Capital Humano
O que é o capital humano?
Capital humano é o nome dado a um tipo específico de valor econômico, gerado através de um conjunto de atributos que favorecem a realização do trabalho das pessoas. Em outras palavras, o capital humano é a capacidade que os funcionários possuem de, com seu conhecimento e com sua experiência, gerar riquezas para a empresa onde trabalham.
Atualmente, o capital humano é considerado um dos componentes do que se conhece como fatores de produção - embora à época da estruturação desses fatores fosse tratado como mera força de trabalho, facilmente substituível e menos relevante do que os outros fatores.
Enquanto a terra engloba todos os recursos naturais utilizados no processo produtivo e o capital, os bens angariados e empregados (como o dinheiro e os produtos manufaturados), o capital humano está diretamente ligado à gestão de pessoas.
Assim como uma montadora considera o preço (em custo e em eficiência) na hora de compor os seus carros e uma fábrica de refrigerantes calcula a quantidade de água necessária para a produção de seus produtos, todas elas possuem mecanismos para maximizar o trabalho de seus funcionários.
Esses mecanismos podem ser eficientes ou ineficientes, considerando que não existe uma única estratégia para lidar com os trabalhadores. Diferentemente do parafuso, do qual falamos já no parágrafo anterior, que pode ser feito por anos a fio da mesma forma, o gerenciamento do capital humano se transforma continuamente.
Isso porque a sua gestão está amplamente ligada às ciências humanas, ao entendimento do ser humano em suas questões emocionais e aos estudos de tendências culturais e sociais, que mudam a cada geração.
Quer entender melhor como isso funciona? Por que cada negócio deve estabelecer táticas para gerenciar e maximizar o capital humano? Fique ligado: é exatamente sobre esses temas que trataremos já no próximo tópico.
Como as empresas gerenciam o capital humano? Como ele influencia nos resultados da organização?
Considerando o mundo moderno em que vivemos, onde novas tecnologias surgem a cada momento, se diferenciar apenas pelas máquinas e processos de fabricação ou prestação de serviços é um verdadeiro desperdício. Isso porque já se entendeu que, em muitos casos, o que há de diferenciar quão valiosa uma companhia é para os seus clientes é a capacidade de seus funcionários de gerar valor para eles.
Ter ideias inovadoras, entender como os consumidores se sentem, maximizar a aplicação dos recursos materiais e imateriais do negócio… São apenas algumas das habilidades que os componentes do capital humano de uma companhia podem desenvolver. Não raro, ao vislumbrar o futuro das empresas, se prediz que a tecnologia ocupará cada vez mais lugar e os seres humanos devem ser aplicados apenas de forma estratégica.
Mas as teorias ligadas ao capital humano não são nenhuma novidade. Já em 1950, o economista Theodore W. Schultz criou o termo e desenvolveu uma série de estudos com foco em evidenciar a existência e a importância do capital humano em todas as organizações.
Aliás, é dele a definição do termo que dita que o "capital humano é a capacidade de conhecimentos, competências e atributos da personalidade de uma pessoa ao desempenhar um trabalho de modo a produzir valor econômico”.
Schultz, que inclusive foi laureado com o Nobel de Economia em 1979, foi um dos principais responsáveis por apontar que o desenvolvimento de programas e políticas focadas nos empregados era realmente capaz de aumentar a produtividade deles e, consequentemente, os ganhos da empresa.
Mas uma diferenciação importante de se fazer é entre o capital humano e o capital intelectual. Enquanto o capital humano se restringe ao trabalhador, o capital intelectual se estende ainda ao chamado capital estrutural (como patentes e registros).
