Fundos de Investimentos

Itaú contrata gestor de fundo de pensão dos EUA para liderar estratégia de renda fixa

Itaú Asset Management, braço de investimentos do banco Itaú, tem hoje R$ 830 bilhões em ativos

Data de publicação:02/03/2022 às 05:06 - Atualizado 2 anos atrás
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A Itaú Asset Management, braço de investimentos do banco Itaú, com R$ 830 bilhões em ativos, anunciou nesta quarta-feira, 2, a contratação do americano Scott Grimberg, que era gestor do Calpers, fundo de pensão dos funcionários públicos da Califórnia.

O Calpers, conhecido como o maior fundo de pensão dos Estados Unidos, fechou no ano passado, com US$ 501 bilhões.

Scott Grimberg atuava desde 2013 no fundo e, agora no Itaú, terá como missão liderar um fundo de renda fixa focado em mercados emergentes.

Banco Itaú: Scott Grimberg vai liderar fundo de renda fixa com ativos de mercados emergentes - FOTO: Reprodução/Linkedin

Currículo do novo gestor do Itaú

Antes do Calpers, Grimberg trabalhou na gestão de fundos focados em mercados emergentes para o Bank of America, BNY Mellon Asset Management e Nuveen Asset Management e, também, como analista na S&P.

Segundo o banco, em nota, ele ficará baseado em Nova York, de onde vai liderar uma equipe responsável pela gestão de um novo fundo de renda fixa focado em mercados emergentes, voltado para investidores institucionais globais.

"A chegada de Grimberg representa mais um passo relevante na estratégia da Itaú Asset Management para se tornar um player de referência para investimentos em mercados emergentes", afirma o Itaú, em comunicado para a imprensa.

"A partir do nosso sucesso na oferta de produtos na América Latina, expandimos agora para adicionar produtos de renda variável e renda fixa de mercados emergentes", diz Charles Ferraz, CEO da Itaú Asset Management para os EUA.

"A chegada do Scott é parte da nossa estratégia de oferecer aos investidores institucionais acesso a alocações nos mercados emergentes em ações, renda fixa e ativos privados”, afirma o executivo.

Itaú quer ampliar ativos de mercados emergentes

Segundo Ferraz, a estratégia do banco é aproveitar a capilaridade global da operação hoje em dia para buscar novas estratégias e classes de ativos de rápido crescimento e maior retorno dentro de mercados emergentes.

Em agosto de 2021, a casa, que tem aproximadamente R$ 830 bilhões em ativos sob gestão, contratou Raphael Kassin, (ex-ABN Amro Asset Management e Credit Suisse Asset Management), baseado em São Paulo, para liderar outra estratégia, dessa vez voltado em títulos de dívidas corporativas de mercados emergentes (Emerging Markets Bonds).

Em setembro do ano passado, o banco contratou Luiz Soares (ex-BlackRock e Axiom Investors) para liderar as estratégias de Renda Variável em Mercados Emergentes.

Soares também opera de Nova York, onde vasculha opções para Ásia, Europa Oriental e América Latina.

"As economias de mercados emergentes provavelmente crescerão mais rápido do que o mundo desenvolvido por um bom tempo e permitirão que os investidores recebam retornos mais altos do que estarão disponíveis nas economias estabelecidas. Em comparação com os mercados desenvolvidos, os emergentes desfrutam de uma demografia muito melhor, menor alavancagem econômica e financeira e têm espaço significativo para expandir seus segmentos de investimento e títulos”, destaca Grimberg.

Sobre o autor
Renato JakitasEditor-chefe do Portal Mais Retorno.