IPCA sobe 0,41% em novembro, com influência dos combustíveis

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,41% em novembro, abaixo dos 0,59% registrados em outubro. De acordo com as informações publicadas nesta sexta-feira, 09, pelo IBGE, a inflação acumulada no ano está em 5,13%, enquanto nos últimos 12 meses chegou a 5,90%. 

Em novembro de 2021, a alta havia sido de 0,95% no IPCA.  Sete das nove classes pesquisadas apresentaram alta em novembro, com destaque para os grupos de Transportes e Alimentação, que tiveram maior impacto no índice neste período. 

Os dois segmentos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro. A maior variação do período ficou para a Vestuário, que avançou 1,10%, acima de 1% pelo segundo mês seguido, de acordo com o IBGE. A classe de Saúde e cuidados pessoais ficou próxima à estabilidade, com uma leve alta de 0,02%, bem abaixo do 1,16% registrado em outubro. 

Os combustíveis (3,29%), dentro do grupo de Transportes, foram destaque no mês de novembro. Os preços do etanol, gasolina e do óleo diesel avançaram 7,57%, 2,99% e 0,11%, respectivamente. A gasolina, sozinha, registrou a maior influência dentro do índice, com 0,14 p.p.

O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explicou que a alta da gasolina está ligada ao aumento do preço do etanol. “Isso ocorreu por conta de um período de entressafra da produção de cana de açúcar. A gasolina leva álcool anidro em sua composição”, afirma.

Já em Alimentação e bebidas, os maiores responsáveis pela alta de 0,53% foram os alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%).

Leia mais: 

• 'Saímos de projeções de corte para alta de juros', diz SVN, preocupada com fiscal no ano que vem 
• Copom reforça receio com risco fiscal e descontrole da inflação, e vê chance de alta da Selic, apontam analistas 
• Desaceleração e alta dos juros na economia global e incertezas fiscais no Brasil estão no radar do Santander