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Bolsa
Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: Bolsa volta a subir com ações de Petrobras, e dólar também sobe

Investidores digerem as projeções dos principais indicadores econômicos e estão atentos à Evergrande

Data de publicação:27/09/2021 às 10:33 -
Atualizado um ano atrás
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Após operar em alta pela manhã, puxada por Vale e Petrobrás, beneficiadas pela alta do minério de ferro e petróleo, a Bolsa voltou a cair na tarde desta segunda-feira, 27, influenciada pela volatilidade no exterior, por conta de perspectivas de uma crise energética global que ganha força, e afeta ações de outras empresas, como as siderúrgicas.

Pesava no mercado também a informação de possibilidade de ingerência do governo no preço dos combustíveis. Com os esclarecimentos da empresa em coletiva de imprensa, as ações engataram em forte alta, levando a B3 à recuperação.

Foto: B3/Divulgação etfs
Sede da B3 em São Paulo | Foto: Divulgação

Às 17h00, o Ibovespa, principal indicador da B3, apresentava alta de 0,52%, aos 113.876 pontos. Já o dólar subia 0,66%, cotado a R$ 5,379.

Os juros futuros longos e médios seguem estáveis diante do comportamento do dólar ante o real, em dia de leilão extra de swap cambial. Os curtos também trafegam no mesmo caminho, apesar das estimativas mais altas da inflação para 2021 e 2022, segundo o relatório Focus divulgado durante a manhã.

As cotações internacionais do petróleo acumularam ganhos por quatro sessões consecutivas na semana passada e mantêm o tom positivo hoje, graças a um aperto na oferta e perspectiva de avanço da demanda com o alívio nas condições da pandemia de covid-19. Com isso, as ações da Petrobras subiam 1,41%, às 14h10.

A valorização das ações da petroleira, que respondem por mais de 9% de peso na cesta de ativos do Ibovespa, está tendo sustentação para colocar o principal índice da B3 em direção à alta.

As ações da Vale, que também têm forte contribuição no índice, operam no positivo, juntamente com as da CSN e Gerdau. No mesmo horário, avançavam 1,09%, 4,27% e 1,35%, respectivamente.

Já os papéis Usiminas seguem em queda, refletindo os temores de que as restrições na China reduzam a retomada econômica no país e em seus parceiros comerciais.

Analistas estão preocupados de que a crise energética do país chinês, gerada por conta da oferta restrita de carvão e dos padrões de emissão, tenha provocada queda na produção industrial, o que acaba impactando na economia local.

Já os bancões, após operarem sem direção única durante a manhã viraram o sinal e seguem em alta, com o Itaú, Bradesco e Santander avançando 1,80%, 2,91% e 3,90%, respectivamente, às 14h11

Em dia de anúncio de pagamentos de Juros sobre Capital Próprio (JCP) pela Localiza, Unidas de Movidas, os papéis das companhias também mudaram a trajetória e operam em queda de 1,23%, 1,40% e 0,38%, na sequência, às 14h10.

Após anunciar que o Atacadão deve fechar o ano com vendas brutas de R$ 60 milhões, as ações do Carrefour caíam 2,20%, às 14h10.

Segundo fontes ouvidas pela Reuters, o Inter e a empresa de meios de pagamento StoneCo estão avaliando a extensão da parceria entre elas, além de uma possível fusão. Com isso, os papéis do Inter recuavam 3,20% no mesmo horário.

Indicadores e Evergrande

No Brasil, a movimentação das novas divulgações econômicas teve início com a última edição do Boletim Focus, feita pelo Banco Central durante a manhã. Os economistas do mercado que integram a pesquisa ajustaram novamente as estimativas da inflação para 2021 com viés altista. De 8,35%, no relatório anterior, subiram para 8,45%.

As altas sucessivas projetadas pelos especialistas colocam o índice cada vez mais longe da meta do Banco Central de 3,25%, com margem de 1,5 ponto porcentual para trás ou para frente.

No entanto, desde o boletim da semana anterior, eles seguraram as expectativas em relação ao avanço da Selic, taxa básica de juros do País, em 8,25%.

E as expectativas sobre o avanço do PIB seguem moderadas para o ano. De acordo com os economistas, o índice permaneceu em 5,04%.

Esses números dão o pontapé inicial para as novas divulgações que o Banco Central deve fazer essa semana, como a ata da última reunião do Copom, que ajustou a Selic em 1%, para 6,25%, o relatório trimestral da inflação e da dívida pública mensal.

Vale lembrar que, na última reunião, o Comitê de Política Monetária ajustou a taxa de juros do País pela quinta vez consecutiva, o que fez os analistas do mercado revisarem suas projeções para o indicador neste ano.

Soma-se a isso o temor crescente sobre a crise de liquidez da incorporadora chinesa Evergrande não somente no Brasil, mas no mundo, cenário que impactou negativamente a movimentação do mercado financeiro na semana anterior e que deve continuar gerando cautela.

De acordo com as últimas notícias obtidas, a Evergrande não cumpriu com o pagamento dos juros sobre bônus externos, compromisso programado para a última quinta-feira, 23.

Porém, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) injetou hoje 100 bilhões de yuans (quase US$ 15,5 bilhões) em recursos no sistema financeiro chinês por meio de operações de compra reversa de 14 dias, segundo comunicado divulgado no site da instituição.

Essa é mais uma tentativa do governo chinês em manter a liquidez do sistema bancário em meio a preocupações com as dificuldades financeiras da gigante chinesa. Desde a semana passada, circulam relatos de que o governo chinês irá reestruturar a Evergrande e estatizá-la.

Precatórios, reformas e Auxílio Brasil

No ambiente político, além das discussões em andamento sobre o rumo da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e sobre as reformas administrativa e do Imposto de Renda, segue no foco do mercado as estratégias que o governo está buscando para implementar o novo programa Auxílio Brasil, versão ampliada do atual Bolsa Família.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a equipe econômica do governo vê o novo programa como despesa obrigatória, o que coloca seu funcionamento como fonte permanente de recursos para a atender a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O plano A do governo para financiar a repaginação do Bolsa Família é a reforma do Imposto de Renda. Porém, o relator do projeto sinalizou que ele pode ser votado somente em 2022.

Nova York e o mundo

Migrando para o cenário externo, assim como o Brasil, os Estados Unidos está às voltas com uma semana intensa de divulgações monetárias e econômicas. As bolsas de Nova York operam sem direção única.

Nesta segunda-feira, o Departamento do Comércio do país comunicou que as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos tiveram alta de 1,8% em agosto ante julho, para US$ 263,5 bilhões. O resultado veio acima das expectativas dos analistas, que previam variação positiva de 0,6%.

Outro ponto que mantém a cautela no mercado americano é a sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), de que pretende dar andamento à retirada de estímulos da economia. O presidente da distrital da autoridade monetária em Chicago, Charles Evans, disse hoje que a economia norte-americana está próxima de atingir o nível que permitirá à instituição dar início ao tapering.

Em discurso feito durante evento da Associação Nacional para Economia Empresarial (Nabe, pela sigla em inglês), Evans afirmou que as condições adequadas para a retirada de estímulos provavelmente serão alcançadas em breve se o mercado de trabalho dos EUA continuar mostrando progresso.

Além dessa preocupação, o país terá uma semana-chave em relação a votações importantes. Segundo Larissa Peres, analista de ações da XP, os parlamentares do país têm até a próxima quinta-feira, 30, para evitar um shutdown na economia do país.

De acordo com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, o país pode atingir o teto da dívida ainda em outubro.

Já na Ásia, com o fantasma da Evergrande rondando os mercados, as bolsas do continente fecharam seus pregões sem direção única nesta segunda-feira. Além disso, o recente rali do petróleo impulsionou alguns mercado e cortes de energia derrubaram ações locais.

Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta marginal de 0,07%, aos 24.208,78 pontos. As ações da Evergrande saltaram mais de 8% hoje, mas as de outras incorporadoras chinesas ficaram no vermelho.

Também listado em Hong Kong, o papel da Evergrande Auto sofreu um tombo de 9,4%, após a unidade de veículos elétricos do endividado grupo chinês alertar que enfrenta "séria escassez de recursos".

Preocupado com a possível falência da Evergrande, o banco central chinês (PBoC) fez hoje uma nova injeção de capital no sistema financeiro, com valor equivalente a quase US$ 15,5 bilhões.

Na China continental, as bolsas recuaram após cortes de energia locais comprometerem a perspectiva de crescimento da segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto teve queda de 0,84%, aoa 3.582,83 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1,14%, aos 2.406,56 pontos.

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei fechou praticamente estável em Tóquio, com ligeira perda de 0,03%, aos 30.240,06 pontos.

 Já o sul-coreano Kospi avançou 0,27% em Seul, aos 3.133,64 pontos, ajudado por ações dos setores petrolífero e de tecnologia, e o Taiex subiu 0,31% em Taiwan, aos 17.313,77 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana teve um dia de alta moderada. O S&P/ASX 200 avançou 0,57% em Sydney, aos 7.384,20 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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