Inflação sobe para 6,79% e juros ficam em 7,0% para 2021, aponta Focus
Economistas seguem apostando na retomada da economia brasileira neste ano
Os economistas do mercado continuam apostando em uma inflação mais elevada para 2021. De acordo com o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 2, as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 6,56%, na última semana, para 6,79%. Há um mês, era de 6,07%.
Nas últimas edições do documento, as projeções dos especialistas sobre a inflação se afastam cada vez mais do teto estipulado pelo BC de 5,25%. Para 2023, o índice foi mantido em 3,25%.
Para os anos seguintes, a inflação também sofreu ajustes. Em 2022, de 3,80% aumentou sutilmente para 3,81%, e para o ano seguinte ficou em 3,25%.
Já as expectativas sobre a Selic, taxa básica de juros do País, ficaram estáveis em 7,0%, de acordo com as estimativas da última semana. Nas últimas quatro, o índice projetado era de 6,50%. Para o ano seguinte, também ficou no patamar de 7,0% e em 6,50% para 2023.
Os especialistas seguem otimistas com a recuperação da economia brasileira. De acordo com o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano deve ficar em 5,30%, um ponto percentual acima da projeção feita na semana anterior. Há 30 dias, era de 5,18%.
Em relação à 2022 e 2023, as estimativas dos economistas sobre o crescimento do País foram mantidas em 2,10% e 2,50%, respectivamente.
Para 2021, as apostas sobre o câmbio também aumentaram levemente. De R$5,09, a moeda americana deve fechar o período valendo R$ 5,10, contra R$ 5,04 projetado há quatro semanas. No próximo ano, as estimativas ficaram em R$ 5,20 e em R$ 5,00 para 2023.
5 dias úteis
Acompanhando o movimento altista do IPCA, o IPCA de 5 dias úteis para este ano subiu de 6,67%, na última semana, para 6,88%, contra 6,10% estimado no último mês.
Para os anos seguintes, o IPCA 5 dias também sofreu ajustes. Em 2022, de 3,80% foi para 3,81%, e para o ano seguinte ficou em 3,25%.
IGP-M e balança comercial
O Índice Geral de Preços Médio (IGP-M), conhecido com a inflação do aluguel, subiu de 19,00% para 19,17% para fechar este ano. Há 30 dias, as projeções eram de 18,33%.
Sobre 2022, os economistas preservaram as expectativas para o índice em 7,01%, conforme dado do boletim anterior, e em 6,50% para o ano seguinte.
A Balança Comercial deve fechar no positivo em 2021, de acordo com o Focus. As previsões subiram de US$ 69,70 bilhões, nos últimos sete dias, para US$ 70,37 bilhões. Para o ano seguinte, também aumentaram, de US$ 61,00 bilhões para US$ 63,50 bilhões.
Em 2023, o superávit também deve ser maior. De US$ 60,00 bilhões foi ajustado para 60,85 bilhões.
