Credit Suisse: após queda de mais de 20% nas ações, negociações são suspensas
Investidor saudita descarta mais assistência por questão regulatória e ações do banco despencam nesta quarta-feira
Ações do banco Credit Suisse (CS) caíram mais de 20% e negociações foram suspensas nesta quarta-feira, 15. De acordo com a Bloomberg, o presidente do Saudi National Bank, um dos principais acionistas do CS, Ammar Al Khudairy, disse que não seria possível investir mais no banco.
Sobre a possibilidade de realizar mais aportes no Credit Suisse, o executivo declarou: “A resposta é absolutamente não, por muitas razões para além da simples razão que é regulatória e de estatuto”. O banco saudita detém 9,9% das ações do CS e, se investisse mais, ultrapassaria o limite regulatório de 10%.
O banco, que anunciou ontem “fraquezas materiais” em controles internos para elaboração de relatórios financeiros, descarta qualquer tipo de ajuda por parte de governo, segundo o Infomoney.
Em participação em painel da CNBC em Riad, nesta manhã, o presidente, Axel Lehmann, disse que “não é esse o assunto”, quando questionado sobre receber ajuda governamental.
“Somos regulamentados, temos fortes índices de capital, balanço muito forte. Estamos todos de mãos dadas. Portanto, esse não é o assunto", afirmou o executivo.
Ações caem mais de 24%
Antes da abertura do mercado, com o anúncio do banco saudita, os papéis do Credit Suisse já registravam queda de 13%. Durante a manhã, a desvalorização se acentuou e chegou a cair 29% antes da suspensão das negociações.
O efeito reverberou para outros grandes nomes do sistema financeiro e, na manhã de quarta, caíam também Goldman Sachs, Morgan Stanley e JP Morgan e assim permaneceram até o fechamento.
As bolsas na Europa e Nova York recuavam também, com perdas acentuadas. O efeito foi sentido na Bolsa brasileira, que caia 2% nesta manhã e fechou com queda discreta de 0,25% na quarta.
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