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Mercado Financeiro

Por que o Warren Buffett orienta você a NÃO investir tentando acertar a grande tacada?

“A linha que separa o investimento da especulação, que nunca é muito clara, fica ainda mais turva quando os participantes do mercado tiveram sucessos recentes. Nada…

Data de publicação:22/10/2020 às 09:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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“A linha que separa o investimento da especulação, que nunca é muito clara, fica ainda mais turva quando os participantes do mercado tiveram sucessos recentes. Nada é tão capaz de sedar a racionalidade quanto grandes doses de dinheiro fácil”.

Foi com essas palavras que o mega investidor Warren Buffett se dirigiu aos seus sócios através de sua carta anual carta de 2000.

No artigo anterior já mostramos como é difícil fazer Market Timing, e com isso, obter lucros fora da curva. É um caminho árduo. Requer preparo para analisar mercado e identificar oportunidades. Sangue frio para eventualmente manter em carteira uma operação que não flui bem, e ainda, é dispendiosa em termos de tempo por requerer muito acompanhamento. 

Além do desgaste mental e psicológico, procurar por grandes tacadas também aumenta consideravelmente as despesas operacionais e tributárias. E por último e não menos importante, quanto maior o giro, maiores as chances de erro.

Day Trade, Swing Trade, Buy and Hold. Três formas diferentes de operar no mercado. Cada uma com diferentes níveis de riscos embutidos.

No Day Trade, como há alavancagem, a operação deverá ser fechada impreterivelmente no mesmo pregão, em caso de uma condição de mercado desfavorável ou erro operacional, o prejuízo torna-se praticamente certo.

Já no Swing Trade é possível manter a posição por dias ou semanas, e com isso, aguardar o resultado esperado, ou ao menos aguardar uma situação de preço mais favorável para fechar o negócio de forma que o prejuízo seja amortizado.

Numa estratégia Buy and Hold, uma vez que não se almeja geração de lucro no curto prazo, o risco financeiro é totalmente dirimido e o risco de mercado deixa de ser totalmente preponderante no curto prazo.

Preço importa?

Antes de chegarmos ao preço, é necessário fazermos a distinção entre uma boa compra e um bom negócio. A boa compra observa preponderantemente o preço de negociação, sem se atentar muito ao estado real do objeto. É o mesmo que adquirir um carro usado com valor 30% abaixo do preço de tabela.

A procura por um bom negócio avalia de forma de intrínseca a relação custo-benefício. Nesse caso, o comprador não se importaria de pagar 100% do preço de tabela em um veículo em excelente estado, com todas as revisões em dia. Pois ele visa o uso de médio e longo prazo.

O mesmo raciocínio pode ser adotado ao negociar ativos financeiros. Faz sentido comprar ações de uma empresa com problemas financeiros, jurídicos ou de governança? A bomba pode estourar na mão do investidor. E nesse caso, a solução não é tão simples quanto levar um carro à oficina mecânica.

Alocar recursos em ações de uma empresa com sólidos fundamentos econômicos e de governança, que tem registro de lucros recorrentes é uma tranquilidade a mais. No mercado de capitais não há certeza para qualquer operação, mas existem empresas mais sólidas que outras no mesmo ambiente.

A compra de ativos financeiros tem princípios muito próximos dos utilizados na aquisição de bens de consumo ou de uso. Quem compra uma casa caindo aos pedaços para morar? Quem adquire um carro usado em mau estado para rodar todo dia? Pense nisso antes de fazer qualquer investimento.

É difícil escolher empresas?

Trata-se de uma tarefa complicada, fato. Pois há risco de mercado intrínseco para cada papel, risco sistêmico, cada setor traz imbróglios jurídicos de determinada natureza.

Será necessário citar novamente Warren Buffet, o oráculo de Omaha, para justificarmos os argumentos posteriores:  Buffet já teria informado a sua família para em sua ausência alocar 90% dos recursos no Índice S&P500 e 10% dos recursos em títulos da dívida pública americana.

S&P500 é a abreviação de Standard & Poor’s 500. É um índice composto por quinhentas ações listadas nas bolsas de valores americanas (NYSE e NASDAQ). Para comporem o índice, as empresas são qualificadas pelo seu tamanho de mercado, liquidez e representatividade em seu setor.

Por isso, investir em índices faz sentido por conta das situações abaixo:

  • Diversificação de carteira;
  • Diluição natural de risco;
  • Como os índices são mutáveis e atualizados, o investidor conta com a seleção de mercado.

É difícil investir em índices?

O que pode parecer árduo ou complicado é facilitado pelos Exchange Traded Funds (ETFs). Uma solução prática, simples e objetiva para acúmulo de capital e aumento de patrimônio.

O Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador do mercado de renda variável no Brasil conta atualmente com 77 ações dos mais variados setores.

O ETF BOVA11, por exemplo, segue rigorosamente a metodologia do índice. Nesse caso, se uma empresa ganhar ou perder espaço na constituição do Ibovespa, o ETF irá reposicionar a carteira imediatamente.

Um ETF que siga o Índice Bovespa é composto pelas ações mais negociadas e com o maior volume de captação no mercado brasileiro.

Na outra mão, é possível investir em um ETF que é formado pelas empresas de menor capitalização, como o SMAL11. O índice Small Caps é composto por 95 companhias.

Não seria incorreto dizer que se trata de empresas que figuram um “mercado emergente”, e que possuem alto potencial de valorização no médio e longo prazo. Uma vez que as participantes do Índice Bovespa trazem o estofo de companhias já totalmente consolidadas.

2 ativos e 172 empresas

Imagine os custos de corretagem e emolumentos para montar uma carteira com 172 empresas. Além disso, seria necessário obter as informações sobre a composição de cada índice e calcular a participação de cada ativo. Além de baratear custos, o ETF facilita muito a vida do investidor. Ao Adquirir BOVA11 e SMAL11, o investidor já teria de forma indireta 172 empresas em sua carteira.

Para quem já conhece ou investe na classe de ativo, uma reclamação constante é que o papel não distribui proventos na forma de dividendos, juros sobre capital próprio, etc.

A observação é logica e tem total sentido, além de factual. Porém há alguns fatos pouco conhecidos e comentados que acabam por tornar o ETF ainda mais eficiente:

Por seguir rigorosamente a composição do Índice, o gestor não tem condições de girar a carteira. Uma vez que o fundo possui a ação de fato e de direito em seus portfolios, fará jus a todo e qualquer provento distribuído pelas empresas. O que acontecerá com esse recurso?

O gestor irá realocar os valores respeitando a proporção do índice, e com isso, o reinvestimento de dividendos torna-se automático.

Lembra-se que o gestor não pode girar a carteira? Isso gera mais uma oportunidade: Diante disso, ele pode dispor dos papeis para alugar e assim obter mais uma fonte de remuneração para o patrimônio da carteira.

Tendo em vista essas condições, no médio e longo prazo o ETF tende a ter ligeira valorização maior que o índice por capturar receitas de aluguel de ações e reinvestir todos os proventos recebidos.

O contrário também é verdadeiro: Quando o índice desvaloriza, o ETF tende a perder menos, conforme é possível conferir nos gráficos abaixo:

BOVA11 supera o Ibovespa em momentos de alta:

BOVA11 cedeu menos que o índice de referência em momento de baixa:

Fonte: https://www.blackrock.com/br/products/251816/ishares-ibovespa-fundo-de-ndice-fund

BOVA11 é apenas um dos ETFs brasileiros que acompanham o Ibovespa. Falamos sobre todos eles nesse texto bem completo que vale a pena você conhecer, caso queira saber mais sobre eles.

Já pensou em investir no exterior?

Da mesma forma que as ETFs facilitam o acesso ao mercado local, também o fazem para a negociação de ativos no exterior.

Na B3 há ativos que replicam o índice S&P500. Além de ter risco diluído por ter participação em empresas negociadas no mercado norte-americano, o produto funciona como um hedge para a carteira.

A exposição às ações da NYSE e Nasdaq é dolarizada. Uma vez que o Índice Bovespa possui correlação inversa com o Dólar. O posicionamento em ETFs que replicam o SP500 já fazem uma proteção de carteira para o investidor.

Os ETFs mais famosos negociados na B3 que replicam o SP500 são IVVB11 e SPXI11. A principal diferente entre ambos é que são diferentes gestores, com taxas de administração distintas. Mas o objeto é o mesmo: Replicar o mercado americano de forma prática e eficiente.

Já escrevemos um texto bem completo sobre os ETFs de SP500 que você pode ler aqui, caso queira saber mais detalhes.

Bater o mercado é difícil. Que tal acompanhar?

Uma vez que o Market Timing é difícil mesmo para investidores institucionais e gestores profissionais (observe que boa parte dos fundos de investimentos em ações não superam o Ibovespa no médio e longo prazo), por que não acompanhar o mercado e assim ter menos preocupações?

Uma simples ponderação entre 3 ETFs (um que siga o Ibovespa, outro de Small Caps e outro que é correlacionado ao S&P500 agrega os seguintes valores a uma carteira:

  • Mais de 600 empresas com a alocação em 3 ativos;
  • Diversificação regional: Investimento local e no exterior;
  • Dolarização de parte dos ativos que funciona tanto como proteção de carteira e abre ângulo para ganhos com a desvalorização do Real;
  • E por último e não menos importante: em um portfólio tão extenso, tenha certeza de que uma ou várias grandes tacadas estão dentro dele, mas você não teve o trabalho e a preocupação de procurar.
Sobre o autor
Alexander Shukowsky
Formado em Comunicação Social e Gestão Financeira. 10 anos de mercado financeiro na linha de frente em Bancos e Corretoras.
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