Primeiro ETF de REIT do Brasil estreia na Bolsa de Valores nesta sexta
O ETF é composto por REIT, empresas que investem no mercado imobiliário americanos e tem suas ações negociadas em bolsa
O primeiro ETF atrelado a um índice composto por REIT (Real Estate Investment Trust, uma espécie Fundo Imboliário originado nos Estados Unidos) do Brasil estreou na Bolsa de Valores, a B3, nesta sexta-feira, 29. O produto, negociado pelo código ALUG11, foi lançado pela gestora Investo e tem uma taxa de administração total de 0,60% ao ano.
Os REITs, diferentemente dos fundos imobiliários tradicionais, são empresas que investem no mercado imobiliário americano e suas ações são negociadas em bolsa.
Há diversos índices, que funcionam como uma cesta de ativos, que reúnem e acompanham REITs de diferentes empresas. O ETF da Investo é atrelado a um deles: o MSCI US IMI Real Estate 25/50 Index, que é composto por mais de 170 REITs, investindo em diferentes segmentos do mercado imobiliário. Para acompanhar esse índice, o fundo replica ETF VNQ (Vanguard Real Estate), que é listado na bolsa de Nova York.
A gestora do produto destaca que a carteira do ETF será atualizada a cada trimestre, acompanhando as transformações do mercado. Hoje, a composição do fundo conta com uma participação importante de prédios especializados e destinados ao varejo e à indústria, além dos residenciais.
O presidente da Investo, Cauê Mançanares, ressalta, entretanto, que a diversificação do portfólio é um ponto forte do produto, trazendo vantagens ao investidor, uma vez que o ETF busca acompanhar as tendências dos diferentes segmentos imobiliários.
Em entrevista ao portal Valor Investe, ele explica que "um exemplo disso é que há cerca de dez anos, os imóveis comerciais e residenciais tinham um peso muito maior no mercado imobiliário, mas este cenário é diferente neste momento. Atualmente, nos Estados Unidos, as empresas imobiliárias mais representativas são as que alugam torres de celulares ou data centers".
No Brasil, também é possível investir em REITs por meio de BDRs (os recibos de ações de outros países, emitidos por instituições financeiras) ou comprando o produto diretamente de uma corretora americana.