Ben Bernanke
Quem é Ben Bernanke
Ben Bernanke é um economista norte-americano. Ele cumpriu dois mandatos como Presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, entre 2006 e 2014.
Antes disso, ele também foi professor da Princeton University, ocupando a posição de chefe do Departamento de Economia entre 1996 e 2002.
Vida pessoal
Ben Bernanke nasceu na Georgia, nos EUA, em 1953. Seu pai era farmacêutico e fazia "bico" como gerente de teatro, e sua mãe era professora primária.
Quando jovem, Bernanke trabalhou na construção de um hospital e serviu mesas em um restaurante, antes de ir para a faculdade. Enquanto estava na graduação, ele se sustentava com trabalhos de verão.
Bernanke estudou em Harvard University, onde obteve o diploma de graduação e o Mestrado em Economia. Mais tarde, obteve um Ph.D. em Economia pelo MIT, onde defendeu sua tese "Long-term commitments, dynamic optimization, and the business cycle" ("Compromissos de longo prazo, otimização dinâmica e o ciclo de negócios").
O orientador de Bernanke foi Stanley Fischer, que viria a se tornar Presidente do Bank of Israel, Banco Central do Estado de Israel.
Trabalho como Presidente do Federal Reserve
Em 1º de Fevereiro de 2006, Ben Bernanke iniciou um período de 14 anos como membro do Conselho de Diretores do Federal Reserve e quatro anos como Presidente. Ele foi nomeado pelo então-Presidente dos EUA, George W. Bush.
Nos primeiros meses de seu mandato, Bernanke enfrentou dificuldades na comunicação com a mídia. Ele advogava a favor de uma política de transparência, mas teve que evitar declarações mais abertas sobre as metas de inflação, que era um de seus objetivos, porque essas declarações afetavam o mercado de ações.
Bernanke esteve na posição de Presidente do Banco Central dos EUA durante a grande Crise do Subprime, entre 2007 e 2008.
Para lidar com a situação, tomou medidas pouco ortodoxas, como reduzir as taxas de juros dos fundos do Fed para 0%, a fim de resolver o problema de liquidez. Quando isso não funcionou, iniciou uma política monetária de compra de ativos em larga escala, gerando US$ 1,3 trilhões em menos de dois anos, que foram usados para comprar ativos financeiros dos bancos e evitar falências.
Apesar de Barack Obama ter afirmado, em 2009, que o background e o perfil de Bernanke ajudaram a evitar que a Crise de 2008 se transformasse em uma nova Grande Depressão, ele foi muito criticado por ter falhado em prever a crise financeira, pela política de Bailout e pela injeção adicional de US$ 600 bilhões no sistema bancário.
Em Agosto de 2009, o então-Presidente dos EUA, Barack Obama, declarou que iria nomear Ben Bernanke para um segundo mandato como Presidente do Fed. Nas audiências do Comitê Bancário do Senado, em Dezembro daquele ano, vários senadores – tanto democratas quanto republicanos – declararam que não iriam apoiar a nomeação.
Mesmo assim, em Janeiro de 2010, Bernanke foi confirmado para o cargo, com uma votação de 70 a 30 (a margem de vitória mais apertada da História, até então).
Atividades acadêmicas
Além de seu trabalho como parte do corpo discente de Princeton, Ben Bernanke desenvolveu várias outras atividades acadêmicas. Por exemplo, ele deu várias palestras na London School of Economics, abordando teoria e política monetária.
Bernanke escreveu dois livros-texto; um deles é um livro de nível intermediário em Macroeconomia, em coautoria com Andrew Abel, e o outro é um livro introdutório de Micro e Macroeconomia, em coautoria com Robert H. Frank.
Além disso, publicou vários artigos sobre a Grande Depressão. Segundo a organização IDEAS/RePEc, Bernanke é um dos 50 economistas com mais publicações no mundo. Ele também ocupou o cargo de editor da publicação American Economic Review.
Outra atividade importante foi como Diretor do Programa de Economia Monetária do National Bureau of Economic Research, uma organização sem fins lucrativos voltada à disseminação de pesquisas em Economia.