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Aluguel de ações

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:04/09/2019 às 14:13 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é aluguel de ações?

O aluguel de ações é, assim como o nome sugere, a prática de "emprestar" ativos financeiros a um terceiro interessado. O processo é semelhante a outros tipos de aluguel existentes, mas aplicado diretamente ao mercado financeiro.

Imagine o aluguel de um imóvel, por exemplo. O proprietário de um apartamento pode "emprestar" o espaço físico para uma outra pessoa que, em troca, durante o período de uso dele, pagará um valor acordado. No caso das ações, esse empréstimo tem prazo definido e a remuneração é uma taxa de juros.

Vale destacar que o aluguel de ações acontece dentro da própria Bolsa de Valores. Ou seja, trata-se de uma forma bem segura de negociar ativos e garantir uma renda extra.

Como funciona o aluguel de ações?

 

Como em todo tipo de aluguel, existem ao menos duas partes envolvidas no processo. Uma delas é o doador que, neste cenário financeiro, será o proprietário das ações. Do outro lado estará o tomador desse empréstimo, ou seja, algum investidor interessado nos papéis em questão.

Normalmente, o proprietário das ações busca essa operação em momentos em que espera o ativo valorizar com o passar do tempo e, portanto, queira segurar a ação. Nesse prazo, ao invés de simplesmente ficar com ela, o empréstimo permite que ele a rentabilize.

E o tomador? Por qual motivo tomar ações? Geralmente, são para finalidades de curto prazo, como uma operação de venda a descoberto. Com o aluguel de ações, ele consegue usá-las nas operações e tentar obter lucro que compense os juros pagos no empréstimo obtido.

Para esse aluguel, o tomador precisa oferecer garantias ao doador, além de uma taxa de remuneração que citamos anteriormente.

Quais as vantagens de trabalhar com o aluguel de ações?

Como acabamos mencionando no tópico anterior, cada parte envolvida no processo de aluguel de ações tem objetivos diferentes. Por isso, ao analisar as vantagens dessa operação é preciso separar cada um deles.

As vantagens para o doador das ações

Para o proprietários das ações, a grande vantagem é a rentabilidade que será obtida com o processo. Conforme já abordamos, essa é uma prática comum em objetivos de longo prazo. Neste caso, quando não há o aluguel dos ativos, é como se o proprietário estivesse perdendo dinheiro já que ele não pretende negociá-las no curto prazo.

Além disso, essa é uma operação acompanhada e realizada dentro do Bolsa de Valores. Com essa intermediação, a prática já é segura. E fica ainda mais na medida em que o tomador do empréstimo precisa oferecer garantias.

Por fim, vale lembrar que um empréstimo de imóvel não altera o dono da propriedade. Acontece exatamente o mesmo no aluguel de ações. Isso significa que os direitos sobre os ativos, como o pagamento de dividendos, seguem valendo normalmente.

As vantagens para o tomador das ações

Já para o tomador, o principal benefício do processo é permitir algumas operações de curto prazo visando o lucro. Desta forma, o tomador não precisa realizar a compra dos ativos para seguir negociando na Bolsa de Valores, aproveitando momentos de queda do mercado.

Para simplificar a compreensão do ganho do tomador, imagine o seguinte cenário. Um investidor supõe que as ações de uma empresa X que hoje estão sendo negociadas a R$ 10,00, deverão cair no curto prazo para R$ 5,00. Dessa forma, ele observa uma oportunidade de ganho com a venda à descoberto.

Para realizar essa operação, o investidor solicita o aluguel dessas ações de um terceiro a uma taxa de juros de, por exemplo R$ 1,00. Dessa forma, o investidor realiza a venda das ações da empresa X hoje há R$ 10,00, colocando esse dinheiro no bolso.

No futuro, quando as ações atingirem o valor de R$ 5,00, então esse investidor recomprará as ações e às devolverá para o dono original, pagando R$ 1,00 pelo aluguel delas. No final, o ganho desse investidor foi de R$ 4,00 (Comprou por R$ 5,00, Vendeu por R$ 10,00 e pagou R$ 1,00 de aluguel).

Ou seja, essa prática permite um novo horizonte para trabalhar no mercado financeiro mesmo sem que o tomador possua ações em carteira. No entanto, essa é uma operação mais utilizada por investidores experientes, pois envolve risco de perder dinheiro.

Existem riscos no aluguel de ações?

Para o doador das ações, não há qualquer risco. A operação é fiscalizada pela Bolsa de Valores e, além disso, a garantia do tomador torna tudo ainda mais tranquilo a quem empresta.

O maior problema para o proprietário dos ativos é definir o preço a ser cobrado pela locação. Se ele for muito alto, naturalmente afastará interessados. É, portanto, altamente vantajoso alugar ações.

Já para o tomador, os riscos existem. Isso porque, como vimos, a prática é usada para viabilizar outras negociações. Quando elas não forem lucrativas conforme o esperado, os juros acordados para o aluguel podem ser maiores e, assim, gerar prejuízo ao investidor.

 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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