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Onde investir em 2019
Economia

Onde investir em 2019: saiba como aplicar seu dinheiro

O próximo ano pode ser bem diferente do atual. Você está preparado? A confiança é algo que realmente move os mercados. Uma vez concluído o período…

Data de publicação:20/12/2018 às 10:43 -
Atualizado 4 anos atrás
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O próximo ano pode ser bem diferente do atual. Você está preparado?

A confiança é algo que realmente move os mercados. Uma vez concluído o período eleitoral, muitos agentes econômicos retomam agora os projetos que foram engavetados ou suspensos durante os primeiros três meses do ano.

Ao voltarmos no tempo, percebemos que esse foi o período de 2018 em que o país mais cresceu.

Havia uma enorme expectativa, depois de 2 anos de extrema dificuldade no cenário local.

Apesar dos planos de investimentos que não seguiram adiante, o que muita gente se esquece é dos brutais ajustes que foram feitos ao longo desse penoso processo. Empresas e pessoas físicas cortaram custos, venderam ativos, reorganizaram as suas principais atividades e reduziram o seu nível de endividamento.

Assim, podemos constatar que, como sobreviventes que somos, estamos prontos para a agenda que o novo governo quer implantar a partir de 2019. No momento, não está claro que tipo de interação haverá com o Congresso, mas estamos otimistas em relação ao encaminhamento do nosso assunto mais urgente, a reforma da Previdência.

Por isso, continue lendo para saber mais sobre:

  1. Virando a página
  2. Não estamos isolados
  3. Onde investir na Renda Fixa em 2019
  4. Onde investir no mercado de capitais em 2019
  5. Onde investir em renda variável em 2019
  6. O papel dos investimentos internacionais em 2019
  7. Investimentos Alternativos em 2019

Virando a página

Virando a página

Depois de termos passado bem perto do precipício, nunca estivemos em condições tão propícias para crescer de forma sustentável.

Nossa capacidade ociosa atual, ou seja; o que não utilizamos plenamente em termos de tudo o que temos condições de produzir, nos permite sair de níveis muito baixos de atividade econômica sem as ameaças que sempre nos rondaram.

A inflação, um efeito colateral tão comum da nossa falta de preparo toda vez que pegamos carona no crescimento global, vai se manter em níveis bastante comportados. Isso traz um enorme conforto para a equipe do Banco Central (BC) pilotar a taxa básica de juros da economia.

Não é segredo para ninguém que os bancos centrais dependem muito de sua credibilidade. Se todos os agentes econômicos desconfiam de sua habilidade no controle dos níveis de preços da economia, as taxas de juros precisam ser elevadas para patamares muito acima do que seria o razoável, prejudicando qualquer processo de desenvolvimento.

Infelizmente, é fato que o nível de desemprego é alto e que permanecerá assim por um bom tempo. Entretanto, com inflação baixa e baixos níveis de juros, mesmo que as empresas não reponham a grande massa de vagas perdidas, as pessoas continuarão contando com as atividades que criaram para si como forma de renda.

O crescimento exponencial das empresas de internet mostra algo que não era possível durante as outras crises que já vivenciamos: a autogestão das capacidades pessoais. Hoje, toda e qualquer pessoa pode tomar a iniciativa de se “plugar” em uma plataforma e desenvolver uma atividade remunerada.

Isso elimina um dos grandes gargalos citados em todas as recessões de longa duração: a recapacitação de pessoas que ficaram desempregadas. Quando um novo ciclo de investimento é direcionado prioritariamente para o que gera retorno financeiro, a economia se recupera de forma mais rápida.

Como resultado, tanto os agentes que já trabalhavam por conta própria como os novos empregados trazem dinamismo e reforçam o clima de otimismo e confiança.

Não estamos isolados

Não estamos isolados

Apesar de termos uma enorme quantidade de reservas internacionais, não estamos imunes às tendências globais que estão sendo revertidas ao longo dos últimos anos. Isso impacta diretamente no valor de nossa moeda.

Antes de entrar diretamente no assunto sobre investimentos, vale a pena tentar entender os riscos a que estamos sujeitos, mesmo que façamos tudo corretamente em termos de implementação das reformas.

Desde a grande crise internacional de 2008, os principais bancos centrais do mundo tomaram uma série de iniciativas, até então inéditas, para evitar o pior. Após terem reduzido as taxas de juros, iniciaram os programas conhecidos como “afrouxamento quantitativo”.

Isso se fez necessário visto que não havia a possibilidade de se reduzir as taxas básicas de juros de diversas economias para o campo negativo (taxas abaixo de zero). Como solução, grandes quantidades de dinheiro foram colocadas em circulação para a compra de títulos de renda fixa de longo prazo.

O intuito era reduzir também as taxas longas para que empresas e pessoas se sentissem estimulados a tomar empréstimos e consumir. Ao longo dos anos, várias dessas rodadas de liquidez aconteceram nos Estados Unidos, Europa, Inglaterra e Japão.

Isso causou uma divisão entre a economia real e o mercado financeiro.

Enquanto as baixas taxas de juros não surtiam efeito na geração de empregos e no nível de crescimento, elas inflacionaram o valor de todos os ativos do planeta conforme fundos de investimento e seguradoras buscavam alternativas para remunerar as grandes somas de recursos pelas quais são responsáveis.

A recuperação econômica entre os países foi desigual desde então mas, no presente momento, a economia real dos EUA apresenta taxas de desemprego em níveis nunca vistos e o banco central americano tem monitorado de perto a evolução dos índices de inflação.

Conforme aumenta a taxa de juros para manter a economia funcionando em condições satisfatórias, ele não só reduz o ritmo de crescimento global como também causa uma reavaliação nos preços dos mesmos ativos citados anteriormente.

A disputa pela liderança global, entre EUA e China, traz um agravante: a redução das correntes de comércio, conforme as empresas ajustam suas operações para evitar o impacto das novas tarifas em seus mercados.

Ciente do fato de que as oscilações de preços, também conhecidas como “volatilidade”, vão fazer parte da sua vida em 2019. Uma vez esclarecido o cenário econômico, vamos agora entender onde o seu dinheiro pode ser investido em 2019.

Onde investir na Renda Fixa em 2019

Onde investir em renda fixa em 2019

Na sua última reunião, o Banco Central manteve os juros em 6,50% ao ano. A expectativa é que esse número se consolide no ano que vem, pelos mesmos fatores já citados: a ociosidade da economia (que não eleva a inflação) e a reversão de tendências globais (que eleva as taxas de juros no mundo).

Infelizmente para o nosso lado “investidor”, não contamos mais com os 14.25% de juros ao ano que eram comuns até o segundo semestre de 2016.

Assim, o que precisa ser feito a partir de agora é tomar os mesmos passos dos fundos de investimento, responsáveis pela gestão de R$ 4,6 trilhões em recursos. Ao invés de se aumentar a posição em títulos públicos, o acréscimo será por meio da compra de títulos privados.

Eles são emitidos pelas mesmas empresas que começam a desengavetar os seus projetos de investimentos, conforme mencionado no início deste artigo. O que as estimula a buscar investidores é exatamente o fato de a taxa básica estar em níveis muito baixos. Quando o “custo do dinheiro” é menor, muitos projetos se tornam rentáveis.

Para entender como é definido o risco de um papel privado, é importante saber primeiramente que ele é mais arriscado do que um título público.

Esse risco adicional é em função do próprio setor de atuação da empresa, como também da qualidade de sua gestão. Por ser mais arriscado, esse título também apresenta volatilidade no seu preço e redução na sua liquidez (quantidade de negócios que são realizados).

Quando esse título está na carteira de um fundo, isso se reflete no valor da sua cota. Os fundos mais atuantes esse mercado são os fundos classificados como renda fixa crédito privado. Quanto maior a rentabilidade almejada pelo fundo, maiores os custos de administração visto o trabalho da equipe gestora para garimpar as melhores oportunidades.

Onde investir no Mercado de Capitais em 2019

Onde investir no mercado de capitais em 2019

O mercado de capitais permite que empresas se financiem por meio de vários instrumentos de dívida. Tal como nos títulos públicos, eles se apresentam da seguinte forma:

  • Empresa emissora - a empresa que precisa captar os recursos;
  • Vencimento - momento em que serão devolvidos os valores investidos (valor inicial e última parcela dos juros);
  • Taxa de juros - é a remuneração de cada uma das parcelas, oferecida ao investidor:
  • Fixa: conhecida no momento da aplicação;
  • Variável: atrelada a um índice (CDI, referência do mercado bancário, ou IPCA, índice oficial de inflação).
  • Rating - uma nota que identifica quão sólida é a empresa emissora.

O setor de infraestrutura

Por conta da nossa grande necessidade de ganhar produtividade e crescer, um dos títulos privados com grandes chances de decolar no ano de 2019 é a debênture de infraestrutura.

Amparada pela Lei 12.431/11, ela objetiva levantar recursos para projetos que podem suprir a nossas carências de infraestrutura nas áreas de:

  • Logística;
  • Telecomunicações;
  • Energia;
  • Saneamento e;
  • Mobilidade urbana.

Durante o ano de 2018, dois passos importantes foram tomados para estimular o maior uso dessas debêntures:

  1. A redução dos financiamentos por parte do BNDES;
  2. A nomeação de Joaquim Levy, profissional do mercado financeiro com passagem pelo Banco Mundial, para a presidência do BNDES.

Esse tipo de investimento é disponibilizado tanto por meio de fundos como pela compra direta nas plataformas das corretoras.

No caso do investidor que almeja a compra direta, ele primeiramente deve observar se a empresa selecionada já possui títulos no mercado secundário (mercado onde os papéis trocam de mãos), além de acompanhar a diferença entre o valor oferecido para compra e o valor oferecido para venda.

Além disso, é importante atentar para o tamanho da emissão (em R$), as condições de mercado e as características do projeto financiado. Grandes emissões costumam ser mais líquidas e apresentar menor oscilação de preço quando as condições de mercado estão mais ariscas.

Os setores de concessões rodoviárias e de transmissão de energia elétrica são os que contam com o melhor arcabouço jurídico para o investidor.

Os fundos imobiliários e a construção civil

O setor imobiliário é um dos setores que mais se desenvolve em situações de retomada da confiança dentro de um ambiente de juros baixos.

Atualmente, 180 mil investidores investem em fundos imobiliários. As corretoras de valores, que antes se limitavam a fazer a cobertura de ações, agora também acompanham os principais fundos, fornecendo informações de vital importância para quem quer trilhar esse caminho ao invés do processo tradicional da posse direta de um grupo de imóveis.

Os fundos imobiliários foram um dos que reagiram imediatamente ao final do processo eleitoral. As emissões primárias, onde as cotas são oferecidas aos investidores pela primeira vez, já somam R$ 10,2 bilhões apenas em 2018, representando o dobro do que foi ofertado no ano passado.

Outros 6 fundos imobiliários estão em análise na CVM e podem surgir em breve, podendo captar um adicional de R$ 2,2 bilhões em um curto espaço de tempo.

Para quem observa mais atentamente a natureza desses fundos, fica bastante claro que ele serve para qualquer objetivo de investimento. Entretanto, é preciso alguns cuidados:

  1. Se informar sobre a capacidade do gestor e sua experiência no ramo imobiliário;
  2. Escolher vários ativos, buscando sempre os de melhor qualidade.

Nesse tipo de investimento, que atrai tanto o pequeno quanto o grande investidor, é possível deter partes de imóveis de grande porte como shopping centers, hotéis, complexos hospitalares e universitários, além das já conhecidas lajes corporativas.

Os primeiros fundos imobiliários cresceram de forma significativa a partir de 2010 e, ao longo dos anos, trouxeram um alto nível de profissionalização entre os gestores. Os fundos com cotas negociadas em bolsa, cujos dividendos são isentos de imposto de renda, já somam R$ 46 bilhões de patrimônio.

Um maior dinamismo no setor também é esperado em função da Resolução 4.661 do CMN (Conselho Monetário Nacional). Esse instrumento normativo determina que os fundos de pensão não poderão mais investir diretamente em uma carteira de imóveis.

As alternativas contemplam apenas a venda dos imóveis ou a transferência dos mesmos para fundos imobiliários exclusivos. Apesar do prazo de 12 anos para atender o que define a norma, muitos fundos de pensão estão preferindo se movimentar para encontrar novos compradores visto os custos de ITBI (imposto incidente sobre esse tipo de operação) que precisam pagar caso optem pelos seus próprios fundos exclusivos.

Mesmo já se mostrando como um modelo consolidado de negócio, aplicar em cotas de fundos imobiliários implica em analisar previamente, por meio dos relatórios mensais;

  • A consistência na distribuição de dividendos;
  • A programação de reformas para a manutenção da atual carteira e;
  • A “reciclagem” doa ativos; ou seja, a venda de imóveis mais antigos para que o fundo possa manter a atratividade da sua carteira e, consequentemente, a sua valorização ao longo do tempo.

Os fundos com lastro em imóveis apresentam atualmente diversas opções:

  • Monoativos – contam com um único imóvel, podendo ser um complexo hospitalar, uma universidade ou mesmo um shopping center. Apresentam os maiores riscos em termos de vacância e inadimplência;
  • Galpões logísticos – podem ser alugados para uma única empresa ou um grupo de empresas. No primeiro caso, é a saúde financeira da empresa que aluga as instalações o principal risco do fundo;
  • Agências Bancárias – vale o mesmo princípio do item anterior;
  • Lajes corporativas – são os mais comuns e líquidos, visto que possuem imóveis para atender a empresas de médio e grande porte, além de profissionais liberais em busca de espaços de trabalho compartilhados;

Como qualquer opção de investimento, os fundos mais seguros e com os melhores inquilinos pagam uma rentabilidade menor, visto que as suas cotas são mais caras e valorizadas.

Para os novos fundos que estão surgindo, uma das formas de se evitar a volatilidade do mercado imobiliário é por meio de contratos de longo prazo (built-to-suit), onde a multa é bastante severa para quem sair antes do seu vencimento.

Se o investidor tiver um perfil mais agressivo, o melhor é tentar ganhar na valorização futura da cota, o que pode implicar em ter que esperar mais tempo até os ativos da carteira se valorizarem.

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Isso se aplica também nos casos do investidor preocupado com a sua aposentadoria. Os fundos que geram renda podem ser uma opção para o investidor mais precavido. Se ele for diligente e acumular cotas por um bom período de tempo, ao se aposentar, ele possui a opção de:

  • Vender todas as cotas e receber o dinheiro de uma única vez ou;
  • Mantê-las e ter acesso a uma renda mensal vitalícia.

Além dos fundos imobiliários, outro investimento do setor de construção é por meio da compra direta de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Para as empresas que buscam recursos, os CRIs podem ser usados tanto para:

  • Financiar as suas obras: a ampliação de um campus universitário ou shopping center, por exemplo;
  • Financiar a compra de apartamentos: como alternativa ao financiamento imobiliário.

Mesmo sendo excelentes opções e contando também com a isenção de imposto de renda, os CRIs exigem uma avaliação prévia por parte do investidor pelos seguintes motivos:

Onde investir na Renda Variável em 2019

Onde investir em Renda Variável em 2019

As demonstrações financeiras do terceiro trimestre das empresas negociadas em bolsa mostram que elas conseguiram crescer, apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do ano.

Olhando para o que está mais próximo em termos de oportunidades de crescimento no mercado de ações, alguns setores se destacam como alternativas de investimento:

  • Infraestrutura e construção civil – pelos mesmos fatores citados anteriormente, as empresas do setor podem optar por captar recursos por meio da emissão de novas ações, ao invés de títulos privados de dívida;
  • Consumo - também conhecido como setor de varejo, é uma área de reage imediatamente à retomada da confiança. Empresas produtoras de alimentos e bebidas, grupos varejistas e shopping centers são alguns exemplos;
  • Estatais – o objetivo do processo de privatização é colocar empresas, sem condições de investir, nas mãos de agentes privados. Isso traz novas tecnologias que são fundamentais para o nosso desenvolvimento econômico.

Mesmo com um cenário bastante favorável, montar uma carteira de ações exige alguns cuidados. Os relatórios produzidos pelas próprias corretoras são uma fonte de informação valiosa visto que os analistas são as pessoas que possuem mais proximidade com a realidade das empresas de capital aberto.

Como os relatórios são agrupados por setores, o investidor pode aprender quais as características fundamentais de cada um deles, suas principais empresas e os seus respectivos modelos de negócios.

Os indicadores das empresas

Os relatórios setoriais apontam a mensuração e o monitoramento de uma série de indicadores que avaliam as condições operacionais e financeiras de um grupo de empresas, mostrando não só a sua situação atual, mas também a sua evolução ao longo do tempo.

Preço/Lucro

Indica o número de anos que o investidor precisa esperar para recuperar, por meio da distribuição dos lucros, o investimento feito naquelas ações. Prazos muito extensos normalmente indicam que aquela ação é cara.

Preço/VPA

VPA significa Valor Patrimonial da Ação. Ele nada mais é do que o patrimônio líquido (todos os bens e direitos de uma empresa depois de excluídas as dívidas), dividido pelo número total de ações.

Quando o resultado do Preço/VPA é superior a “1”, o mercado está indicando que aquela empresa apresenta boas condições de trazer resultados satisfatórios no futuro.

Já quando ocorre o oposto, isso indica que a empresa está passando por dificuldades, o que se reflete diretamente na desvalorização da ação.

Retorno com Dividendos

Esse indicador traz o retorno obtido com uma ação no período de um ano:

Retorno (%) = Dividendos/Preço

Normalmente, quando uma empresa paga dividendos (parte do lucro distribuído aos seus acionistas), é porque os seus gestores estão bastante confiantes em relação ao futuro. Um ponto que o investidor deve observar é se essa distribuição é coerente ao longo do tempo.

Quando o retorno não condiz com o que seria esperado, o motivo, muito provavelmente, é porque o preço da ação caiu. Uma forma que se confirmar essa constatação é verificando os resultados também dos outros dois indicadores (Preço/Lucro e Preço/VPA).

Se ambos também apresentam resultados mais baixos, então o preço da ação realmente foi prejudicado.

O que esses números mostram é que se uma empresa não guarda recursos para fazer investimentos, o seu crescimento no longo prazo fica limitado.

Isso traz um impacto negativo no preço de suas ações e deve ser levado em conta quando o seu retorno é comparado com outras opções de investimento.

A disciplina na execução

Diante de tudo que foi exposto até o momento, a melhor forma de começar uma carteira de ações é escolhendo entre as empresas que fazem parte do índice Bovespa. Por agrupar empresas sólidas e cujas ações são bastante líquidas, elas são negociadas a valores bastante justos.

Reservar um valor mensal para a compra de ações também evita que os sentimentos do investidor influenciem na sua capacidade de julgamento. É muito fácil cair na tentação de comprar ações quando o mercado está passando por um período de euforia e vice-versa.

Tentar encontrar os melhores pontos de compra e venda se mostra uma tarefa impossível, até para os mais experientes gestores. Muita gente perde bastante até descobrir essa triste realidade.

Uma forma de contornar esse problema é por meio do rebalanceamento da carteira: vender parte das ações que se valorizaram bastante para comprar parte das outras ações que ficaram mais acessíveis.

O objetivo é voltar aos percentuais originais que cada uma das ações representava na carteira de investimentos. Quando se adota os mesmos princípios de um gestor profissional, identifica-se as distorções entre o preço esperado, em função das condições do mercado financeiro e da realidade da empresa, e o seu preço de negociação.

A estratégia do rebalanceamento exige um certo tempo de execução, dependendo do tamanho da carteira de ações. O ideal é executá-la em um período em que o investidor pode se dedicar mais para essa função ou quando existe uma grande quantidade de dividendos recebidos que precisam ser reinvestidos.

Apostando no índice

Não havendo a possibilidade de acompanhar um grupo de empresas mais de perto, o mais sensato a fazer é optar por um fundo de ações ou um fundo de índice, também conhecido como ETF.

Um ETF é um fundo composto por um grupo de empresas com determinadas características, cujas cotas podem ser compradas ou vendidas em uma bolsa de valores, da mesma forma que uma ação.

Por representar um grupo, permite investir nas perspectivas de desempenho de um setor como um todo, sem necessariamente se conhecer a fundo cada uma das empresas participantes. Como precisam apresentar determinadas qualidades para serem selecionadas, elas apresentam retornos bastante semelhantes.

Mesmo quando isso não ocorre, as oscilações entre os preços das ações acabam neutralizando os efeitos de qualquer ação que tenha um resultado individual inferior. Uma outra vantagem é que os dividendos são reaplicados de forma automática na compra de mais ações.

Para o investidor que quer dar os primeiros passos, o recomendável é começar pelo próprio ETF do índice Bovespa. Tal como o principal índice da bolsa de valores brasileira, esse instrumento é o que conta com o maior número de negócios visto que representa as principais empresas de capital aberto do país.

O papel dos investimentos internacionais em 2019

investimentos internacionais em 2019

Conforme citado anteriormente, a dinâmica global está se deslocando lentamente para o outro extremo. Apesar de ninguém saber exatamente o que pode acontecer no ano de 2019, optar por investimentos em ativos internacionais nunca esteve tão na moda.

Seja para se proteger das turbulências ou para se preparar para uma temporada no exterior, as opções nesse mercado incluem os fundos internacionais, os multimercados, os fundos que investem em recibos de empresas essencialmente norte-americanas (BDR), além dos fundos cambiais.

Com exceção do último tipo, é a tradição da casa gestora, juntamente com o brilhantismo do gestor e da sua equipe, que determina a performance do fundo.

Fundos pertencentes a gestoras de origem estrangeira replicam no mercado local estruturas com as mesmas estratégias dos seus grandes fundos internacionais. Já no caso dos multimercados, são os gestores brasileiros com forte conhecimento do mercado internacional que fazem a seleção dos ativos.

Entender qual a filosofia de investimentos por trás de cada uma dessas opções é de fundamental importância para saber o que move o valor da cota e que desempenho pode ser esperado no futuro.

Dentro de tantas alternativas entre moedas, ativos, localizações geográficas e tempo de maturação desses investimentos, certamente há um fundo que atenda ao mais exigente dos investidores.

No caso de investimentos vinculados a ETFs, existe um fundo de índice que segue o S&P 500, composto por grandes empresas norte-americanas.

Investimentos alternativos em 2019

Investimentos alternativos em 2019

O Brasil ainda não conta com uma regulação para as moedas e os ativos virtuais

No que tange a CVM, órgão regulador do mercado de capitais, ela se propôs a permitir o que se chama de sandbox regulation: um ambiente controlado onde algumas empresas são convidadas para apresentar as suas plataformas e efetuar alguns testes de viabilidade.

Entretanto, não há nenhuma restrição para aplicar em legislações onde esses tipos de investimentos já tiveram o entendimento pacificado pelas autoridades. Atualmente são 1.700 criptomoedas circulando no mundo.

Se o objetivo for diversificar, por meio de um investimento que acompanha a cotação do dólar norte-americano, essa seria uma das opções.

Adicionalmente, os ganhos de capital decorrentes de operações com ativos virtuais de até R$ 35 mil mensais não pagam a alíquota de imposto de renda de 15%.

Conclusão

O ano de 2019 vai trazer uma série de novidades, tanto no campo político e econômico, como na área de investimentos. O fato de todos terem feito os ajustes necessários nos coloca em condições muito vantajosas para aproveitar o início de um novo ciclo.

Mesmo assim, estaremos expostos a algumas emoções vindas de fora, por um contexto que nos afeta, mas que não temos o menor controle. Diante disso, nos cabe direcionar todos os nossos esforços para gerar um crescimento sustentável e olhar, de forma bastante atenta, as oportunidades que podemos ajudar a fomentar.

Seja na área de infraestrutura e construção civil ou mesmo em empresas que diretamente fazem parte do nosso dia a dia, não há nenhum motivo para não se buscar uma carteira globalmente diversificada para endereçar o futuro, seja ele em 2020, nos próximos 5 anos ou para a próxima geração.

Para encerrar e, aproveitando o momento de reflexão que a época de festas sempre traz, deixo a seguinte frase, citada por Albert Einstein:

Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.

IMPORTANTE: Vale ressaltar que o cenário descrito, bem como os efeitos no Mercado Financeiro apresentados tem propósito único e exclusivamente educacionais e em nenhum momento você deve encarar qualquer parte do texto como recomendação de investimentos.

Ficou alguma dúvida adicional ou quiser contribuir mais com o assunto? Comente abaixo!

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Sobre o autor
Nohad Harati
Possui MBA em Finanças e LLM em Direito do Mercado Financeiro (ambos pelo Insper/SP). É gestora de uma carteira proprietária, além de ser responsável por um Family Office.
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