
O clube de investimentos é uma das modalidades para fazer aplicações em títulos, ações ou derivativos. A principal diferença é que isso é feito de forma coletiva, em grupos de três a até 50 pessoas físicas.
Ele tem uma estrutura que lembra os fundos de investimento, como a divisão do patrimônio em cotas, mas é um pouco mais restrito. Além disso, o investidor, ou cotista, pode ter um portfólio de aplicações mais diversificado, já que o grupo aumenta seu potencial de investimento.
Para que serve um clube de investimentos?
Ele é a porta de entrada para quem quer investir mas tem pouco conhecimento no mercado de capitais. Normalmente ele é formado por grupos de amigos, colegas ou familiares com um mesmo objetivo em comum.
Da mesma forma, também há clubes compostos por quem já é mais experiente e quer se envolver mais na gestão, já que neste formato é permitido que os cotistas sejam também gestores.
A partir da estrutura do clube de investimentos, a expectativa é que o cotista conheça mais a dinâmica do mercado e se prepare para optar por outras formas de aplicar em renda variável.
Qual a diferença entre clube de investimento e fundo de investimento?
Por ter regras menos rígidas do que um fundo, o clube possui algumas ressalvas para não fazer com que esse tipo de investimento se torne muito arriscado para quem quer aplicar no mercado financeiro.
Algumas dessas ressalvas, por exemplo, seriam a limitação da composição do portfólio do clube e o número máximo de cotistas.
Como funciona um clube de investimentos
A escolha de como o clube será gerido, se pelos cotistas ou por um profissional certificado, deve ser submetida à eleição em uma assembleia geral. O gestor vai tomar decisões referentes à alocação dos recursos.
Quando o gestor é um dos cotistas, ele não pode ser remunerado por este trabalho e não pode cuidar de mais de um clube. No caso de um profissional contratado, ele pode receber uma taxa de performance de acordo com os resultados atingidos.
Além da gestão, o clube de investimentos deve ser administrado por uma instituição financeira, como corretora, distribuidora, banco de investimentos ou banco múltiplo que tenha carteira de investimentos. Essa instituição é responsável pela documentação e registros do clube, além de supervisionar a atuação do gestor.
Regulação e escolha
Um clube de investimentos deve seguir as regras da Instrução CVM 494 e o Regulamento de Clubes da Bolsa de Valores (B3), onde eles são registrados. Cada grupo também tem seu próprio estatuto social.
A escolha de um clube deve ser baseada na política de investimento, histórico de performance e do gestor. A relação de clubes ativos pode ser conferida diretamente no site da B3.
Custos do clube de investimentos
Os cotistas pagam alíquota de Imposto de Renda de 15% sobre o rendimento no momento do resgate. Também há taxa de administração, mas que varia de acordo com o tipo de clube, patrimônio e atuação.
Pode haver taxa de performance sobre a gestão (se o gestor for profissional, como citado anteriormente), conforme definido pelos cotistas sobre a meta de rentabilidade da carteira, como a superação de algum índice, por exemplo.
Composição da carteira do clube de investimentos
Entre as regras da CVM, um único investidor não pode ser o titular de mais de 40% das cotas do clube. A carteira deve ter uma composição mínima de 67% em títulos e valores mobiliários, como:
- Ações;
- Bônus de subscrição;
- Debêntures conversíveis em ações de emissão de companhias abertas;
- Recibos de subscrição;
- Cotas de fundos de índices de ações (ETF’s de ações);
- Certificados de depósitos de ações.
Rendimentos
Os rendimentos do clube de investimento dependem da valorização das cotas, conforme o desempenho dos ativos que compõem a carteira. Por se tratar de um investimento em renda variável, ele está mais sujeito às oscilações do mercado.
Vantagens e desvantagens de um clube de investimentos
Vantagens
- Tem mais autonomia e permite o aprendizado para quem quer conhecer mais sobre o mercado;
- Não precisa passar por auditorias ou fiscalizações da CVM;
- É uma estrutura mais simples e muitas vezes mais barata que os fundos (em termos de taxas).
Desvantagens
- Por ter um número menor de participantes, tem um patrimônio menor do que um fundo;
- Por não ser gerido necessariamente por um profissional de mercado, a seleção de ativos pode acabar sendo feita de maneira "amadora", aumentando o risco dos cotistas.