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Economia

‘Com qualquer um que ganhar, será difícil para o País’, diz Marcos Lisboa sobre eleições

Lisboa diz que não há nenhuma conversa para fazer parte de um possível novo governo Lula

Data de publicação:11/10/2022 às 12:46 -
Atualizado 2 anos atrás
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Após o anúncio de que o economista Marcos Lisboa deixaria o comando do Insper, feito na noite de sexta-feira, as redes sociais petistas passaram a fervilhar com hipóteses de que o movimento estaria ligado às eleições e à participação em um eventual novo governo Lula.

Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, ele foi responsável por uma série de reformas microeconômicas durante o primeiro governo petista. Por algumas das mensagens, ele até já estaria conversando com os quadros da campanha do PT. Lisboa, porém, nega. "Não existe qualquer conversa para fazer parte de um novo governo Lula, e nem acredito que haverá", afirma.

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Marcos Lisboa diz que saída do Insper não está ligada a campanha das eleições | Foto: José Cruz/Agência Brasil

Lisboa, porém, diz estar preocupado com o Brasil. "Com qualquer um que ganhar (as eleições presidenciais), será difícil a médio prazo para o País", afirma ele. "Brasília virou um lugar de concessão descontrolada de benefícios, o Congresso ganhou poder e, com um presidente fraco, tudo aquilo vai cobrar o preço dos últimos anos."

Apesar de dizer que os auxílios e algumas medidas podem resultar em soluços de crescimento, a falta de políticas de Estado amarradas não sustenta o movimento de alta do PIB no longo prazo. "É uma situação que veio para ficar", afirma. "Os países só crescem por aumento de produtividade, e tudo o que vem sendo feito se dá na direção oposta."

Lisboa diz isso porque, de acordo com ele, tem havido aumento de protecionismo e benefícios concedidos a setores escolhidos em função de interesses políticos imediatistas. "O taxista está gostando de ganhar uma mesada (por conta do auxílio do governo) e o setor de etanol está feliz, mas o País fica mais e mais travado", afirma. "Brasil, Argentina e México são casos patológicos nessa direção."

Em relação ao Insper, ele diz: "Agora é hora de passar a bola". Há dez anos na instituição, ele afirma que será a consolidação das transformações que implementou. Como a ideia é fazer uma sucessão transparente e sem percalços, sua saída foi anunciada num processo que está sendo conduzido pelo conselho da escola - e não tem prazo para terminar"./Agência Estado.

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