MTST ocupa a sede da B3 na tarde desta quinta-feira em protesto contra fome e desigualdade social
Segundo a B3, o ato do MTST foi pacífico, não afetou as operações do pregão e acabou por volta das 16h, com cerca de duas horas de duração
Manifestantes ligados ao Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam, na tarde desta quinta-feira, 23, o prédio da Bolsa de Valores brasileira, a B3. O protesto, de acordo com informações do movimento, foi contra a fome e a desigualdade social. Outras pautas abordadas pelos manifestantes foram a alta da inflação e o desemprego.
As ações da B3, que viviam um dia de volatilidade na Bolsa, passaram a registrar uma queda mais acentuada após o início da manifestação. Os papéis da empresa caíram 2,39%, negociados a R$ 13,91.
Em nota divulgada à imprensa, a B3 informou que o ato se manteve pacífico, não afetou as operações do pregão e acabou por volta das 16h, com cerca de duas horas de duração.
Segundo as lideranças do MTST, o local foi escolhido porque a bolsa é o "maior símbolo da especulação e da desigualdade social". Debora Pereira, liderança do movimento, afirmou que "é inadmissível que quase 100 milhões de brasileiros estejam em situação de fome e insegurança alimentar enquanto os bilionários movimentam R$ 35 bilhões por dia só aqui na bolsa".
Alguns dos manifestantes carregavam ossos e faixas com menções à situação de fome e miséria. Entre os principais dizeres, "sua ação financia a nossa miséria" e "tem gente ficando rica com a nossa fome".
Debora complementou seu discurso afirmando que os manifestantes estavam ali para "denunciar o que acontece no País e a política por trás disso. Em um ano, o número de milionários dobrou, enquanto aumentou a miséria. Não é possível que 99% da população empobreça para que 1% enriqueça. Este é um grito que estava engasgado na garganta de quem vai no supermercado".