Adam Smith
Quem foi Adam Smith?
Adam Smith foi um dos filósofos e economistas mais importantes do século XVIII, sendo considerado ainda como o pai da Economia moderna.
Reconhecidamente, foi o primeiro filósofo moral a reconhecer que as ações de mercado mereciam um estudo mais específico e cuidadoso, estipulando uma disciplina singular de ciências sociais na sua grade de estudos pessoais.
Suas palestras eram muito populares e influentes, e por essa razão muitos mercadores acabavam se convertendo à nova visão econômica combatente ao mercantilismo: o Liberalismo.
Smith achava completamente inadequado o sistema de intervenção do Estado e quaisquer leis que freassem a produção dos homens. Sustentava a ideia de que cada pessoa deveria buscar livremente seus interesses, desde que não infringisse os direitos de outro indivíduo.
A metáfora da “mão invisível” se tornou o lema do liberalismo econômico. Com este conceito, Smith explicava seu ponto de vista em relação às leis de mercado e possíveis ajustes entre oferta e procura:
"O indivíduo, ao preferir dar apoio à indústria de seu país, mais do que à estrangeira, se propõe unicamente buscar sua própria segurança (...) em este como em muitos outros casos, uma mão invisível o leva a fomentar uma atividade que não entrava nos seus propósitos".
Além disso, Adam Smith defendia que todo sistema de produção deveria ser realizado por etapas, a fim de que cada operário tivesse a oportunidade de se aperfeiçoar no cargo exercido. Ao transpor essa ideia para diferentes nações, Smith afirmava que a divisão de etapas criaria uma mão-de-obra qualificada e um conhecimento técnico difícil de ser superado.
Como foi a vida de Adam Smith?
Adam Smith nasceu na cidade escocesa de Kirkcaldy, em 1723. Embora fosse uma região pequena e de população majoritariamente presbiteriana, Smith foi batizado pela doutrina da igreja anglicana. Era filho de Adam Smith (sim, eles tinham o mesmo nome!) e Margaret Douglas – respectivamente, um promotor de justiça militar e uma fazendeira.
Como 14 anos de idade, no ano de 1737, Smith ingressou no curso de filosofia da Universidade de Glasgow, graduando-se três anos depois. Ali, pôde aprender sobre liberalismo clássico, direito natural e economia política.
No mesmo período, ganhou uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford, que tinha como objetivo principal a formação de novos clérigos. Mas Smith não recebeu sua ordenação, pois, apesar de seu batismo anglicano, ainda assim era naturalmente presbiteriano.
Ao retornar da Inglaterra em 1746, estabeleceu-se na capital da Escócia, em Edimburgo. Quatro anos depois, Smith tornou-se professor na Universidade de Glasgow. Ministrou aulas de “teoria da lógica” e “filosofia moral”, e no ano de 1758, foi eleito como reitor da Universidade.
Ademais, Adam Smith era contribuinte de grandes associações educacionais. Foi o fundador da Sociedade Literária de Glasgow e também o principal membro da Sociedade Filosófica de Edimburgo. Além disso, era ativo em outros clubes da cidade como o Oyster Club, Poker Club, Clube de Economia Política e Simson's Club.
Em 1764, cinco anos após a publicação de sua obra “A Teoria dos Sentimentos Morais”, Smith foi convidado a ser tutor do Duque de Buccleuch, com quem viajou para França e exerceu tal função por três anos. Possuía um salário que era praticamente o dobro do que ganhava como professor.
Em 1776 publicou outra obra, chamada de ”A Riqueza das Nações”, considerada por muitos o seu livro mais emblemático. Cerca de um ano e meio depois, foi convidado pelo Duque a ser comissário da Alfândega Escocesa. Smith atuou neste cargo até o ano de sua morte, em 1790,
Até onde se sabe, Adam Smith nunca se casou e também não teve filhos. Suas teorias econômicas servem como parâmetro de referência para muitos filósofos e economistas do mundo inteiro, ainda nos dias atuais.