Pane nas redes sociais não atrapalhou a B3, mas provocou perdas ao Facebook
Ações da rede perderam 4,89%, e US$ 7 bilhões em valor de mercado
A instabilidade nas plataformas do Facebook, Instagran e Whatsapp nesta segunda-feira, que causou transtornos aos usuários que não abrem mão rotineiramente desse serviço, não chegou a gerar grandes problemas operacionais nem atrapalhou os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
“O sistema da B3 funcionou normalmente, o mercado financeiro de forma geral trabalhou sem problemas”, comenta Leonardo Aparecido, especialista em Renda Variável da Valor Investimentos. Empresas trabalham interligadas com a bolsa por meio de serviços internos, sem dependência de redes sociais, explica ele.
Além disso, vale destacar que todo o sistema da Microsoft, como twitter, outlook e skype, também operou dentro da normalidade, sem contratempos, assinala.
Das poucas que sofreram, a mais atingida pela pane no sistema de plataformas foram as empresas de médio porte que trabalham com marketing digital e e-commerce para a divulgação de produtos.
Perda maior ficou com o Facebook
O prejuízo mais forte, no entanto, foi o das ações do Facebook, que recuou 4,89% e perdeu cerca de US$ 7 bilhões de valor de mercado, aponta Leonardo.
As bolsas de Nova York sofreram mais, sobretudo a Nasdaq. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,94%, em 34.002,92 pontos, o S&P 500 recuou 1,30%, a 4.300,46 pontos, e o Nasdaq recuou 2,14%, para 14.255,48 pontos.
Além da alta dos juros nos papeis da dívida americana, os Treasuries, a queda da rede do Whatsapp, Facebook e Instagram colocou pressão extra sobre o setor de tecnologia em Nova York.
Entre ações dos setores de tecnologia e serviços de informação em Nova York, além do Facebook, Apple caiu 2,46%, Amazon cedeu 2,85% e Microsoft, 2,07%. Twitter teve baixa de 5,79% e Intel recuou 0,72%.
A alta nos juros dos Treasuries pode pressionar resultados futuros das gigantes do setor de tecnologia, por isso as ações do setor tendem a reagir negativamente a esse movimento no mercado de dívidas americano. /Com Agência Estado