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Economia

Recorde, alta dos preços se espalha cada vez mais por produtos e serviços da economia do País

Explosão nas commodities se traduz em alta dos alimentos e dos combustíveis para o consumidor

Data de publicação:16/03/2022 às 00:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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São 377 itens que entram na cesta de produtos e serviços na composição da inflação oficial do País medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, 74,8%, ou cerca de 281 deles subiram de preço, o que é recorde histórico na elaboração do IPCA, segundo estudo feito pela LCA Consultores.

O mais preocupante é que o índice de fevereiro não carrega ainda os efeitos da alta nos preços das commodities, que vão chegar ao bolso do brasileiro pelos alimentos e combustíveis mais caros.

inflação
A inflação se espalha pela economia brasileira e vem piorando - Foto: Reprodução

Em dezembro do ano passado, essa marca recorde já tinha sido atingida e era a maior desde o início da série em agosto de 1999. Mas, em janeiro deste ano, a parcela de itens que havia registrado variações acima de zero nos preços tinha diminuído para 73,2%, ou 275 itens.

"De novo o resultado se igualou ao recorde da série histórica, o que é preocupante", afirma Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores. Ele observa também que, quando se exclui os alimentos, que somam 168 produtos e é o maior grupo em número de itens do IPCA, 73% dos 209 itens restantes tiveram variação de preços acima de zero no mês passado. Esse resultado, com ajuste sazonal, também é uma marca histórica.

Segundo o economista, esses recordes das fatias de itens com alta de preços atingidos em fevereiro revelam um grande espalhamento da inflação na economia brasileira e o aumento da inércia inflacionária. "Está bem claro que a qualidade da inflação vem piorando bastante", diz Imaizumi.

Entre os fatores que levaram a uma parcela de itens ter os preços majorados no mês passado, o economista aponta o desalinhamento das cadeias de produção no mundo todo provocado pela pandemia e as pressões de custos de muitas empresas relatando a escassez de matérias-primas. Além disso, com o avanço da vacinação e a reabertura dos serviços, a demanda que estava reprimida reapareceu. E isso ajudou a sancionar aumentos de preços dos prestadores de serviços.

Efeitos da guerra na inflação

Imaizumi observa que os resultados do IPCA de fevereiro, coletado entre 29 de janeiro e 25 fevereiro, praticamente não captaram os efeitos da guerra nos preços das commodities. Esse impacto chega ao consumidor por meio da alta de alimentos e combustíveis.

Com a elevação dos preços dos grãos afetados pela guerra entre Rússia e Ucrânia, como o trigo, por exemplo, que já subiu cerca de 50% nas bolsas internacionais, e o recente reajuste do óleo diesel e da gasolina, a perspectiva é de que esse quadro se agrave. "O resultado de 74,8% pode avançar este mês por causa da guerra, da alta dos combustíveis e da indexação", diz o economista, acrescentando que a certeza é de que esse número permaneça neste patamar elevado.

Até o momento, a LCA projeta para a inflação em março uma alta de 0,99%, um índice ligeiramente menor do que o resultado de fevereiro, de 1,01%. Ele observa que a perspectiva é de que mais itens que compõem o IPCA apresentem alta de preços por causa dos efeitos da guerra e do reajuste dos combustíveis./Agência Estado

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