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Restoque soma prejuízo de R$ 661 mi no 4º tri e dívida líquida vai a R$ 1,5 bi

A maior parte da dívida vem de uma emissão de debêntures na ordem de R$ 1,43 bilhão, que vence em 2025, cujo pagamento já foi adiado por duas vezes

Data de publicação:01/04/2022 às 08:53 - Atualizado 2 anos atrás
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A Restoque, detentora das marcas de roupas Dudalina, Le Lis Blanc, Rosa Chá, John John e Bo.Bô, encerrou o quarto trimestre de 2021 com prejuízo de R$ 661 milhões ante R$ 347 milhões no mesmo período de 2020. Já o resultado ajustado foi de R$ 43,2 milhões.

Embora a empresa tenha apresentado lucro bruto ajustado de R$ 172,9 milhões - crescimento de 41,9% - a linha de despesas operacionais ajustadas, de R$ 172,9 milhões, puxou as últimas linhas do balanço para baixo.

A empresa Restoque, que tem a marca Dudalina em seu portfólio, registrou prejuízo de R$ 661 mi no quatro trimestre de 2021 - Foto: Reprodução

O lucro bruto mencionado exclui o impacto de R$ 29,1 milhões ligado principalmente a provisões de estoques, quantias que a empresa separa para lidar com eventuais perdas. Nesse critério ajustado, a companhia conseguiu uma margem bruta, indicador que mede a rentabilidade da companhia, de 60,2%. No critério não ajustado, ela foi de 42,2%.

A empresa explica que houve um incremento nas despesas com pessoal em decorrência da recomposição do quadro de colaboradores, "visando a expansão de áreas core na companhia". O faturamento bruto da companhia totalizou R$ 360 milhões no trimestre, alta de 40,3%.

Dívida líquida

A Restoque encerrou 2021 com dívida líquida de R$ 1,565 bilhão, a maior parte vindo de uma emissão de debêntures de R$ 1,43 bilhão, que vence em 2025. A empresa, que já adiou duas vezes o pagamento de juros desses papéis, pretende amortizar R$ 90 milhões em 2023, R$ 246 milhões em 2024 e R$ 1,097 bilhão em 2025, de acordo com cronograma divulgado no balanço.

Segundo a mensagem da administração, a Restoque está no caminho de uma "potencial solução definitiva para a estrutura de capital da companhia".

No último dia 25, a WNT Gestora de Recursos propôs converter R$ 1,5 bilhão de passivos em ações da companhia, o que precisa de aprovação dos demais detentores dos papéis e da empresa.

A WNT detém 58% das debêntures. "A administração da companhia está empenhada e vem trabalhando fortemente para construir e viabilizar uma estrutura que seja do interesse da companhia e de seus stakeholders." / com Agência Estado

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