Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem 26 mil na semana, a 360 mil
Resultado veio em linha com expectativas de analistas americanos
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA teve redução de 26 mil na semana encerrada em 10 de julho, chegando a 360 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira (15) pelo Departamento do Trabalho americano.
O resultado da semana passada veio exatamente em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal. O total da semana anterior foi revisado para cima, de 373 mil para 386 mil pedidos. Já o número de pedidos continuados apresentou queda de 126 mil na semana encerrada em 3 de julho, a 3,241 milhões. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.
O total de solicitação de auxílio-desemprego nos EUA têm mostrado dificuldade em cair mais, desde que atingiram nível inferior a 400 mil no final de maio, mesmo depois que pelo menos 20 Estados norte-americanos administrados por governadores republicanos se retiraram dos programas de auxílio-desemprego financiados pelo governo dos Estados Unidos.
E o término dos programas federais de ajuda ocorreu de forma antecipada depois que empresas reclamaram que os benefícios, incluindo um cheque semanal de US$ 300, estavam encorajando norte-americanos desempregados a ficar em casa. Ao mesmo tempo, a economia enfrenta uma escassez de trabalhadores, com um recorde de 9,2 milhões de vagas abertas no final de maio.
Pelas estatísticas, perto de 9,5 milhões de norte-americanos estão oficialmente desempregados. Cenário atribuído à falta de creches acessíveis, ao medo de contrair o vírus, bem como a mudanças de carreira e aposentadorias relacionadas à pandemia. Até agora, os dados mostram que a rescisão antecipada dos benefícios federais, que começou em 12 de junho e vai até 31 de julho, não provocou um aumento na procura por emprego.
Para o restante do país, os benefícios ampliados terminam em 6 de setembro. O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse aos parlamentares na quarta-feira esperar que "os ganhos de empregos sejam fortes nos próximos meses, à medida que as condições de saúde pública continuam melhorando e alguns dos outros fatores relacionados à pandemia que atualmente pesam diminuam".
Dificuldade para preencher as vagas
O último relatório do Livro Bege, do Fed, uma compilação de relatos de empresas por todo o país, mostrou que a demanda por mão de obra é generalizada, mas "mais forte para cargos de baixa qualificação", observando que "empresas em vários distritos esperam que a dificuldade em encontrar trabalhadores se estenda até o início do outono (do hemisfério norte)."
Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil, movimento considerado como consistente e com condições saudáveis do mercado de trabalho.
Parte da recente elevação nos pedidos foi atribuída ao chamado "fator sazonal", que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dado./com Agência Estado