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Carrego de renda fixa

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/12/2019 às 09:08 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é Carrego de renda fixa?

O carrego é usado no Mercado Financeiro como uma expressão para representar o quanto um ativo de renda fixa gera de rendimentos diariamente até a sua data de vencimento. Neste ponto, vale lembrar que os investimentos dessa modalidade têm uma estrutura muito bem definida e que pedem para o investidor que os mantenha na sua carteira, carregando-os por um determinado tempo.

Eles existem basicamente como forma de financiar algum tipo de instituição ou projeto por meio de um "empréstimo" de capital. Você pode investir em diferentes formatos de ativos de renda fixa como, por exemplo, títulos públicos (financiando dívidas do governo), CDBs e LCIs (investimento em ativos de instituições bancárias) ou mesmo em debêntures (financiando dívidas de outros tipos de empresa do setor privado).

Nesse empréstimo, fica acordada uma data de vencimento que, em suma, é o dia definido para que a instituição beneficiada pelo seu investimento retorne o valor com o pagamento de juros. Ao longo de todo período, claro, o dinheiro irá rendendo pouco a pouco.

Por que existe o carrego de renda fixa?

 

A teoria de um investimento de renda fixa é bem simples, com o racional que reforçamos no tópico anterior. No entanto, por que existe o jargão dentro do Mercado Financeiro de "carrego"?

Esse termo é uma forma de fazer referência aos ganhos de capital de carregar o ativo com você até a data de vencimento. Você só irá receber o dinheiro após o prazo estipulado, porém ele estará rendendo com o passar dos dias — ainda que esses valores não entrem na sua conta imediatamente.

É verdade que alguns formatos de ativos também oferecem boa liquidez, permitindo a sua negociação antes do vencimento — como é o caso dos títulos públicos negociados pelo Tesouro Direto. No entanto, o ideal, até mesmo pensando em rentabilidade, é que não sejam resgatados antes do prazo definido.

Quais os formatos de rendimentos da renda fixa?

Para falar sobre carrego de renda fixa, é importante que você tenha claro as formas pelas quais esse tipo de investimento faz a remuneração de capital. São dois modelos principais: prefixado e pós-fixado.

Vamos entender cada um deles agora.

Rendimento prefixado

No caso do rendimento prefixado, o ativo tem a sua taxa de rentabilidade futura definida na data de aplicação. Suponha, por exemplo, que você faça um investimento com taxa prefixada em 5,5% ao ano com prazo de 12 meses.

Isso significa que, na data de vencimento, você receberá o seu dinheiro de volta com juros de 5,5% sobre o capital, independente do que venha a acontecer em termos econômicos ou políticos no país.

Rendimento pós-fixado

Já no caso de títulos de renda fixa pós-fixados, o rendimento é atrelado a algum indexador, principalmente utilizando CDI, IPCA ou Selic, três indicadores bem populares no Brasil.

Assim, dependendo do comportamento do índice selecionado, o seu dinheiro pode rendar mais ou menos do que seria o uso da taxa de juros do dia em questão.

Vale observar que essa variação é apenas pelo comportamento do indexador, mas já é determinada que irá remunerar o quanto o indicador se valorizar ao longo do tempo.

Não se trata, portanto, da grande oscilação que o investidor encontra na renda variável. O ativo segue com o perfil da renda fixa: ganhos pequenos, mas positivos e fixados no desempenho de seu indexador.

E o que é o prêmio de carrego?

Ao pesquisar por carrego, você provavelmente irá encontrá-lo associado a um prêmio. O que acontece é que, como vimos, a remuneração dos títulos prefixados é definida com grande antecedência.

Assim, há uma expectativa sobre a taxa de juros real futura, mas não há certeza. E muita coisa pode mudar na economia.

Se a inflação cresce no período, por exemplo, o ganho pode ser prejudicado já que há perda no poder de compra do investidor, algo que afeta o seu ganho real.

Por isso, os ativos costumam compensar esse risco dos títulos prefixados com uma rentabilidade um pouco superior ao que está sendo praticado pela taxa de juros no momento do investimento. Essa rentabilidade adicional é chamada de prêmio de carrego.

Vale lembrar que títulos pós-fixados sofrem menos com esses efeitos econômicos — e, por essa razão, não exigem tal bonificação. Afinal, se o indexador é a Selic, por exemplo, o pagamento será da taxa básica de juros praticada no vencimento. Da mesma forma, ao usar do IPCA, o ativo irá acompanhar a inflação, garantindo que o investidor não perca seu poder de compra.

 
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