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Renda Variável

Santander (SANB3): por que BTG e Itaú BBA indicam venda?

Resultados do 1tri23, com queda de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior, fraco "poder de ganho" e avaliação elevada são alguns dos motivos para as corretoras

Data de publicação:16/05/2023 às 10:44 -
Atualizado um ano atrás
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As ações do Santander Brasil (SANB11) subiram 8,18% em 2023, com papéis cotados a R$ 30,03 nesta quinta, 11. Contudo, para analistas do BTG Pactual e o Itaú BBA, é hora de se desfazer do papel. Para XP, a recomendação segue conservadora e a indicação é neutra. 

O resultado fraco no último trimestre, ante lucro recorde de Itaú (ITUB4) e boas expectativas para Banco do Brasil (BBAS3), é apenas um dos aspectos que preocupam analistas. 

Itaú agência
Itaú bateu recorde de lucros entre bancos no 1T23, com R$ 8,4 bi

Em relatórios sobre a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2023, Itaú BBA e BTG reforçaram suas recomendações de venda. O Santander reportou crescimento de lucro de 22% em relação ao trimestre anterior, mas queda de 46,6% no ano (em comparação com o 1tri22). 

Para o Itaú BBA, os resultados fracos apresentados estavam dentro do esperado. Os dados superaram as expectativas dos analistas, com lucro líquido de R$ 2,1 bilhões e retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 10,6%. As estimativas do banco eram de R$ 1,9 bilhão e 9,4% respectivamente. 

"A pequena superação veio de uma alíquota de IR positiva, já que a
margem financeira (veja glossário) melhor do que o esperado e menores provisões foram ofuscados por uma receita
de serviços mais fraca e despesas gerais maiores", explica o relatório. 

Ainda assim, a recomendação seguia negativa para os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaeli e William Barranjard, do Time de Bancos do Itaú BBA. 

Para BTG, a visão negativa se justifica por “fraco poder de ganhos, com baixo crescimento de margem financeira líquida e das receitas de tarifa” combinados com avaliação elevada. 

Em relação ao primeiro trimestre de 2023, os analistas do BTG, Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, também entendem que “não foi tão ruim quanto se temia”. Entre os pontos citados, estão também a inadimplência abaixo do esperado, embora com deterioração mínima. 

“O Santander afirmou que os indicadores de novos empréstimos têm qualidade superior aos antigos, com índices de inadimplência de 90 dias de 2,8% para novos empréstimos e 3,6% para empréstimos antigos, e índices de 15 a 90 dias de 3,9% para novos empréstimos versus 5,2% para empréstimos antigos”, explica o relatório.  

Os analistas do BTG relatam, ainda, que em encontro com o CEO do Santander, Mario Leão, que confirmou que o banco enfrentou um ciclo de crédito em deterioração no ano passado. 

“Embora as coisas provavelmente teriam sido ainda piores se o banco não tivesse reduzido sua disposição ao risco, ainda acreditamos que 2023 será um ano difícil. Portanto, reiteramos nossa cautela e classificação de venda para SANB, ao mesmo tempo em que reforçamos nossa preferência por ITUB e BBAS no universo bancário brasileiro”, afirma o BTG. 

No relatório da XP, o lucro líquido figura como 4% abaixo da estimativa da corretora, apesar de 22% acima do trimestre anterior. A corretora reforça sua posição neutra em relação ao papel e não estimava que haveria reação relevante no mercado com a divulgação do resultado, o que, de fato, não ocorreu. 

“O resultado pior do que o esperado se deveu em grande parte ao aumento das provisões. O número foi afetado negativamente pela piora da dinâmica de inadimplência de indivíduos", afirma Bernardo Guttmann, analista do setor financeiro do Research da XP, no relatório. 

Em relação ao preço-alvo da ação para 2023, não há consenso entre as casas. BTG Pactual apresenta o pior target, estimando em R$ 26,00, seguido de Itaú BBA, que entende que o papel pode cair até R$ 27,00. A estimativa para XP é que haja alta, em relação aos R$ 30,08 negociados 11 de maio, para R$ 34,00. 

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Sobre o autor
Camille Bocanegra
Repórter da Mais Retorno

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