Economia

Ministério da Economia aposta em inflação mais forte para 2022

Já para o PIB, o ministro Paulo Guedes reduziu as estimativas no período

Data de publicação:17/03/2022 às 12:11 - Atualizado 2 anos atrás
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O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, divulgada nesta quinta-feira, 17, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 4,70% para 6,55%. Para 2023, a projeção é de 3,25%.

No último Boletim Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 6,45% em 2022 e de 3,70% em 2022.

Ministério da Economia aposta em inflação mais alta para 2022 e PIB mais fraco para o período - Foto: Reprodução

Todas as projeções para a inflação em 2022 estão bem acima do centro da meta deste ano, de 3,50%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,00% a 5,00%). No caso de 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (1,75% a 4,75%).

INPC mais alto neste ano

O Ministério da Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário-mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 4,25% para 6,70%. Para 2023, a projeção é de 3,25%.

Projeções para o IGP-DI quase dobram

Já a estimativa da Economia para a alta do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2022 saltou de 5,42% para 10,01%. Para o próximo ano, a projeção é de 4,42%.

Economia aposta em PIB mais fraco no ano

Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia que os economistas do mercado precisam rever para cima suas expectativas para o crescimento da economia neste ano, o próprio ministério reduziu seu otimismo para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

A estimativa para a expansão da atividade neste ano passou de 2,10% para 1,50%. De acordo com o Boletim Macrofiscal, entre os fatores positivos que ajudam o crescimento em 2022 estão a taxa de poupança elevada, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o robusto investimento, tanto privado como em parceria com o setor público.

"Ao mesmo tempo, existem riscos neste ano a serem monitorados, notadamente a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor, que já apresentam gargalos devido à pandemia. Adicionalmente, o risco da pandemia sobre o crescimento econômico e a inflação continuam sendo avaliados"

Ministério da Economia, em documento

Projeções mantidas para o crescimento do País nos próximos anos

O ministério manteve as projeções de crescimento da economia de 2023, 2024 e 2025: todas em 2,50%. Para 2026, a previsão - divulgada nesta quinta pela primeira vez - também é de 2,50%.

"Com a volta da taxa de participação e do nível de ocupação aos seus níveis históricos, estima-se crescimento do produto à taxa projetada de longo prazo (2,5%) no ano de 2023 e posteriores", completou.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de apenas 0,49% para o PIB de 2022. Para 2023, a estimativa no Focus é de alta de 1,43%. As estimativas de mercado para os anos de 2024 e 2025 estão em 2,00%. / com Agência Estado

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