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Empresa

Credit Suisse: após queda de mais de 20% nas ações, negociações são suspensas

Investidor saudita descarta mais assistência por questão regulatória e ações do banco despencam nesta quarta-feira

Data de publicação:15/03/2023 às 14:59 -
Atualizado 2 anos atrás
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Ações do banco Credit Suisse (CS) caíram mais de 20% e negociações foram suspensas nesta quarta-feira, 15. De acordo com a Bloomberg, o presidente do Saudi National Bank, um dos principais acionistas do CS, Ammar Al Khudairy, disse que não seria possível investir mais no banco. 

Sobre a possibilidade de realizar mais aportes no Credit Suisse, o executivo declarou: “A resposta é absolutamente não, por muitas razões para além da simples razão que é regulatória e de estatuto”. O banco saudita detém 9,9% das ações do CS e, se investisse mais, ultrapassaria o limite regulatório de 10%. 

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O banco, que anunciou ontem “fraquezas materiais” em controles internos para elaboração de relatórios financeiros, descarta qualquer tipo de ajuda por parte de governo, segundo o Infomoney

Em participação em painel da CNBC em Riad, nesta manhã, o presidente, Axel Lehmann, disse que “não é esse o assunto”, quando questionado sobre receber ajuda governamental. 

“Somos regulamentados, temos fortes índices de capital, balanço muito forte. Estamos todos de mãos dadas. Portanto, esse não é o assunto", afirmou o executivo. 

Ações caem mais de 24%

Antes da abertura do mercado, com o anúncio do banco saudita, os papéis do Credit Suisse já registravam queda de 13%. Durante a manhã, a desvalorização se acentuou e chegou a cair 29% antes da suspensão das negociações. 

O efeito reverberou para outros grandes nomes do sistema financeiro e, na manhã de quarta, caíam também Goldman Sachs, Morgan Stanley e JP Morgan e assim permaneceram até o fechamento. 

As bolsas na Europa e Nova York recuavam também, com perdas acentuadas. O efeito foi sentido na Bolsa brasileira, que caia 2% nesta manhã e fechou com queda discreta de 0,25% na quarta. 

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Sobre o autor
Camille Bocanegra
Repórter da Mais Retorno