Quanto rende 10 mil na Poupança? Vale a pena investir?
Para a maioria dos brasileiros, reunir um montante expressivo como 10 mil reais não é uma tarefa fácil. Por isso, é preciso se planejar financeiramente e…
Para a maioria dos brasileiros, reunir um montante expressivo como 10 mil reais não é uma tarefa fácil. Por isso, é preciso se planejar financeiramente e economizar por bastante tempo até conseguir este capital para investir. Mas, neste momento, dúvidas podem surgir, sobretudo em relação aos melhores ativos e rendimentos com aportes de dez mil reais.
Na verdade, existem diversas opções e falaremos sobre cada uma delas adiante. Entretanto, agora você precisa entender a importância de fazer aplicações para que seu dinheiro não fique “parado”. Afinal, além de não trazer nenhum rendimento, deixar de aplicá-lo corretamente pode fazer com que você tenha perdas significativas.
Nos últimos anos, os índices de inflação estão cada vez maiores. Assim, sempre que a inflação sobe, todos os preços de tudo que consumimos também acompanha esse crescimento, como alimentação, transporte, moradia e muitos outros serviços essenciais básicos.
Pensando em ajudá-lo a entender melhor sobre este assunto, explicaremos no artigo de hoje os seguintes tópicos:
- O que é Caderneta de Poupança?
- Como funciona a Poupança?
- Quanto rende 10 mil na Poupança?
- Por que não vale a pena investir na Poupança?
- Onde investir 10 mil?
O que é Caderneta de Poupança?
Popularmente conhecida como poupança, esse tipo de investimento trata-se de uma conta bancária direcionada para indivíduos que desejam “guardar” quantias em dinheiro em uma conta convencional, porém, realizando o mínimo de saques possíveis.
A origem do nome se deu em razão do comportamento dos usuários no início da criação dessa modalidade. Isso porque as pessoas faziam anotações em pequenos cadernos na tentativa de controlar o saldo da conta, bem como os rendimentos pagos por ela através das taxas de juros.
Nesse sentido, a poupança funciona como um investimento em renda fixa. Prática e fácil de usar, é muito popular entre os brasileiros, apesar de apresentar uma liquidez baixa. Esse tipo de conta de investimento é tão comum que, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central em 2019, 158 milhões de usuários fazem movimentações financeiras na modalidade.
Como funciona a Poupança?
Essa modalidade é mais indicada para aqueles que estão dando seus primeiros passos no mundo dos investimentos e, por isso, sentem-se inseguros em aplicações mais ousadas. No entanto, para utilizar a conta poupança é bem simples: basta abrir uma conta na modalidade utilizando o seu CPF e um comprovante de residência.
Vale lembrar que os interessados não precisam comprovar renda ou pagar taxas de abertura de conta poupança em nenhuma instituição financeira, afinal, esse tipo de serviço é gratuito para todos os bancos.
Portanto, após abrir a sua conta, basta efetuar os depósitos de acordo com sua disponibilidade e interesse. O rendimento será calculado levando em consideração as taxas praticadas no mínimo 30 dias após a entrada do valor depositado.
Nesse contexto, para que os rendimentos coincidam, você pode realizar aportes sempre na mesma data.
Quanto rende 10 mil na Poupança?
Por se tratar de uma aplicação que está diretamente atrelada à taxa básica de juros (Selic), o rendimento da poupança tende a variar conforme os indicadores econômicos do país. Com a queda acentuada nesse índice, os rendimentos são muito baixos, o que também tem contribuído para o aumento de pessoas interessadas em outras formas de investimento, como as rendas variáveis.
Na nova poupança, a taxa Selic é de 2% em janeiro de 2021. Sendo assim, uma eventual aplicação nessa modalidade teria um rendimento de aproximadamente 0,12% ao mês, ou seja, de apenas 1,4% por ano — um valor menor que a atual inflação. Na prática, ao investir 10 mil reais e, considerando um prazo de 12 meses, você teria ao final deste período uma liquidez de 140 reais.
É preciso lembrar que, de acordo com a nova regra que está em vigor desde 2012, sempre que a taxa Selic se mantém abaixo de 8,5%, a correção da poupança passa a limitar-se em um percentual anual correspondente a 70% dos juros básicos somados à Taxa Referencial. Contudo, os depósitos que foram realizados antes dessa regra, mantêm-se um rendimento de 6,17% ao ano.
Por que não vale a pena investir na Poupança?
Como já explicamos, a taxa Selic compromete diretamente a rentabilidade dos investimentos na poupança. Por outro lado, outras aplicações em renda fixa, como títulos públicos e privados, por exemplo, também sofrem com a variação dessa taxa. Portanto, os rendimentos acompanham esse desempenho e têm performances menos atrativas.
De modo geral, existem inúmeras desvantagens de aplicar o seu dinheiro nessa modalidade. A começar pela pequena taxa básica de juros (que atingiu um patamar histórico). Além disso, trata-se de uma modalidade cujo investimento é bastante inferior aos demais.
Outro detalhe importante é que a rentabilidade da poupança tem um prazo determinado, chamado de “data de aniversário” da conta. Isso significa que, caso decida resgatar o valor antes do período, não terá nenhum rendimento.
Portanto, diante de um contexto histórico extremamente desfavorável e com as demais desvantagens da poupança, é muito importante considerar outras alternativas de investimento.
Onde investir 10 mil?
Agora que você descobriu que não é vantajoso deixar o seu investimento na poupança, deve estar se perguntando quais as melhores alternativas. Em via de regra, existem investimentos que oferecem rentabilidades mais atrativas, tanto no mercado de renda fixa quanto de renda variável.
Portanto, de acordo com o seu perfil de investidor, ou seja, da sua abertura para correr riscos, é possível obter excelentes retornos. Confira, a seguir, algumas opções que podem lhe ser muito úteis para substituir a poupança.
CDB
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma aplicação de títulos públicos que conta com uma vasta gama de ativos. Recomendado tanto para investidores iniciantes quanto para pessoas mais experientes, o CDB é uma das principais alternativas à poupança, já que se trata de uma aplicação simples e com melhor rentabilidade.
Por meio dos títulos financeiros em CDB, é possível montar uma carteira bastante diversificada, com resgates de curto, médio e longo prazo. Outra vantagem é que eles também podem ter liquidez diária, rendendo, por exemplo, próximo a 100% do CDI.
Por outro lado, para quem não tem pressa em retirar o seu investimento, é mais recomendado apostar naqueles títulos com rendimento superior a 120% do CDI. Mais uma vantagem dessa modalidade é a proteção contra dificuldades financeiras dos emissores.
Isso porque os CDBs fazem parte do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Portanto, cada indivíduo pode ter de volta seus aportes de até 250 mil reais em cada instituição financeira.
Tesouro Direto
Muito semelhante ao CDB, o Tesouro Direto trata-se de investimentos em dívidas ativas da União. Portanto, é uma modalidade em que o emissor dos títulos é o próprio Governo Federal. Nesse contexto, essa modalidade oferece bastante segurança para os investidores, além de ser bastante acessível, afinal, a partir de pequenos valores já é possível adicionar esse tipo de ativo na sua carteira de investimentos.
O tesouro direto, por sua vez, pode ser dividido em classes diferentes. Sendo assim, sua rentabilidade está associada à modalidade escolhida. No geral, eles podem ser de curto prazo, rendendo a taxa Selic (Tesouro Selic), de médio ou longo prazo, rendendo conforme a variação da inflação + indexador (Tesouro IPCA) e, por fim, pode ser o Tesouro Prefixado, que corresponde a rentabilidade conforme apenas uma taxa única prefixada.
Letras de Crédito (LCI e LCA)
As Letras de Crédito Imobiliário ou do Agronegócio se trata de capitalizações para o setor destes mercados em específico. Com o dinheiro dos investidores — e o incentivo do governo, que libera a cobrança de taxas e impostos — financiar as atividades dos segmentos.
Por outro lado, tanto o LCI quanto o LCA não garantem maior rentabilidade em comparação às demais possibilidades. O que existe é que, nesta categoria, você pode ter um retorno mais satisfatório que na poupança, por exemplo.
A vantagem é que esses títulos de renda fixa emitidos por bancos têm a taxa de rentabilidade e o prazo de vencimento definido no momento da compra. Portanto, você já fica sabendo qual será a previsão de retorno para o seu aporte.
Fundos multimercados
Em um cenário de queda dos juros das aplicações de renda fixa, como é o caso da poupança, os fundos multimercados são excelentes oportunidades de melhorar a rentabilidade das suas aplicações.
Isso acontece porque os investidores podem, de certo modo, diversificar suas estratégias, tornando mais seguro e rentável os seus aportes.
Em resumo, os fundos multimercados se caracterizam por uma política de aplicações que leva em consideração os ativos em renda fixa, câmbio, bolsa de valores, entre outros. Por isso, é uma opção para quem busca maior potencial de ganho e está aberto a sofrer com maior risco de perda também.
Pronto. Agora você já sabe como funciona a poupança e qual o seu rendimento — pouco atrativo — para aporte de 10 mil reais. Como vimos, existem alternativas interessantes e oportunidades tão seguras quanto à tradicional caderneta de poupança. Entretanto, recomenda-se cautela para fazer uma escolha mais adequada. Para tanto, basta analisar o seu perfil e objetivos para determinar qual melhor caminho vale a pena considerar.
Gostou das dicas que trouxemos neste artigo? Se pretende aprofundar ainda mais os seus conhecimentos sobre este assunto, descubra quais os principais impactos da inflação sobre a economia.