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Bolsa
Mercado Financeiro

Mercado: Bolsa encerra abril em alta de 1,94%; dólar acumula desvalorização de 3,49%

Em abril, a Bolsa de Valores fecha com valorização de 1,94%, refletindo um grau maior de segurança do investidor, em relação às questões fiscais do governo,…

Data de publicação:30/04/2021 às 05:00 -
Atualizado 4 anos atrás
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Em abril, a Bolsa de Valores fecha com valorização de 1,94%, refletindo um grau maior de segurança do investidor, em relação às questões fiscais do governo, após a aprovação do Orçamento 2021. O maior receio era o de que as contas públicas fossem aprovadas com emendas que comprometessem o teto de gastos.

O mercado de ações só não foi melhor porque o avanço da pandemia no País, com aumento do número de mortes e a demora no processo de vacinação retardam ainda mais uma retomada econômica. No ano, o Ibovespa tem ligeira valorização de 0,10%.

Foto: B3/Divulgação
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

Nesta sexta-feira, a Bolsa caiu 0,98%, aos 118.893,84 pontos, seguindo os mercados internacionais, o Dow Jones registrou queda de 0,54%, enquanto S&P 500 e Nasdaq caíram 0,72% e 0,63%, respectivamente. Os mercados operaram com atenções voltadas às taxas de juros dos Estados Unidos, que estão em alta nos papeis do Tesouro de longo prazo.

Já o dólar fecha abril no vermelho, com queda de 3,49%, cotado a R$ 5,432. Os mesmos motivos que deram alento à bolsa tiraram a sustentação da moeda americana. No ano, a valorização é de 4,70%, e em 12 meses, a queda é de 0,12%.

Outro fator de preocupação é a realização da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central entre os dias 4 e 5 de maio. Os integrantes do grupo podem optar por aumentar novamente a Selic, que atualmente está em 2,75% ao ano, para evitar aumento da inflação

Investidores também acompanham com cautela as repercussões da CPI da Covid. Uma das preocupações do mercado é saber o impacto das investigações sobre as ações do governo na pandemia na relação entre o Executivo e o Congresso. O temor é que o avanço dos trabalhos da comissão acirre o clima de instabilidade política, com possível reflexo sobre os mercados.

CPI da Covid: ataques virtuais

Com o governo Jair Bolsonaro no foco da CPI da Covid, senadores que integram o grupo dizem ser alvo de uma campanha orquestrada de ataques virtuais que tem como origem milícias digitais ligadas ao bolsonarismo.

As mensagens incluem desde a disseminação de fake news, como a publicação de declarações descontextualizadas, até ameaças veladas. Em outra frente, parlamentares passaram a receber "dossiês" apócrifos contra adversários políticos do presidente em seus gabinetes.

A articulação de bolsonaristas nas redes sociais vem sendo acompanhada de perto por Renan Calheiros e discutida com outros integrantes da comissão.

Nas primeiras 24 horas após a abertura da comissão, na última terça-feira, posts no Facebook com o termo "CPI da Covid" alcançaram mais de 3 milhões de interações

O relator da CPI escalou sua equipe para produzir e apresentar ao colegiado relatórios periódicos sobre o que realmente é debatido pela opinião pública nas redes sociais. 

Enquanto isso, o mercado financeiro está na expectativa dos depoimentos dos ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Eduardo Pazuello e o atual da pasta, Marcelo Queiroga.

Orçamento 2021 e corte de despesas

Em meio à articulação da ala política do governo para cortar despesas obrigatórias e recompor investimentos que foram vetados do Orçamento de 2021, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse na véspera, que cortar despesas obrigatórias para impulsionar discricionárias (que são gastos opcionais e incluem as obras) "foi justamente o problema original".

Ele defendeu "seguir exatamente o planejado" e avaliar as despesas ao longo do ano. Funchal, que está de saída do cargo para assumir a secretaria especial de Fazenda do Ministério da Economia, anunciou mais duas mudanças na Pasta.

O atual subsecretário da Dívida Pública, José Franco, seguirá para cargo de especialista em Dívida Sênior no Banco Mundial. Em seu lugar, assume Otávio Ladeira, que hoje é secretário-adjunto do Tesouro Nacional.

Covid-19: mais de 400 mil mortes

Na véspera, o Brasil contabilizou 3.074 mortes em decorrência da covid-19. Com isso, o País ultrapassou a marca dos 400 mil óbitos no período da pandemia, chegando ao total de 401.417 vítimas.

Enquanto isso, o número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou a 31.208.111, o equivalente a 14,74% da população total.

Futuros em Nova York em queda

Os contratos futuros em Nova York seguem em alta nesta sexta-feira refletindo mais um dia de divulgação de balanços trimestrais corporativos e o discurso do presidente americano, Joe Biden, sobre o Plano das Famílias Americanas e o plano de infraestrutura.

Os investidores estão buscando mais apoio para a recuperação dos Estados Unidos depois que o presidente Joe Biden revelou um pacote social de US$ 1,8 trilhão, além de seus planos de infraestrutura.

Segundo Teixeira, ainda não há sinais de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) reveja sua política acomodatícia, com o presidente do banco, Jerome Powell reafirmando esta semana que está procurando mais progresso no mercado de trabalho. Além disso, Powell destaca em seus discursos que a pressão inflacionária é temporária.

Já em relação à temporada de balanços, o analista da Wisir Research, Filipe Teixeira, acredita que os mercados de ações podem estar prontos para uma pausa após um mês de bons ganhos.

Nesta sexta-feira, será a vez das companhias Alibaba, AstraZeneca, Coca-cola, entre outras, apresentarem seus números do período.

Na véspera, os destaques da véspera foram os resultados trimestrais das empresas Amazon, Microsoft, Twitter, entre outras.

A Amazon superou a previsão dos analistas e registrou um lucro de US$ 8,1 bilhões nos três primeiros meses do ano, ou US$ 15,79 por ação diluída, alta de 224% na comparação com igual período do ano passado.

A empresa de Bill Gates registrou lucro líquido de US$ 15,5 bilhões no trimestre, que se deve sobretudo à adoção do trabalho remoto durante a pandemia, que exige a utilização de softwares.

O uso do aplicativo de trabalho online Team aumentou 1.000%, resultado que se soma  aos bons números da companhia. O lucro por ação no período foi de US$ 2,03, crescimento de 45% em relação aos primeiros três meses de 2020. 

Já o Twitter registrou lucro líquido de US$ 68 milhões nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, o que representa US$ 0,08 por ação diluída. O resultado ficou abaixo da previsão de lucro de US$ 0,14 por ação projetada pela FactSet

As receitas da companhia deram um salto de 28% entre janeiro e março deste ano, ante o primeiro trimestre do ano anterior, totalizando US$ 1,04 bilhão.

Bolsas asiáticas fecham em queda

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, após dados de manufatura chinesa mais fracos do que o esperado e diante da preocupante situação da covid-19 em partes da região, como Índia e Japão.

Na volta de um feriado nacional, o índice acionário japonês Nikkei caiu 0,83% em Tóquio hoje, aos 28.812,63 pontos. Já o Hang Seng recuou 1,97% em Hong Kong, aos 28.724,88 pontos, e o sul-coreano Kospi teve queda de 0,83% em Seul, aos 3.147,86 pontos. Em Taiwan, o mercado não operou em razão de um feriado.

Na China continental, o Xangai Composto se desvalorizou 0,81%, aos 3.446,86 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda de 0,29%, aos 2.298,93 pontos.

Dados oficiais mostraram que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria chinesa diminuiu de 51,9 em março para 51,1 em abril. Ainda que o resultado acima de 50 indique expansão da manufatura, analistas previam um recuo mais discreto do PMI, a 51,6.

Novos surtos de covid-19 na região asiática também inspiram cautela. Nas últimas semanas, a Índia vem registrando sucessivos recordes globais de novos casos diários.

No Japão, as mortes pela doença ultrapassam 10 mil, em meio ao que especialistas estão descrevendo como quarta onda de infecções no país.

A Bolsa de Tóquio ficará sem operar até a próxima quarta-feira, 5, devido a feriados da chamada Semana Dourada. Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho nesta sexta, e o S&P/ASX 200 caiu 0,80% em Sydney, aos 7.025,80 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.