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Economia

Para o Comef, do BC, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está resiliente

Segundo ata do último encontro do Comitê, os níveis de capitalização e liquidez se mantiveram superiores aos exigidos pelo BC

Data de publicação:08/09/2021 às 09:43 -
Atualizado 3 anos atrás
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O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central (BC) relatou nesta quarta-feira, 8, que os resultados dos testes de estresse realizados pela autoridade monetária mostram que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está resiliente.

Foto: Freepick
Segundo o Comef, o Sistema Financeiro Nacional não seria fortemente impactado se houver alterações nas alíquotas de impostos federais - Foto: Envato

De acordo com ata do último encontro do colegiado, que ocorreu no dia 31 de agosto, o sistema não apresentaria problema relevante caso os cenários considerados se concretizassem, inclusive levando-se em conta eventuais alterações nas alíquotas de impostos federais.

O documento destaca ainda que os níveis de capitalização e de liquidez do sistema financeiro mantiveram-se superiores aos requerimentos prudenciais exigidos pelo BC. De acordo com a ata, os índices de solvência dos bancos também aumentaram levemente no segundo trimestre de 2021.

"A rentabilidade se recupera, com destaque para a menor despesa com provisões para crédito. As instituições que acumularam ativos líquidos ao longo de 2020 para enfrentar a demanda por recursos durante a pandemia retornam gradativamente a liquidez a seus níveis anteriores", acrescentou o Comef.

Nesse sentido, o BC avalia que as provisões para potenciais perdas de crédito estão adequadas, com um patamar acima das perdas esperadas. Além disso, as repactuações de contratos ocorridas durante a pandemia de coronavírus continuam apresentando desempenho melhor do que o inicialmente previsto.

"De maneira geral, os ativos problemáticos seguem tendência de queda, embora para algumas carteiras, como o crédito imobiliário com recursos do FGTS e o financiamento de veículos, permaneçam em patamares elevados", ressaltou a ata.

O Comef concluiu ainda que o crescimento do crédito amplo é condizente com os atuais fundamentos econômicos, além de ser verificado em diversos segmentos. O documento destaca que as modalidade de crédito para famílias apresentam maior crescimento, estimuladas pelos juros baixos e associadas à retomada da economia.

"O crédito às micro e pequenas empresas continua sendo estimulado por programas governamentais, notadamente o Pronampe, e pela flexibilização do distanciamento social. As empresas de maior porte, por sua vez, se beneficiam do aquecimento do mercado de capitais", completou o BC.

Política macroprudencial

O Comef avaliou que a política macroprudencial atual segue adequada, sem necessidade de ajustes no curto prazo. Nesse sentido, não há mudança no cronograma de retorno da parcela do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPConservação) dos bancos - iniciado em abril com conclusão prevista para março de 2022.

"Essa política é compatível com o ritmo de crescimento do crédito e com a expectativa de continuidade desse movimento. Não obstante, o dinamismo de diversas modalidades de crédito segue sendo monitorado de perto pelo BC. As informações disponíveis indicam que os preços dos ativos continuam se comportando em linha com os fundamentos econômicos", destacou a ata do último encontro do Comef.

Em reunião realizada no dia 31 de agosto, o colegiado manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal (ACCPBrasil) em 0%. Como aumentos nesse porcentual só entram em vigor um ano após a deliberação do Comef, o ACCPBrasil seguirá em 0% nas próximas reuniões trimestrais.

"A decisão considerou as condições atuais, os preços dos ativos e as expectativas quanto ao comportamento do mercado de crédito", completou o documento.

O BC lembrou ainda na ata que mantém o monitoramento do crescimento do crédito e avaliou que a incerteza sobre a solvência de firmas e famílias se reduziu com a materialização recente de perdas "apenas modestas".

"O Comef segue recomendando que as instituições financeiras mantenham prudência na política de gestão de capital. É importante que, ao longo de 2021 e 2022, as instituições financeiras destinem os lucros de forma conservadora e alinhada às incertezas presentes no atual momento econômico", completou a autoridade monetária. / com Agência Estado

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