Investimento faz Olist virar novo ‘unicórnio’ nacional
Empresa é especializada em comércio eletrônico e oferece serviços aos lojistas
Curitiba virou um berçário de unicórnios, startups avaliadas a partir de US$ 1 bilhão. Depois de Ebanx e MadeiraMadeira, a capital paranaense tem mais uma empresa de tecnologia no seleto clube de startups gigantes do Brasil: a Olist, especializada em comércio eletrônico, que acaba de se tornar um novo unicórnio.
A empresa revelou hoje que recebeu um aporte de US$ 186 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), o que fez sua avaliação chegar a US$ 1,5 bilhão, conforme revelou Tiago Dalvi, fundador da startup.
A rodada ocorre oito meses após a Olist levantar R$ 144 milhões, em um aporte adicional à rodada de novembro de 2020, de R$ 310 milhões.
O investimento foi liderado pelo fundo Wellington Management. No portfólio da firma aparecem nomes como Airbnb, Uber e WeWork. Também participaram da rodada SoftBank, Corton Capital, Valor Capital, Goldman Sachs, Globo Ventures e o investidor Kevin Efrusy (que tem investimentos feitos em Nubank, Ebanx e Sami).
Novo escopo da Olist
Fundada em 2015, a Olist ganhou mercado inicialmente ajudando lojas físicas a vender em marketplaces como Mercado Livre e Amazon. Em 2021, porém, a empresa ganhou nova musculatura para criar ambientes que possam atender a todas as necessidades de um lojista: logística, serviços financeiros e gestão.
Claro, ao crescer o escopo de atuação, a Olist precisou de capital - a empresa tinha 500 funcionários em dezembro de 2020 e já conta com 1,4 mil.
É algo que deve se repetir com o novo aporte, que será destinado a consolidar o novo leque de produtos e o crescimento - no primeiro trimestre de 2022, a empresa espera contratar outras 300 pessoas. Além disso, vem aí uma extensão territorial da empresa.
"No nosso atual estágio, não temos mais espaço para escolher entre expansão de produtos ou expansão geográfica", diz Dalvi. "No Brasil, vamos investir mais em marketplace e mais na ferramenta de e-commerce. Vamos iniciar operações no México como nossa porta de entrada para o mundo. É o primeiro país, mas certamente não é o último", disse.
Apesar das diferenças, a expansão mexicana deve ocorrer repetindo algumas fórmulas já testadas aqui. O executivo fala que isso pode ocorrer por meio de aquisições - a mira da empresa está não apenas nas startups mexicanas, como em outras empresas do mundo. "O comércio eletrônico permite que a gente olhe para vários lugares", diz.
Sobre um eventual IPO, ele diz que ainda é cedo. /Agência Estado