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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa fecha aos 125 mil pontos, mas com alta de 0,42% na semana; dólar cai 2,71%

Mercado financeiro repercute dados econômicos americanos e aprovação da LDO

Data de publicação:16/07/2021 às 10:51 -
Atualizado 3 anos atrás
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Neste último pregão da semana, a Bolsa, que começou o dia em alta, fechou em queda acentuada de 1,18%, escorregando aos 125.960,26 pontos. O mercado acompanhou a queda das bolsas americanas, em uma reação à piora dos dados de confiança do consumidor nos EUA, e às tensões no cenário político interno. Os investidores também torceram o nariz para a nova Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ocorrida na véspera, porque aumentou o fundo eleitoral.

Em relação à sexta-feira da semana passada, o Ibovespa permaneceu praticamente estável, com uma alta de 0,42%. Bem que o mercado de ações tentou reagir e viveu dias de alta durante esta semana, com o principal índice da Bolsa brasileira voltando a bater os 128 mil pontos. Só que esses ganhos foram zerados com a queda no preço do petróleo na última quinta-feira, 15, e a cautela dos investidores quanto à demanda pelo minério de ferro após os dados americanos.

O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,115, praticamente estável no dia, com uma alta de 0,01%. Mas na semana, a moeda americana registrou queda de 2,71% frente ao real.

Foto: B3/Divulgação
Sede da Bolsa de Valores, a B3, em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

No cenário externo, o foco esteve voltado para os resultados de índices importantes da economia americana. Além do índice de confiança do consumidor, também foram divulgados os dados sobre as vendas no varejo.

De acordo com o Departamento do Comércio do país, as vendas surpreenderam e cresceram 0,6% em junho ante maio, totalizando US$ 621,3 bilhões. O mercado aguardava um movimento de queda no índice dos últimos meses. Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram expansão de 1,3% no confronto mensal de junho.

Neste caso, a projeção era de acréscimo de 0,4%. Já os dados de maio ante abril foram revisados, mostrando queda de 1,7% nas vendas totais e declínio de 0,9% no resultado sem automóveis.

Sobe e desce da B3

Nesta sexta-feira, as mineradoras e siderúrgicas fecharam em queda, refletindo a cautela dos investidores após os dados fracos sobre a confiança do consumidor americano. Vale, CSN, Usiminas e Gerdau registraram baixa de 1,80%, 3,46%, 2,18% e 1,57%, respectivamente.

Após anunciar investimentos de R$ 2,5 bi e mudança de nome, a Duratex reportou um recuo de 2,22% em seus papéis.

Também no bloco das baixas, as ações da Petrobras viveram mais um dia de desvalorização, com uma queda de 1,48%.

As ações da B2W fecharam em forte alta após a mudança de aquisição das ações pelos investidores. A partir da próxima segunda-feira, 19, a compra dos papéis será feita por meio da Americanas S.A. sob o novo ticker AMER3. A empresa disparou 4,15% na B3.

Dólar em alta

O dólar fechou praticamente estável, com uma variação positiva sensível de 0,01%. O rendimento dos Treasuries virou para cima nos Estados Unidos mais cedo, levando o dólar a registrar máximas, devolvendo boa parte das perdas intradia.

Aprovação da LDO

Compondo o cenário local de atenção dos investidores, ontem à noite foi aprovada no Senado a Lei de Diretrizes do Orçamento (LDO) de 2022 por 40 votos a 33. O texto já havia sido aprovado pela Câmara e seguiu para a sanção presidencial.

O deputado Juscelino Filho propôs um novo cálculo que pode elevar a verba a R$ 5,7 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 2 bilhões destinados no último ano com eleições no País.

Além disso, o mercado acompanha o estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro. Na véspera, foi noticiado de que ele havia retirado a sonda nasogástrica e fará tratamento clínico para não passar por uma nova cirurgia.

Wall Street em queda

Nos Estados Unidos, os contratos negociados nas bolsas de Nova York fecharam em baixa, após iniciar o dia em alta quando os investidores repercutiam os dados das vendas do varejo, que surpreenderam positivamente os analistas.

A piora no dado de confiança dos americanos e a fala de Janet Yellen, secretária do Tesouro, prevendo uma alta contínua nos preços nos EUA derrubaram os principais índices de Nova York.

O índice S&P registrou queda de 0,75%, com Dow Jones e Nasdaq 100 caindo 0,86% e 0,77%, respectivamente.

Além disso, segue em curso a temporada de divulgação de balanços trimestrais das empresas, o que também prende a atenção do mercado.

Na véspera, o presidente da autoridade monetária americana, Jerome Powell, admitiu que a inflação no país está bem acima da meta fixada pelo Fed, em um patamar “desconfortável”. Entretanto, ele voltou a afirmar que, caso o potencial caráter da inflação se confirme, não há motivo para novas medidas.

Não é o que pensa, porém, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que em entrevista defendeu que o BC dos EUA inicie o quanto antes o processo de tapering, como é chamada a retirada gradual dos estímulos monetários, de forma a evitar um choque nos mercados.

Na avaliação da LPL Markets sobre o nível elevado das ações, o segundo ano de um mercado em alta costuma ser mais desafiador do que o primeiro, mas historicamente ainda produz ganhos. "A melhora econômica deve continuar a apoiar os ganhos do S&P 500, que teve um primeiro trimestre impressionante", projeta.

Embora as percepções sobre as empresas permaneçam um tanto elevadas, "acreditamos que parecem razoáveis depois de considerar as taxas de juros ainda baixas e o potencial de crescimento dos lucros", avalia a LPL.

CPI da Covid: depoimentos suspensos

 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid continuará trabalhando durante o recesso parlamentar, no entanto, no período, não haverá depoimentos nem deliberações durante o período. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, informou na véspera que as sessões serão retomadas em 3 de agosto.

No dia anterior, o colegiado ouviu o representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho.

Em depoimento, Carvalho afirmou ter sido procurado pelo ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, para dar seguimento às tratativas envolvendo a venda de vacinas ao órgão governamental, mas negou ter recebido qualquer pedido de propina.

Segundo o depoente, lhe foi apresentado apenas um comissionamento que chegou a ele através do grupo do coronel Marcelo Blanco, que esteve presente em jantar, em um restaurante em Brasília, onde teria ocorrido pedido de propina por doses da AstraZeneca.

A Davati atuou como intermediária na venda de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca ao governo brasileiro. Negócio que está sendo investigado após denúncia de um suposto esquema de propina.

Bolsas asiáticas fecham em baixa

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, em meio a temores renovados com o aumento de casos de infecção por covid-19 e eventuais riscos para a recuperação econômica.

Como se esperava, o Banco do Japão (BoJ) reafirmou sua política monetária, mas reduziu sua projeção de crescimento para o atual ano fiscal.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,98% em Tóquio hoje, aos 28.003,08 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,28% em Seul, aos 3.276,91 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,77% em Taiwan, aos 17.895,25 pontos.

No começo da madrugada, o BoJ manteve as principais características de sua política monetária, mas cortou sua projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) japonês para o ano fiscal que se encerra em março de 2022, de 4% para 3,8%.

O BC japonês ressaltou que a perspectiva para a terceira maior economia do mundo é "altamente incerta" e depende dos desdobramentos da pandemia de covid-19.

Tóquio relatou que os novos casos de covid-19 atingiram ontem o maior nível em seis meses, um pouco mais de uma semana antes do início da Olimpíada, que terá a capital japonesa como sede.

 A disseminação de variantes da doença, como a delta, tem provocado surtos em outras partes da Ásia e na Oceania.

De olho na questão ambiental, o BoJ também lançou hoje uma linha de crédito com custo zero para investimentos relacionados a mudanças climáticas.

Já na China continental, o Xangai Composto se desvalorizou 0,71% nesta sexta, aos 3.539,30 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 0,99%, aos 2.454,06 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,03%, aos 28.004,68 pontos.

A bolsa australiana, a principal da Oceania, contrariou o viés negativo da Ásia e ficou no azul, impulsionada por ações ligadas a consumo. O S&P/ASX 200 teve modesto avanço de 0,17% em Sydney, aos 7.348,10 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

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